35- Presente Grego

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"Já chegou em casa?" Questionava a mensagem de Heitor a espera de uma resposta, já havia sido enviada a algum tempo.

"Cheguei, estava resolvendo umas também. Acho que vou tomar um banho" digo.

"Eu já tomei banho, estou cheirozinho" diz ele brincalhão.

"Será mesmo? Lavou o..." Deixo a pergunta no ar, em um tom divertido.

"Lavei sim, olha" responde ele, logo em seguida envia uma foto, nela, Heitor nú exibia seu membro mole, porém ainda imponente que pendia entre suas pernas.

"Isso não prova nada, só que você é um cavalo kkk"

"Se não é suficiente pra você é só vir aqui e provar por conta própria"
"Mas enfim, quando vai me contar por que saiu mais cedo hoje?" Indaga ele curioso.

"Amanhã eu te conto, ou melhor, te mostro" digo deixando um suspense no ar.

"Ah, isso me mata. Mas tudo bem, amanhã você me conta, nem que seja na base da pirocada kkk" responde Heitor.

"Isso é tentador, pensando bem acho que vou guardar segredo... Mas é brincadeira, e eu prometo que não vai se arrepender"

"Certo, vou ficar na espera" afirma ele.

Depois disso nos despedimos,  vou jantar e em seguida para a cama. A noite fôra calma e sem sonhos importantes, apenas coisas aleatórias como normalmente são, tanto que depois de alguns minutos acordados já não me lembrava de nada.

Assim que desço para tomar café encontro minha mãe diante de uma caprichada refeição, elogiar sua comida havia realmente surtido efeito, porém cair em tentação me colocaria sobre o risco de ganhar alguns quilos caso aquilo se tornasse hábito.

Mesmo com todo meu autocontrole acabo cedendo e comendo alguns bolinhos a mais, me justifico com minha consciência dizendo que aquele seria um puxado no qual me exercitaria muito.

Logo depois de partir para a escola, virando a primeira esquina dou de cara com Abigail.

-Bom dia!- diz ela exalando alegria.

-Bom dia. Por que está tão feliz?- indago.

-Ah, por nada...- diz sorrindo de lado, lhe encaro, vindo de Abigail nunca era nada.- Tá bem, ontem depois de conversarmos eu comprei alguns presentinhos pra você.

-Sério? Não precisava.- digo constrangido, porém espero que ela me entregue algo.- Então...

-Nada disso,- adverte ela balançando o indicativo negativamente.- Eu irei entregá-los quando for a hora certa.

-Está bem.- digo me rendendo, seria aquele um castigo divino por estar fazendo suspense para com Heitor? Talvez fosse isso que chamavam de lei do retorno.

Seguimos o caminho até a escola conversando sobre aleatoriedades, já chegando no pátio Abigail me questiona quanto aos professores que achava gostosos, diferente dela eu não me interessava tanto por eles.

-Ah, vamos lá, se você e o Heitor tivessem que chamar um deles para uma transa a três, qual deles escolheria?

-Eu não gosto de dividir meu namorado com professores.- diz uma voz atrás de nós, nos viramos e lá está Heitor de braços cruzados.

-Ah oi, então...- diz Abigail sem jeito.- Acho que preciso ir ali rapidinho.

Com isso a garota parte nos deixando a sós, o garoto me encara enquanto apenas espero sua reação a conversa anterior.

-Então, está querendo ir pra cama com mais alguém?- questiona sério.

-Eu não, isso é tudo idéia da Abigail, estou mais concentrado em dar conta de quem já tenho ao meu lado.

-Hum.- diz descruzando os braços.

-Você está com ciúmes?- questiono ao ver sua reação, Heitor vira o olhar para encarar um ponto vazio, seu rosto fica corado. O garoto estava envergonhado, aquele definitivamente era o ataque de ciúmes mais fofo que já vira.

-Não precisa ficar assim. Eu também ficaria bravo se alguém desse encima de você.

-Eita.- diz ele surpreso.- Mas comigo?

-Se você retribuísse sim.

-Ah, então tudo bem. Mas não vamos pensar nisso.- diz ele rindo, assinto e seguimos para a aula.

Quando passamos em direção a nossa sala, Abigail de sua carteira, com um sorriso bobo no rosto balança e me indica um embrulho de presentes.

-O que é isso?- questiona Heitor.

-Eu não sei, ela disse que tinha um presente pra mim, mas que só entregaria na hora certa.

-Tenho medo.- diz ele.

-Hum não, ela é meio doida mas não deve ser nada ruim.

-Já que você diz.- Heitor dá de ombros.

As aulas passam sem grandes surpresas, porém os professores naquele dia pareciam especialmente comprometidos com a missão de passar exercícios para casa, querendo ou não eu e Heitor teríamos realmente que estudar.

No recreio ficamos na sala, Abigail traz o embrulho até na porta, então o balança, a convidamos para entrar mas ela volta para a sala, tudo o que ela queria era fazer suspense.

Com mais duas aulas somos finalmente liberados. Ao lado de Heitor sigo para fora da escola, se havia uma hora para receber o presente de Abigail era agora, porém enquanto seguimos caminho pelos corredores não há sinal dela.

Finalmente saímos do portão ouvimos seu chamado finalmente.

-Psiu! Ei!- diz Abigail sorrateiramente, a garota se encontrava encostada na beira do muro da escola com um rosto incrivelmente duvidoso e seu embrulho na mão, se qualquer policial por ali certamente ela seria revistada a procura de drogas. Começava a me preocupar com seu conteúdo.

-Você primeiro.- diz Heitor indicando para que eu me aproximasse.

Seguimos até ela, a menina me entrega finalmente o pacote, desenrolo laço que o mantinha fechado enquanto Abigail sorri.

-Eu poderia até dizer mais, mas tenho certeza de que já vão fazer um bom proveito.- afirma.

Curioso e receoso olho o conteúdo ali dentro, a primeira coisa que vejo e uma grande e borrachuda "coisa".

-Um membro... de borracha?- indago assustado.

-Sim!- exclama ela contente,- Sempre quis te dar um mas ficava em dúvidas, mas agora percebi que é a hora perfeita, vai ser bom pra você se preparar... Pro jogo duro de verdade, mas não é só isso, tem mais.

Volta a encarar o pacote, encontro um frasco com um líquido vermelho e oleoso, lubrificante, algumas camisinhas extra grandes e outras coisas mais pro fundo que ainda não havia reconhecido, mas já havia tirado minha conclusão, me volto para Abigail que esperava minha reação.

-Que bela amiga você é.- digo lhe encarando sério, ela me encara confusa.- Eu achando que você queria o meu bem, quando tudo o que quer é que eu tomo no cú. Um presente grego.

-Mas... Mas...- diz ela começando a se retratar.

-Mas nada,- digo, então lhe abraço.- Eu adorei, obrigado, vou fazer bom uso.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora