36 - Amizade Florescendo

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Contagem de palavras: 2167.

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Wen Chao levou o herdeiro Jiang para uma pequena cela, onde ambos estavam sozinhos. Depois de algum tempo encarando-o, ele disse:

— Deite-se comigo, Jiang Cheng — a voz de Wen Chao saiu um pouco mais baixa do que de costume. Seus olhos pareciam arder em desejo vívido de beijar os lábios do homem em pé na sua frente.

Jiang Cheng o olhou enojado, e um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios. Sua voz começou a ficar em um tom baixo e lento.
— Me deitar com você? Nem que fosse a última pessoa a existir no mundo da cultivação. Você me dá nojo, só de olhá-lo já sinto meu estômago embrulhar. Eu prefiro morrer do que ceder a você.

Wen Chao sentiu que uma veia apareceu em sua testa, e se aproximou do Jiang irritadamente, pegando em seu maxilar e aproximando suas bocas.

Só não esperava receber um forte chute na barriga. Em seguida teve Jiang Cheng em cima de si, lhe dando socos e mais socos violentos.

— Zhuliu! — a voz de Wen Chao chamou rapidamente e vários soldados adentraram a pequena cela para salvar o Wen.

Como punição por ter agredido o segundo jovem mestre Wen, o herdeiro Jiang foi acorrentado e chicoteado algumas vezes eu seu peitoral. Wen Chao fez questão de ser ele a dar a punição. Era um chicote disciplinador. Isso significava que as marcas ficariam ali pelo resto de sua vida.

Depois de sentir que estava prestes a desmaiar de tanto lutar contra os Wens, Jiang Cheng foi jogado em uma outra cela, trancafiado com um grande lobo acinzentado. Wen Chao queria que ele morresse por ter negado-o. Alguns homens próximos até lhe deram a ideia de segurar o Jiang para que o Wen fizesse o que quiser, entretanto a ideia foi descartada. Qual seria a graça se fosse dessa forma? Ele "conhecia" a personalidade orgulhosa do Jiang o suficiente para saber que morderia a própria língua e se mataria antes mesmo que o Wen pudesse desfrutar de alguma coisa.

Os Wens acharam que o Jiang seria devorado pelo animal faminto assim que fosse jogado na cela. Mas o que não sabiam era que Jiang Cheng tinha algo bom dentro de si, que permitia que todos os animais gostassem dele. O lobo sequer tentou alguma coisa.
Apenas deitou ao lado do Jiang e se permitiu ser acariciado até que dormisse.

Jiang Cheng estava sentindo dores pelo seus ferimentos. Ele estava irritado também, como aquele asqueroso o fez um pedido tão repulsivo? Como Wen Chao se atreveu a tentar se aproximar com tanta malícia?

Aquela pequena cela era rodeada de feitiços e talismãs que não permitiam o uso do poder espíritual para se curar.
Jiang Cheng sentia como se sua pele estivesse sendo rasgada e queimada nos lugares em que foi atingido.

— O que diabos há naquele chicote? Por que isso dói tanto? — ele indagou sozinho.

— É... É.. são ervas venenosas desenvolvidas por minha irmã — uma voz trêmula respondeu e Jiang Cheng olhou em direção a porta alarmado.

Era Wen Ning. Ele segurava frascos de remédios e vários saquinhos com ervas curativas.

— Jovem mestre Jiang! Você está bem? C-Como estão suas feridas? E-eu soube que o segundo jovem mestre Wen queria... —  Wen Ning indagou preocupadamente deixando as palavras morrerem ao fim da frase.

Ele segurava firmemente as barrinhas do grande portão. Havia uma espécie de janelinha na parte de baixo do portão, isso era para servir refeições. Mas ninguém sequer iria dar comida a Jiang Cheng.

O herdeiro Jiang se rastejou até o lado da porta e tentou responder. Sua pele estava pálida devido a dor, seus lábios ressecados e brancos devido as intensas ondas de queimação que seu corpo estava emitindo. Seus cabelos estavam bagunçados e emaranhados. Haviam alguns ferimentos em seu nariz. Definitivamente Wen Chao se vingou por tê-lo negado.

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