52- Chocolate Quente

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Depois de nos acertarmos, o garçom vêm até nossa mesa apanhar nosso pedido, escolho um copo grande de achocolatado, Heitor pede o mesmo e o rapaz segue para os fundos do estabelecimento.

-Então, estava pensando em uma coisa.- começo sorrindo.

-O quê?- indaga o garoto curioso.

-Se fomos pra cama juntos e você é meio demônio... Isso significa que você me possuiu?- questiono, ele parece avaliar a idéia.

-Não sei, mas se foi estou muito ansioso para fazer de novo. Deve ser o tesão acumulado, desde a última vez que transamos não me masturbo, não estava no clima pra isso.- confessa ele se explicando.

-Eu não estou muito diferente.- assumo.- Mas acho que temos um problema, meu pai está de olho em mim e não quer que eu vá na sua casa, podemos dar um jeito e fugir pra lá de em quando, mas de qualquer forma isso não é suficiente.

-Hum, é verdade, mas podemos nos encontrar aqui ou sei lá ou em outros lugares.- diz dando de ombros, por mais que a companhia fosse mais do que suficiente ainda queria poder ter nossos momentos de intimidade.

O garçom traz nossas bebidas, meus dedos se enroscam ao redor do copo aproveitando seu calor, Heitor pensativo esboça um sorriso.

-O que foi?- indaga.

-Você vai ficar bravo comigo, mas já sei aonde vamos nos encontrar da próxima vez.

-Aonde?- questiono, mesmo sem entender do que o garoto falava, bem, não podia ser tão ruim assim

-Na sua casa.- afirma com um rosto safado.

-Não! Está maluco? Se meus pais nos pegarem eles nos matam.- digo me opondo.

-Eu sei, mas querendo ou não precisamos manter nosso álibi, para todas as aparências estávamos tendo aulas de reforço. Na sua casa podemos estudar de verdade e se percebermos que é seguro nos divertimos um pouco, pode ser um boquete.- afirma ele, rio nervoso.

-Eu fico só imaginando minha mãe abrindo a porta do quarto e gritando "Que palhaçada é essa?! Ah não, é só um boquete, podem prosseguir".- digo, Heitor ri alto mas logo se contém.

-É uma hipótese, mas agora falando sério, precisamos dar um jeito de irmos pra minha casa esse fim de semana. Eu preciso matar a saudade de você, do jeito certo.- afirma ele, percebo ao que se referia.

-Espere aí! Te aceitar é uma coisa, mas ir pra cama com um demônio é completamente diferente.- digo sério, Heitor me encara surpreso.

-Ah, achei que estava tudo bem pra você, desculpa, eu...- começa ele, passo a mão por debaixo da mesa, apalpando seu volume, o garoto fica sem reação.

-Eu mal posso esperar.- digo com um sorriso travesso, sua mão desce e agarra a minha que começava a deixar seu brinquedo, para que eu continue em seu membro que começava a endurecer.

-Sou um demônio muito mal, vou usar meu tridente em você, vai haver choro e ranger de dentes quando te mostrar do que sou capaz.

-Hum, eu duvido.- digo lhe provocando, sorrio mordendo o lábio inferior, o garoto me encara com olhos semicerrados.

-Duvida? Escute aqui garoto.- diz apontando o dedo na minha cara.- Da última vez fui cuidado mas você que pediu, esse fim de semana eu vou acabar com você, nem que eu tenha que fazer isso na frente dos seus pais.

-E o Diabo põe a cauda pra fora.- digo rindo, Heitor me encara atônito.

-É isso!- exclama enérgico.- Como não pensei nisso antes?

-Isso o quê?- indago curioso.

-Gabriel, tenho um lugar pra te mostrar amanhã, você gosta de fazer trilha?- questiona astuto.

-Bem, eu nunca fiz, eu sei que aqui no entorno da cidade tem algumas mas nunca tive alguém pra ir comigo, a Abigail sempre diz que esse tipo de coisa não é pra ela, de acordo com ela caminhar é pra pebleus, não pra rainhas egípcias.- digo rindo, de fato o garota sempre dizia que só faria trilha quando tivesse servos lhe carregando, bem, isso meio que acabava com o sentido da trilha mas era inútil discutir com sua opinião.

- Então, dentro do meu condomínio tem uma trilha, eu costumo correr por ela, foi inclusive isso que eu disse pra minha mãe que ia fazer quando fui te ver na escola.

-Mentindo pra mãe? Que feio.- digo rindo.

-Só eu, não é mesmo?- indaga irônico.

-Sim, só, eu sou um santo.- digo unindo as mãos.

-Do pau oco.- afirma, avalio sua acusação.

-Bem, quando estou no seu pau você me deixa oco, sério mesmo.- digo sendo honesto.- Quando você tira seu membro dá uma sensação de vazio.

-Hum, interessante.- diz ele.- Então faça o seguinte, convença seu pai de que vai fazer uma trilha e me encontre na portaria do condomínio, se fizer isso eu prometer de completar. E dessa vai ser com força total.



Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora