89- Noite De Núpcias

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-Quer namorar comigo?- diz Heitor de joelhos com um par de alianças em mãos. Eu tinha milhares de perguntas a fazer, minhas pernas estavam bambas como se fosse desmaiar a qualquer momento, tinha até mesmo piadas pra fazer, porém acima de tudo tinha uma prioridade, dizer...

-Sim, sim! É tudo que eu mais quero.- digo enquanto um sorriso toma meu rosto, igual ao de Heitor. O garoto então apanha uma das alianças referente a mim, já que a outra era visível maior para ele, e põe em meu dedo, a qual felizmente tem a medida certa, ele suspira aliviado, provavelmente comprara sem muita certeza.

Logo em seguida se levanta, apanho a aliança restante para por o círculo dourado em seu dedo.

-A primeira vez que coloca alguma coisa no meu anel.- diz ele sorrindo.

-Bobo.- digo rindo, com alianças devidamente colocadas Heitor me puxa para um longo e intenso beijo.- E que essa seja a primeira de muitas.

-Ei, ei! Pode ir parando com isso, eu não quero você enfiando nada lá.- diz me repreendendo, tenso com a ideia.

-Mas no meu você coloca.-retruco me divertindo com a discussão, o homem por sua vez me puxa pra mais perto deslizando a mão por dentro da minha calça.

-Mas você gosta.- sussurra ele em meu ouvido. -Inclusive estou me aguentando já faz um dia.

-Nossa, que sacrifício!- exclamo debochando, porém sou repreendido com um aperto no traseiro.

-Estou falando sério. Eu tenho uma alma fofoqueira e precisei guardar segredos pra te fazer essa surpresa. Inclusive, ontem quando fui na sua casa, estava na cidade pra buscar as nossas alianças que tinha encomendado, convenci a minha mãe a me ajudar ficando fora de casa e agora cá estamos nós.

-Mas que safado! Fazendo as coisas pelas minhas costas? Você acha isso bonito?- indago em tão de provocação, conhecia a mente de Heitor e como atingí-lo.

-Ah, como eu adoro fazer as coisas pelas suas costas, principalmente quando meu saco está batendo na sua bunda.- provoca de forma cafajeste.

-E me deixe adivinhar, sua mãe nunca esteve em casa, era só um pretexto pra me trazer aqui.- suponho o óbvio.

-Ah não, ela esteve aqui sim, mas já foi. Pedi que ela trouxesse um jantar especial, esse comemos e depois você será minha sobremesa.

-Se sou sua sobremesa, então por que está com a mão por dentro da minha calça?- indago.

-Ah, você sabe, eu sou rebelde e preciso provar um pouquinho antes.- afirma apertando meu traseiro com força.

-Mas agora estamos namorando, você sabe que sou evangélico e isso muda tudo, eu decidi esperar.- repreendo o garoto com severidade, que me encara surpreso.

-Você está falando sério? Tipo, de verdade? Sem sexo até o casamento?

-Sim, claro!- confirmo, o que faz o garoto resmungar silenciosamente.- Você esperou um dia inteiro, pode esperar mais alguns meses.

-Ah, mas eu pensei que...- Heitor tenta argumentar mas logo lhe interrompo.

-Nada disso, não adianta reclamar.- digo quase sem conter a risada enquanto deslizo a mão para dentro de sua cueca, segurando seu membro em seguida.- Não é como se eu fosse pegar isso aqui e te levar pra cozinha e quanto antes comermos, antes vamos para o seu quarto.

-Mas e toda aquela história de menino evangélico?- zomba ele, já sendo guiado por seu volume, o qual ganhava massa enquanto seguimos rumo a casa.

-Bem, esperamos um dia inteiro, eu não consigo imaginar uma comemoração melhor pra isso.- argumento, como os crentes conseguiam aguentar mais do que um dia sequer? Eles não se amavam ou havia algo de errado? Por um breve momento questiono as loucuras que meu pai pregava, porém logo mudo de ideia, não queria a memória do pastor naquele momento tão feliz.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora