74 - Um Tapinha Antes Do Chá

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A imagem do corpo viril suado ao meu lado na cama era hipnotizante, seu cabelo estava bagunçado e úmido, por mais que meu coração pedisse para permanecer ali sabia que precisava levantar, no fim das contas não estava nem de perto do seu nível de beleza, além de ser apenas eu ainda estava com o rosto recoberto por uma fina camada de seu gozo, impregnado, bem, isso realmente não ajudava no quesito beleza.

-Acho que precisamos tomar um banho.- digo sem jeito tentando cobrir meu rosto com as cobertas.

-Mas por quê?- indaga ele sorrindo.

-Por que não posso chegar em casa com a cara toda gozada!- digo enérgico porém rindo.

-Ah, bobagem. Pra mim você está lindo, amor.

-Ah é? Então dá próxima vai ser na sua cara.- afirmo pondo meu indicador na ponta de seu nariz.

-Já disse, se pedir pra minha mãe pra transarmos no sofá eu deixo.- lembra o garoto.

-Ok então.- digo me levantando, ou melhor, tentando me levantar. Conhecia o estrago que Heitor era capaz de fazer em uma transa, naquele momento começava a sentir as consequências daquela dupla transa que se revelavam em um dolorido e mediano desconforto interno. O homem imediatamente pula da cama para me auxiliar.

-Te machuquei muito, amor?- indaga ele preocupado.

-Não, eu estou bem.- digo me ajeitando para seguir até o banheiro, porém antes que possa seguir sinto uma fisgada percorrer meu corpo, desequilibrado sou apanhado por Heitor que me ergue do chão, em seu colo partimos na direção do banheiro.

-Não precisa mentir pra mim, se estiver doendo eu cuido de você, e se estiver te machucando durante o sexo também. Você é meu namorado e não um saco de pancadas pra aguentar tudo calado.

-Mas você não machuca, às vezes na cama dói mas é de um jeito bom, e...- digo apressado, porém logo percebo algo, minha insistência não estava fazendo efeito aos ouvidos do preocupado garoto então apenas suspiro. -Bem, se achar importante podemos tentar pegar mais leve da próxima.

Heitor sorri tranquilo com minha resposta.

-Com certeza, pelo visto sexo violento não é meu forte.- diz ele sorrindo de lado, porém um pouco constrangido.

-Mas um tapinha no traseiro ocasionalmente acho que deixa de ser uma opção, não é?- digo enquanto Heitor me põe de volta do chão e segue na direção do chuveiro.

-Ah, isso com certeza, se ainda quiser.- diz ele ligando o chuveiro e esperando a água esquentar, me aproximo enquanto o homem que parece perdido em seus pensamentos, era visível que Heitor ainda se preocupava com as consequências de nosso sexo em meu corpo, porém eu tinha outras prioridades... Uma bunda moscando, sem aviso dou um tapa na bunda do garoto que salta para debaixo da água assustado.- Que droga foi essa?!

-O que foi? Você achou mesmo que ia deixar essa bunda linda virada pro meu lado e ia perder a oportunidade de dar um tapinha?- questiono sorrindo, estava claro que Heitor não estava irritado, apenas havia sido pego de surpresa.

-Então é assim?- diz estreitando os olhos, seu braço se estica para me agarrar, tento virar e correr mas é inútil, o homem me agarra e me puxa para debaixo da água enquanto rio alto. Com um abraço apertado minhas costas se colavam sobre seu abdômen, ele então passa a desferir diversos beijos em meu rosto.- Sabe de uma coisa, acho até justo se me der uma palmada de vez em quando, eu já bati com tanta coisa na sua, né? Até as bolas.

-Sim, e quem fica quase sem conseguir andar sou eu.- digo lhe provocando.

-Me desculpe por isso, eu... Eu..- Heitor começa a tentar se explicar, porém me viro para lhe encarar, então lhe mostro a ponta da língua indicando que estava brincando, o garoto então me puxa para um beijo afetuoso.- E você bem que gosta de um estrago, não é?

-O que posso dizer? São ossos do ofício, além do mais a sensação de vazio depois é engraçada. A única parte realmente ruim é o chá da sua mãe, ele ajuda? Ajuda, mas ainda sim é terrível.- digo estremecendo só por lembrar do líquido verde.

-Não pode ser tão ruim assim.- diz ele ajeitando o cabelo molhado pra trás, lhe lanço um olhar questionador.- Você que é fresco, quando a mamãe voltar vou pedir pra ele fazer pra você e vou beber também.

-Você é quem sabe.- digo dando de ombros.- Minha vez de tomar no cú já foi, agora é a sua.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora