104 - Passado de Xue Yang

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Contagem de palavras: 2010.

• Sem alterações.

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Xue Yang estava cansado, não haviam alimentos para si na colina sepultura já fazia tanto tempo em que ele estava naquele lugar, também não tinha mais pelo que lutar desde que Jiang Cheng e o grande lobo haviam desaparecido, provavelmente ambos tinham conseguido achar a maldita saída.

Ele olhou para o céu e sorriu tristemente ao se lembrar de ambos, Xue Yang havia os ajudado por alguma semente de bondade plantada em seu coração, e agora sentia falta, mesmo que ele só os observava escondido.

Pelo menos eles tinham um lugar para retornar, uma família, a sensação calorosa de serem acolhidos e cuidados. E quanto a si mesmo? Se saísse daquele lugar com vida, para onde iria? Provavelmente para os braços da morte, já que era visto como um delinquentezinho perverso e desprezível.

Xue Yang respirou dolorosamente e cedeu ao cansaço de seu corpo, caindo para trás na terra suja e molhada, sua única esperança patética era a morte, isso se os deuses permitissem, afinal, ele já estava com as mãos tão manchadas que chegava a ser difícil morrer tão facilmente. Os deuses com certeza achariam alguma forma para castigá-lo, e ele realmente não se importava.

Então tudo ficou escuro por muito tempo, e quando acordou estava sendo cuidado por um homem com expressões tímidas, enquanto outro homem almaldiçoava alguma coisa segurando uma tigela em suas mãos.

Xue Yang se levantou e se sentou em uma grande pedra em que ele estava deitado, aquele ambiente ele conhecia bem, ainda continuava na Colina Sepultura. Era onde Jiang Cheng ficou durante os três meses, apesar disso, Xue Yang nunca tinha entrado naquela caverna, mesmo quando o Jiang havia saído daquele lugar.

- Coma - Jiang Cheng ordenou lhe dando uma tigela com uma sopa bem quente e Xue Yang piscou os olhos confuso, sem estender as maos para pegar.

Jiang Cheng revirou os olhos e pragejou algo inaudivelmente, pegando uma colher e colocando de uma vez na boca de Xue Yang, recebendo um olhar repreensivo de Wen Ning seguidamente. O jovem arregalou os olhos e foi obrigado a engolir o líquido morno, era uma sopa, e estava gostosa.

Nesse momento, o cultivador demôniaco se amaldiçoou internamente por não ter tido mais paciência com o Xue, mas de certa forma, poder reviver aquele momento o enchia de uma intensa nostalgia. Era bom estar vendo aquela memória. Era bom poder sentir o sentimento tranquilizante que Xue Yang estava sentindo. Lan Xichen sorriu levemente ao notar o quão atento o outro homem parecia.

- E-esta quente, n-n-não faça assim. Me dê isto, eu o alimentarei. F-f-faz muito tempo que ele não come, precisa ter paciência - Wen Ning reclamou enquanto pegava a tigela de sopa das mãos do Jiang. E o mesmo cruzou os braços seriamente enquanto observava as expressões de Xue Yang.

Depois de se certificar que o Xue estava se alimentando devidamente, Jiang Cheng foi em busca de seu filho, que estava sendo cuidado pela vovó Wen. De alguma maneira, ele quis que Xue Yang o conhecesse, afinal, de alguma forma, ainda tinha a maldita sensação de estar familiarizado com aquele delinquente, apesar de saber dos seu crime contra o clã Chang.

- Agora que já se alimentou, já pode ir embora - Jiang Cheng disse por dizer. Uma pessoa a mais ou a menos na colina sepultura não faria diferença de qualquer forma, e Xue Yang não era qualquer pessoa, apesar de se mostrar indiferente em relação a isso, ele sabia que não conseguiria.

- Não mandei me salvar, Jiang-Xiong, agora você terá responsabilidade de cuidar de mim. Não irei a lugar algum - Xue Yang disse enquanto cruzava os braços com um sorriso cínico no rosto. Ele só não esperava que Jiang Cheng fosse dar de ombros e assentir. A vida inteira ele tinha sido expulso dos lugares, tratado como objeto de uso, ele realmente não esperava que fosse aceito em algum lugar algum dia, e ainda mais por uma pessoa que sabia o quão sujo e cruel ele poderia ser.

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