62- Invasão De Privacidade

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Oi gente, comunicado rápido, só queria me desculpar por ter ficado uma semana sem publicar nada, sinto muito, porém perdi um ente querido e não estava me sentindo muito bem para escrever, espero conseguir voltar ao ritmo normal, mas aí está o capítulo de hoje, espero que gostem.

*****

Como uma mensagem de despedida Heitor retira seu membro de meu interior apertando seu massivo volume contra minhas paredes. Ao me deixar um sorriso brota em seu rosto, o garoto retira a camisinha fortemente alargada de si, dentro dela uma enorme carga de esperma residia.

Ele a amarra e então a balança como um troféu de sua vitalidade, sorrio com a cena, mentalmente lhe agradeço por termos usado o preservativo, caso contrário estaria vazando mais uma vez. Cavalheiro Heitor estende sua mão para me ajudar a sair de cima da mesa.

-Caralho, eu nunca vi tanta porra em uma leitada só.- Surge o comentário no ar na forma de um sussurro, porém havia um problema, nem eu e nem Heitor tínhamos dito nada.

-Puta gozada mesmo.- responde uma voz feminina, o garoto a minha frente arregala os olhos e apressado se põe a ajeitar calça que vestia, em seguida entrega minha roupas.

-Se vista, rápido.- ordena ele, ainda sem entender ao certo o que acontecia porém já ciente de que algo estava errado me ponho a vestir a cueca, quando estou prestes a acabar de pôr minha calça o garoto segue até a porta.

-Está bem, vamos olhar mais um pouquinho.- diz a voz mais uma vez, porém nesse momento Heitor abre a porta, fazendo que os dois que se escoravam contra ela caíssem de quatro no chão.

Diante de nós estavam Abigail e Bernardo, encaro a dupla perplexo, ambos sem jeito levantam, se recompondo. Minha mente inteira colapsava em um grande redemoinho de pensamentos tentando ligar os pontos.

O que os dois faziam ali? A quanto tempo estavam atrás daquela porta? O que haviam visto? Eu não precisava de respostas, seus rostos já eram o bastante, pelas suas expressões a verdade era óbvia, haviam assistido a tudo, de propósito.

-Oi.- Abigail nos saúda ruborizada coçando o cabelo sem jeito, Bernardo faz pior, nem ao menos tenta fingir.

-Que show de transa.- comenta ele sorrindo.

Meu sangue fervia, ambos os punhos de fecham tentando controlar minhas que tremiam de raiva, lanço um olhar furioso ao garoto.

-Cala a boca!- vocifero em um tom venenoso.

-Ih, vai bancar o nervosinho agora? Eu hein.- diz debochado.

Dou um passo na direção do rapaz, porém Heitor segura meu ombro em sinal de contenção, o garoto não parecia mais feliz do que eu com a situação, porém se mantinha calmo. Abigail se põe entre nós.

-Ei, Gabriel. Vai com calma.- me pede levantando as mãos.

-Ir com calma?!- questiono impassível ao seu pedido, então aponto o dedo em sua cara.- Do que você está falando? Você acabou de extrapolar todos os limites Abigail, invadiu a nossa privacidade, tem noção do quanto isso foi errado?

-Mas você prometeu que me deixaria ver vocês transando.- pontua a garota tentando revidar, Bernardo ao lado dela balança a cabeça positivamente, pelo visto talvez ele conhecesse bastante de nossa intimidade afinal além do sexo.

-Eu prometi um vídeo, pra VOCÊ e quando EU estivesse pronto pra fazer isso, mas não! As invés disso preferiu se esconder atrás da porta, junto com um alguém que eu nunca vi direito antes, que nem sei posso confiar.

-Sou um cofre meu lindo, cem por cento conf...- começa Bernardo mais uma vez.

-Já te mandei calar a boca!- repito furioso pelo fato de continuar se intrometendo, esse faz sinal de rendição.

-Mas é claro que ele é confiável, Bernardo é meu amigo.

-Isso não muda muito, já não sei se posso confiar em você.- digo finalmente, essa afirmação diferente das outras parece abalar Abigail que recua um passo contra a parede. Me sentia traído pela pessoa que tanto confiava, com a cabeça quente pensamentos ainda piores se faziam presentes dentro de mim.- Foi combinado, não foi?

-Como assim?- indaga Abigail curiosa.

-Deixar essa biblioteca livre pra mim e pro Heitor, foi tudo pensado pra vocês poderem assistir essa... Mas que droga, Abigail!

-Não, não foi, eu juro, pensamos nisso agora enquanto estávamos descendo.- afirma em um tom acelerado, porém nada do que dizia me soava honesto o suficiente.

-Basta!- faço sinal pedindo silêncio,- Vão embora vocês dois, Heitor e eu vamos pegar nossas coisas e já estamos descendo também.

Abigail parece querer argumentar, porém em seguida desiste, puxando Bernardo pelo braço os dois partem.

Averiguando que a dupla havia partido fecho a porta do quarto com força, desabando em seguida.

Heitor por sua vez se aproxima me abraçando, trazendo um pouco de conforto a minha mente que se contorcia dentro de mim.

-Eu... Eu sei que foi bem ruim o que sua amiga fez, mas não fique assim, ela só nos viu compartilhando nosso amor.- comenta ele tentando me animar, ainda sem entender a situação por completo.

-Não foi por isso que eu fiquei tão bravo.- digo enxugando os olhos.

-Não?- indaga o garoto surpreso, balanço a cabeça negativamente.

-Foi a quebra de confiança em parte, mas o ponto principal está no que ela poderia ter ouvido.- ponho a mão sobre seu peito e suspiro.- Você sabe que amo seu lado demônio tanto quanto o humano, e quando estamos a sós não escondo isso. Pra todos os fatores estávamos sozinhos.

-Meu Deus.- diz ele cobrindo a boca atônito com a idéia, seu corpo estremece. Por mais que pra mim aquele detalhe não fizesse a mínima diferença, sabia que sua ascendência era um assunto delicado para o garoto. Heitor volta a me abraçar com força.- Obrigado por cuidar de mim.

Sorrio tentando espantar a idéia do que teria acontecido caso aquela dupla tivesse ouvido mais do que devia, segredos eram perigosos e difíceis de se manter, Heitor me confiara o seu e não queria decepcioná-lo, naquele momento tudo o que queria era sair dali e ir para um lugar seguro para nós, relutante me solto do abraço do meu namorado e apanho minha mochila.

-Vamos, esse lugar não é seguro.- afirmo, Heitor assente apanhando a sua bolsa e juntos deixamos o clube do livro.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora