76- Um Grande Pequeno Trauma

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Pessoinhas, caso tenham lido o capítulo 75 ontem peço que voltem nele por que hoje pela manhã percebi que acabei publicando uma versão incompleta, o que inclusive deixou o capítulo muito pequeno e sem sentido (Foi mal)

Também estarei colocando link pro meu Twitter no meu perfil, caso queiram ver um pouquinho sobre mim (Não aceito ameaças de morte, sou alérgico).

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O olhar de Cassandra parecia transbordava perigo e travessura. Tento decifrar o que há em sua mente porém cada idéia parecia mais suspeita e comprometedora do que a anterior, como uma roleta russa de caos. Mesmo sabendo das intenções do meu pai sabia que deixar o controle daquilo inteiramente nas mãos de mulher a minha frente podia não ser seguro.

-Eu sei que já estou pedindo muito, mais poderia por favor não mandar nada muito absurdo nessa foto.- digo me encolhendo sob o olhar dela.

-Gabriel, por favor. Posso não ser uma freira mas também não vou mandar uma foto minha pelada.- afirma ela enérgica, suspiro aliviado.- Além do mais, não quero seu pai se masturbando escondido no banheiro igual a um adolescente quando consegue uma revista da Playboy. Uh, que imagem infernal de se pensar.

Todos no recinto pareciam concordar com o último comentário, Heitor estremece ao meu lado, e quanto a mim... Imaginar meu pai se masturbando com uma foto da mãe de Heitor, bem, aquele era um trauma que eu demoraria pra superar.

-Seu pai tem cara de quem tem pau pequeno.- diz ela fazendo graça com a situação.

-Mãe, que nojo!- exclama Heitor enojado.- E isso nem faz sentido, o pau do Gabriel tem um tamanho ótimo.

Encaro o garoto assustado, aquela conversa estava rendendo mais constrangimento do que eu esperava.

-Meu filho, o tamanho do pênis vem por parte da genética materna, sendo assim o pai é meio irrelevante.- pontua ela de forma didática.- Além disso o que estou pontuando sobre ele não tem a ver com masculinidade, por que até onde conheci o nosso querido pastor tudo o que ele fez foi tentar demonstrar superioridade e dominância a todo custo, atitudes comuns de alguém que não é seguro de si, algum motivo deve haver pra isso.

-Mãe, por favor.- pede Heitor incomodado.

-Filho, eu não estou dizendo que ter o pênis pequeno é problema, o que a maioria dos homens não costuma saber é usá-los, a maioria nem ao menos sabe aonde fica a clitóris e mesmo assim continua colocando todo sua frustração em uns centímetros a mais ou a menos...

-A senhora poderia parar de falar antes que eu vomite?- imploro, sentia meu estômago rodar. Cassandra ao ver minha situação recua preocupada.

-Oh, me desculpe querido, acho que me empolguei demais, não é mesmo?- afirma ela envergonhada.

Respiro fundo tentando me recompor, Heitor então põe a mão em meu ombro.

-Você está bem amor?- questiona ele preocupado, assinto a contragosto com a cabeça.- Acho que o assunto morre por aqui, ninguém mais fala do pau de ninguém.

O olhar do garoto fuzila a mãe, ríspido, a mulher tenta argumentar mas logo desiste.

-Hoje você está parecendo a mãe da Abigail, sabia?- aponta ele.

-A mãe de quem?- questiona ela de volta.

-Uma ami...- começa o garoto, porém se atém.- Uma conhecida nossa, acho que vocês de dariam bem juntas.

-Ou se matariam.- comento voltando a conversa, Cassandra me encara indignada.

-Eu nunca faria isso!- exclama ultrajada, sua reação faz Heitor erguer as sobrancelhas- Está bem, talvez eu fizesse, mas isso não vem ao caso.

-Acho melhor voltarmos para o meu quarto.- diz Heitor se levantando, sem dizer nada apenas me levanto. Assim que saímos da cozinha Heitor passa seu braço por cima do meu ombro.- Cara, me desculpe pela mamãe, não sei o que deu nela. Se quiser voltar logo pra casa eu vou entender.

-Acho que sim, e se eu sumir por duas semanas não se preocupe, vou estar no meu quarto em posição fetal tentando digerir essa conversa. Não sei como vou olhar pro meu pai sem pensar que o pinto dele é
...- estremeço com a idéia, Heitor tenta conter o riso porém fracassa.

-Ainda bem que eu não sou você.- diz ele.- Mas não precisa ficar assim, quando estiver em casa faz o seguinte, se for pensar no pinto de alguém... Pense no meu.

A fala de Heitor me faz sorrir, sua idéia soava como um ponto de salvação no meio do caos, me viro para lhe beijar.

-Eu te amo... Mas sua mãe é louca.- afirmo me afastando, ele então me puxa de volta para um abraço.

-Eu sei.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora