83- (Pornô) Caseiro e Recatado do Lar

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A sexta-feira chega depois de uma espera que parecia não ter fim, por dois dias preciso lidar com um Heitor bobo e sorridente que não parava de me lançar olhares indiscretos, ofereço uma ida até a sua casa na quinta-feira à tarde porém ele nega, afirmando que seria melhor ficarmos quietos até que meus pais estivessem indo rumo a São Paulo. Sendo assim tudo o que me resta são sorrateiros beijos trocados nas profundezas da biblioteca da escola.

Chegando da escola naquele dia encontro minha mãe na sala, conferindo as malas enquanto meu pai andava de um lado para o outro, nervoso. Ao notar minha chegada a mulher vem em minha direção.

-Filho, que bom que chegou! Estava achando que sairíamos sem nos despedir. Eu deixei algumas coisas prontas na geladeira para o caso de sentir fome e...- começa ela, porém meu pai pigarreia, impaciente.

-O vôo, temos horário.- diz, áspero.

-Mãe, pode ficar tranquila, eu dou conta, são só três dias.- digo lhe confortando.

-Meu menino... Já está tão crescido.- diz ela com um ar sonhador enquanto suas feições de acalmam.

-Agora vá, vocês não vão querer se atrasar.- digo tentando simpatizar com a ideia do meu pai, no fim das contas a verdade era outra, estava tão interessada em vê-los indo ir embora quanto eles em partir, queria os dois num carro rumo ao aeroporto pra tomar um banho e correr para a casa de Heitor. Por fim ela me abraça se despedindo, o pastor apenas me lança um aceno de cabeça. E com isso eles se vão, pela janela espio o carro sumir na esquina.

Me permito uma comemoração silenciosa antes de subir as escadas, no quarto largo minha mochila sobre a cama e apanho meu celular, precisava avisar Heitor.

"Meus pais já foram, vou tomar um banho e já estou indo" mando, o garoto visualiza a mensagem rapidamente, porém responde apenas com um emoji de diabinho.

Mesmo evitando os encontros depois da aula sentia que Heitor desejava aquele momento, nos últimos dias não era raro vê-lo ajeitando seu membro dentro da calça. Não queria fazê-lo esperar, por isso me apresso indo na direção do banheiro.

A vontade era de tomar uma ducha rápida pelo corpo e sair, porém sabia que Heitor me esperava e queria estar cheiroso e apresentável pra ele, até mesmo faço a barba deixando a pele lisa e sedosa.

Saio do banheiro nu, afinal estava sozinho em casa, assobiando enquanto seco meu cabelo, mal chego ao quarto quando a campainha toca e volta a tocar segundos depois, com a pressa do meu pai não era de se surpreender que tivessem esquecido algo.

-Já vai!- exclamo pra que ele escute enquanto entro no quarto apanhando a primeira bermuda que vejo pela frente, bem, ela era fina e não estava de cueca, mas devia bastar. Talvez o pastor estranhasse meu banho, mas podia dizer que fôra dia de educação física, o que no fim das contas nem era mentira. Corro escada abaixo quando a campainha toca pela terceira vez.- Estou indo.

Abro a porta apressado, porém do lado de fora está um outro alguém, vestindo uma calça camuflada e uma camisa de botão preta justa está...

-Heitor?!- exclamo surpreso.

-Oi, estava passando por aqui e...- diz entrando para então fechar a porta atrás de si. O garoto trás consigo uma mochila, a qual deixa no chão junto com os coturnos que tira na entrada.- Bem, acho que a sua casa está liberada.

Ele me lança uma piscadela travessa, porém ainda estava atônito com sua chegada.

-Eu pensei que fossem meus pais.- infelizmente essa foi a coisa mais inteligente que consegui dizer no momento. O homem ao contrário de mim se mantinha calmo e confiante, com um sorriso gentil se aproxima e me dá um beijo longo e lento. Antes que eu me de conta suas mãos estão deslizando por dentro da minha bermuda, a qual cai no chão instantes depois. Cara a cara nossos olhos se encontram e a voz de Heitor entra em minha mente, como um sussurro.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora