Lentamente o membro de Heitor perde a rigidez até finalmente deixar meu interior restando apenas uma úmida sensação de vazio, tinha a cabeça recostada em seu peito largo e forte, ele por sua vez tinha descansava sobre as mãos que se colocavam acima do travesseiro.
Depois de um longo momento de inércia e descanso sinto seus dedos afagarem meus cabelos, o ritmo de sua respiração exalava satisfação.
-Pensei que não aceitaria transar na sua casa, por isso nem cheguei a comentar nada até estar aqui.- confessa, percebo que estava, por mais que tivesse adorado a experiência sabia que se fosse por mim provavelmente não teria acontecido, como sempre a ansiedade falaria mais alto.- Espero que não fique bravo comigo.
-Não! Claro que não.- digo me erguendo para ver seus olhos. -Eu amei a surpresa, sinto muito se estava tenso no começo, é só que... Sei lá.
-Está tudo bem.- diz sorrindo de forma amável. -Imagino como deva ser pra você, essa casa deve trazer lembranças difíceis na hora do sexo.
-Bem, a casa não, mas se meus pais estivessem aqui as coisas seriam bem diferentes, não seria seguro pra nós.
-Gabriel, eu... Bem, eu te amo e não quero que se sinta assim, preso. Sei que ama seus pais mas saiba que se um dia as coisas desandarem eu vou estar aqui. Quero que saiba que minha casa está aberta pra você, espero que seus pais consigam entender o que sente, mas se não fizerem pode se ancorar em mim.
Assisto seu rosto enquanto seus grandes olhos pretos me estudam, cheios de esperança. Percebo algo em Heitor que parecia se ocultar para além do que era visível. Havia um desejo de ir além, de conquistar e lutar contra os obstáculos, descubro ali um sonho que ultrapassava o amor por amor, um homem que ansiava por dias melhores, construindo uma vida ao meu lado.
-Eu quero fazer isso.- digo me aproximando para lhe dar um longo e apaixonado beijo, logo o beijo começa a acender Heitor que já dava sinais de sua virilidade, o membro do homem tocava minha bunda, era um alerta vermelho. Lutar contra aquilo era doloroso, metade de mim sabia que tinha tempo sobrando e poderia aproveitar os dois próximos dias, a outra metade desejava intensamente pela satisfação imediata dele, o latejar de seu membro era convidativo e inebriante, com toda minha força de vontade deixo seus lábios.
Tento me levantar mas a mensagem parece não ter sido captada pelo corpo do garoto, que protesta.
-Amor, temos mais dois dias inteiros pra isso e eu só tenho um cu, não queremos estragar ele.- afirmo brincando, o garoto tenta dizer algo mas logo desiste, fazendo beicinho, sua expressão parece a de um filhotinho de cachorro.
-Eu não ia estragar, apenas... Usar.- completa depois de uma breve pausa, me levanto estendendo o braço para que ele faça o mesmo.
-Vamos tomar um banho.- chamo, porém antes que eu perceba estou sendo agarrado e puxado de volta para a cama.- Ei!
Protestos são inúteis, seus braços me envolvem e ele beija minha bochecha repetidas vezes até chegar em minha boca, aquilo me faz rir alto até por fim me render aos beijos do homem.
-Você já imaginou quando as coisas forem assim? Uma casa só pra nós... Vamos ficar pelados o dia inteiro e transar toda noite.
-Não precisaremos de despertadores, vou te acordar toda manhã com um boquete.- digo provocativo, o que faz os olhos de Heitor brilharem.
-Certo, eu preciso de uma casa pra gente tipo, pra amanhã.- diz em tom de urgência.
-Calma garotão, isso vai acontecer um dia mas não vamos apressar as coisas, você ainda tem um sogro bem ruim pra lidar. E no mais, não vamos conseguir casa nenhuma se nem da cama levantarmos.
Aquele argumento parece ser suficiente para fazê-lo mudar de ideia, me soltando e levantando na direção da porta, aonde pára e se vira.
-Você não vem?- indaga erguendo uma das sobrancelhas.
Sigo o homem nu na direção do banheiro, seu corpo forte era quase hipnotizante, ele tinha flancos bem marcados que faziam um caminho rumo à perdição e ao desejo, vê-lo andar como veio ao mundo era como um convite dizendo "Por favor, cavalgue em mim". Ao chegarmos ele abre o box e antes de entrar me lança um olhar cafajeste de sorriso largo, algo estava errado.
-O que foi? Por que está me olhando assim?- indago, suas atitudes eram suspeitas.
-Não é nada, oras.- diz dando de ombros e ligando o chuveiro, o homenzarrão era tão grande que mal cabia debaixo da água.- Por fim apenas me aproximo adentrando na água quente, nesse momento sinto o braço de Heitor me segurando, sua outra mão desce sorrateiramente. -Você age como se eu fosse tão safado mas está aqui com essa belíssima ereção. Seria um desperdício perdê-la, não é mesmo?
-Heitor!- protesto enquanto ele desliza o polegar em minha glande. -Eu já disse que...
-Sem penetração, tudo bem?- oferece em tom convidativo para em seguida beijar meu pescoço. Aquilo era covardia, estava a beira do precipício e Heitor estava prestes a me empurrar com uma frase.- Quero te ver tomando meu leite.
Apenas assinto com a cabeça lhe dando permissão para que ele passe a me masturbar com movimentos gentis de vai e vem, vez ou outra sua mão parava em minha glande usando movimentos firmes e prazerosos, seus lábios beijavam minha nuca, soltando alguma vulgaridade em meu minga orelha vez ou outra, tento apanhar o membro do homem porém não tenho sucesso, logo percebo que ele mesmo fazia o trabalho de masturbar-se às minhas costas, envolvido faço o que posso apanhando seu saco com carinho.
Por fim Heitor vira meu corpo para que fiquemos cara a cara, nos beijamos enquanto a água quente corria por nossos corpos, voraz ele apanha ambos os membros estimulando-os juntos. Por um instante aquilo me constrange, sua virilidade era claramente maior e mais grossa do que a minha, porém quando o beijo cessa e nossos olhos se encontram vejo a satisfação e o orgulho de Heitor, o que pensava ser um defeito era grandioso para ele.
Selvagem, o homem encosta suas costas contra a parede nos afastando do fluxo de água, seus dedos apanham meus cabelos, guiando-me para baixo até a altura de seu membro, ali ajoelho abrindo a boca, sedento enquanto espero, olhos nos olhos. Alucinado Heitor goza em generoso jato, e eu que lhe seguia ejaculo aos seus pés. Apaixonadamente o homem apanha meu queixo, novamente de pé ele me puxa para um beijo.
-Meu garoto.- contempla acariciando-me o queixo.-Vamos terminar o banho e tomar um café, afinal o leite já foi.
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Meu Demônio (Romance Gay)
RomanceGabriel prometeu a si mesmo nunca se apaixonar, o que as pessoas diriam se descobrissem que o filho do pastor é gay? Apenas a idéia de prejudicar seu pai o fazia estremecer. O tímido rapaz passa seus dias focado, deixando sua vida de lado enquanto...