Um brinde aos Marotos!

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(P.O.V. JAMES)

(04/11/1971)

Ficamos conversando durante horas até finalmente cairmos no sono, todos na cama de Remus, completamente apertados e em meio a inúmeras embalagens de comida.

- ACORDEM! GENTE, EU NÃO QUERO PERDER AS AULAS DE HOJE! LEVANTEM LOGO! CARAMBA! SIRIUS! JAMES! PETER! ACORDEM LOGO, SEUS IMBECIS, OU EU JURO QUE AS CARAS DE VOCÊS VÃO FICAR CHEINHAS DE FURÚNCULOS!

- Quanta agressividade logo de manhã, Remmie! – exclamou Sirius, recebendo um olhar raivoso de Remus.

- Só mais cinco minutinhos! – falou Peter, ainda sonolento.

- Cinco minutinhos? Faz meia hora que eu tô tentando acordar vocês! Eu que dou cinco minutos pra vocês se levantarem e se trocarem!

- O BANHEIRO É MEU! – Saí correndo em direção ao banheiro, apenas ouvindo os resmungos de Black.

Enquanto Sirius e Peter terminavam de se arrumar, aproveitei o curto tempo para escrever a carta aos meus pais e saí a caminho do corujal.

- Bom dia, Ciro. Leve essa carta aos meus pais o mais rápido possível, preciso da resposta deles urgentemente! Se cuida – falei, fazendo cafuné no topo da cabeça dele e o deixando livre para poder voar.

Fui diretamente para o Salão Principal, onde Remus, Sirius e Peter já estavam sentados lado a lado. Pettigrew me indicou um espaço vazio entre ele e Sirius, então caminhei até lá e me sentei.

- Onde é que você foi, Potter?

- Corujal, fui levar a carta pro Ciro entregar aos meus pais e...

- Você realmente quer que eu vá pra sua casa no natal? – perguntou Sirius com um olhar ao mesmo tempo assustado e confuso. – Pensei que tava brincando...

- Não, eu não tava brincando. Te considero como um irmão, cara, não poderia te deixar aqui sozinho.

- Quem diria que um Potter consideraria um Black como membro de sua família, hein?

- Nós quebramos padrões, maninho!

- Tô percebendo isso. Fico muito feliz que Merlin tenha me dado vocês como amigos. Me sinto até privilegiado!

- Somos uma família! Nós quatro, somos uma bela e louca família!

- Vocês são muito estranhos, sabiam? – Remus murmurou, risonho.

- Mas é claro que sabemos, Remmie. James, também coloca aí na lista de características da nossa família: a estranheza. Mais alguma sugestão, Remuxo?

- Idiotice, combina bastante com você, Black.

- Não coloca isso na lista, James! – falou Sirius, voltando-se, logo em seguida, para Remus. – Você disse que só eu posso ser chamado de idiota, lembra?

- Não foi isso que eu disse...

- Peter, alguma sugestão? – Sirius interrompeu Remus, recebendo um tapinha atrás de sua cabeça. – Aí, isso dói!

- Eu nem bati forte.

- Mas doeu!

- Peter? – questionei e ele deu de ombros. – Sua sugestão...?

- Que tal brincadeiras? Ou zoação? Ou marotagem? Ou...

- Repete essa última aí, eu gostei! – exclamei, recebendo o olhar dos três em minha direção.

- O quê? Marotagem?

- Sim, algo como... família da marotagem! – falei, estendendo as mãos para o alto.

- Que nome ridículo, Potter!

- Então, faz melhor, Black!

- Com todo o prazer. – Sirius ficou um tempo pensando até finalmente falar. – O que vocês acham de "Os Marotos"?

- Sirius, você acabou de esculachar o James!... Boa sorte pra dormir depois dessa, Potter! – disse Peter, fazendo com que Sirius e Remus começassem a rir.

- Vocês são tão engraçadinhos, né? Não posso negar que "Os Marotos" soa muito melhor do que "Família da Marotagem", mas o nome que eu dei nem é tão ruim assim...

- Isso mesmo, James, continue com isso como se fosse seu prêmio de consolação – falou Remus, ainda rindo.

- Então, tá decidido? A partir de agora somos: "Os Marotos"? – perguntou Peter com um sorriso no rosto.

- Que tal um brinde? – propôs Sirius com o copo de suco de abóbora em mãos. – Aos Marotos!

- Aos Marotos! – Brindamos e, logo em seguida, bebemos.

Aquele nome que Sirius havia dado era milhões de vezes melhor que o meu, mas eu jamais contaria isso a ele.

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora