Capítulo 59

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- Mãe, eu entendo que lhe demos um susto, mas prometo que as nossas intenções eram boas. Nós fomos lá para conversar com o senhor Malcom Frost sobre o our- a mulher a encarava com incredulidade. Tania não queria falar; sabia que ela não escutaria. Ninguém escutava.

- O que você aprendeu de um homem estranho em um bar é irrelevante!

- Mas m-

- Não quero ouvir mais! Foram impróprias, me desobedeceram, socializaram com um estranho! Um homem estranho, desacompanhadas.

- Senhora Barry, escute - a Stacy tentou - eu, mais do que qualquer outro, entendo o perigo que corremos, mas valeu a pena, por favor, ouça o que temos a dizer sobre o ouro - implorou.

- O que faz vocês pensarem que tem o direito de se intrometerem neste complicado assunto financeiro? São crianças! Não tem permissão de proferir uma palavra até chegarmos em casa.

- Mãe, está cometendo um erro!

- Um erro? - Diana dissera a coisa errada - Como ousa?

- Senhora Barry, por favor - chorou Anne.

- Mais uma palavra de vocês e a amizade está acabada - Tania respirou fundo. "Suas filhas também são pessoas!" tinha vontade de gritar "Você não é dona da vida delas!" - venham - arrastou elas até a carruagem.

...

- Não é que eu me oponha à curiosidade das crianças, mas Anne coage a minha Diana - explicou Eliza para Marilla, em Greengables - e Tania! Eu achei que ela fosse responsável, mas seu hálito cheirava a álcool!

Anne não estava prestando atenção; na verdade, olhava de olhos arregalados para o senhor Barry, que entregava uma bolsa de dinheiro para Nate.

- Desculpe pelo inconveniente, senhora Barry - disse a morena, no tom menos arrependido possível, para acabar logo com aquilo - e obrigada pelos seus cuidados e companhia.

- Anne - chamou Marilla - agradeça aos seus anfitriões - ordenou, ao lado de uma Eliza muito irritada.

- Obrigada - disse rapidamente, depois de engolir em seco.

Então agarrou as mãos de Tania e Marilla e correu até a casa, com a respiração entrecortada.

- Marilla, tenho que falar sobre Nate e o senhor Dun- hesitou ao encontrar Dunlop na cozinha, segurando uma torta de frutas vermelhas recém assada.

- Sentimos tanto a falta de vocês - sorriu - devem ter muito para contar - Nan cravou as unhas no pulso da grisalha - fiz isso especialmente para você - estendeu a torta para Anne - deve estar cansada e faminta, assim como Tania - indicou o forno - estou assando pão nuvem para você - a Stacy teve de se esforçar para segurar um sorriso. Como um homem tão gentil poderia ser um vigarista? "Assim como um pastor pode ser abusador" uma voz em sua cabeça sussurrou.

- Estamos bem - respondeu friamente.

- Senhor Dunlop, eu peço que saia da cozinha para prepararmos o jantar - falou Marilla, sentindo a tensão das filhas. O semblante de Dunlop caiu e Tania quase sentiu pena. Quase - venham me ajudar, meninas - e as puxou para a despensa, cuja porta a morena fechou.

Anne então contou toda a história com palavras rápida e emboladas, tremendo de nervosismo.

- Eles usaram a gente, Marilla, são vigaristas! - concluiu.

- Eu acredito em vocês - a mulher disse, e a Stacy se permitiu soltar o ar que estava segurando.

- Nós também acreditamos - disse Nate, parado no batente junto de Dunlop.

The Fairy Queen - AwaeOnde histórias criam vida. Descubra agora