66- Tapas, Pornô e Requintes De Maldade

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Depois de Heitor finalmente se acalmar e pagar nossas bebidas saímos da sorveteria, dali seguimos pela ruas em silêncio, não queria acabar me desviando a outro assunto que pudesse lhe excitar, compreendia os motivos do garoto em se preocupar com seu volume, com o tamanho de Heitor escondê-lo era uma tarefa difícil, apenas espero pelo rumo que ele traria à nossa conversa, porém tudo que o garoto fazia era me lançar breves encaradas e voltar a fitar um ponto qualquer.

-O que foi?- indago finalmente desistindo de esperar, sabia que de continuasse como estávamos não chegaríamos a lugar nenhum, ele suspira.

-Gabriel, eu posso mesmo bater em você?- indaga meio receoso, logo em seguida começa a disparar palavras tentando se explicar.- Bem, sobre aquilo que me falou na sorveteria, eu... Eu gos... Não estou falando de te machucar ou nada do tipo, mas... Ah, deixa pra lá.

-Não, por favor, eu quero, está tudo bem se quiser fazer isso comigo, confio em você e sei que não vai machucar mais do que o necessário.- digo apressado, a forma com que o homem colocara seus desejos sobre a mesa me deixara confortável para revelar os meus, mais do como uma brincadeira.- Só te peço uma coisa, tenha piedade do meu pescoço por que quando acabarmos eu ainda vou ter que ir pra casa.

-Está bem.- diz ele abrindo um sorriso.- Apenas dengos do pescoço do meu amorzinho, eu prometo. Ah cara, eu queria ter o poder de pular um dia no tempo só pra te ter comigo.

-"De volta para o futuro" a paródia pornô.- digo como se anunciasse um filme, Heitor ri alto.

-Cara, você já assistiu aqueles filmes?- indaga tentando se conter.

-Hum, já.- digo sem jeito, não por admitir que assistia os vídeos, no fim das contas não sabia a opinião dele sobre eles.

-Ah, eu adoro aquelas coisas, seja pra bater punheta ou pra dar umas risadas, nossa, tem um filme pornô de Pokémon que é péssimo.

-Sim, aquele Pikachu musculoso não foi uma boa idéia.- afirmo.

-Podíamos ver um filme juntos qualquer dia desses.- Heitor afirma me lançando um olhar de lado, claramente esperando minha reação, sinto meu rosto corar, as hipóteses que começam a surgir em minha mente me fazem estremecer, talvez fosse me sentir estranho me tocando ao lado dele, por outra pessoa...

-Eu não sei... Talvez um dia.- digo tímido.

-Tudo bem.- afirma, logo depois abre um sorriso novamente.- Vamos com calma, não é? Afinal só pra amanhã já tenho a promessa duas transas.

Observo a felicidade no rosto sonhador de Heitor, baixo os olhos para a cintura do homem, aonde seu volume começava a ganhar vida, sem perceber o foco dos meus olhos ele ajeita seu membro por dentro da calça. Minha língua corre os lábios assistindo a cena, porém me acalmo, estava na rua, perto demais da minha casa, só ali percebo que estávamos a poucos metros de nos despedirmos. Não podia lhe beijar ou abraçar, tudo o que podia fazer naquele momento era brincar um pouco com o garoto.

-Então.- começo depois de um breve pigarrear.- Acho que é aqui que nos separamos, nos vemos amanhã, e se você aguentar mesmo tentamos isso de duas vezes.

Imediatamente Heitor estreita os olhos, um tanto boquiaberto, incrédulo com o que acabara de ouvir.

-Tá duvidando de mim?- questiona, dou de ombros abrindo um sorriso covarde.

-Talvez, só vou acreditar quando me provar que consegue.- afirmo deixando claras minhas intenções.

-Pois bem, então acho melhor se preparar, por que amanhã vou castigar.- afirma ele, me fazendo rir.

-Tá bom amor, eu acredito em você, pode ficar tranquilo.- digo tentando lhe acalmar, porém o homem apenas permanece de sobrancelhas curvadas.

-Tarde demais, amanhã...- começa ele apontando o dedo na minha cara.- Você está fodido na minha mão.

-Mas... Mas...- começo a tentar explicar que tudo não passara de brincadeira, porém sou interrompido.

-Tchau amor, até amanhã.- e com um aceno simpático ele se vira e parte.

Sabia que iria levar alguns tapas dele e isso não me preocupava, seriam duas vezes seguidas e tudo bem, mas brincar com a autoestima de Heitor, esse havia sido um erro que me custaria caro, o homem me faria penar na sua mão, uma questão de honra que não podia culpá-lo afinal quem havia começado era eu, tinha cavado minha própria sepultura.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora