38- Uma Tarefa Sem Precedentes

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Sentar com certeza era a parte mais delicada quando se tem um dildo em seu traseiro, de um segundo para o outro a sensação podia mudar do prazer para o desconforto e vice versa, era tudo questão de posicionamento, me sentia em uma corda bamba.

Além disso tinha que tentar me concentrar nas atividades a minha frente, o que era quase impossível, Heitor assistia minha situação satisfeito e sorridente, seus olhos negros brilhavam.

Finalizamos a primeira lista de exercícios, me levanto cuidadoso.

-Então, acho que já está bom, não é? Outro dia brincamos mais.- afirmo.

-Você quer que eu tire o dildo?- questiona ele com um olhar inocente, assinto com a cabeça.- Ok, então deite na cama.

Faço o que ele pede, o garoto levanta seu suéter e lentamente começa a puxar o brinquedo para fora, não consigo evitar que um gemido escape dos meus lábios, Heitor pára.

-Você está gostando?- indaga ele cínico, não respondo nada, sabia o que havia ouvido.- Bem, seria uma pena se...

Sua mão empurra o dildo de volta para dentro de mim, dessa vez o gemido não escapa simplesmente mas sim ecoa pela quarto, Heitor dá dois tapinhas na base da brinquedo como se certificasse do encaixe perfeito em meu interior, então mais uma vez volta a abaixar o suéter.

-Mas...- começo a me queixar porém sou interrompido.

-Eu te falei como seria, só vou tirá-lo quando terminarmos os exercícios.- adverte ele, suspiro antes de me levantar.

-É verdade.- meu rosto se contorce enquanto volto a me sentar, o garoto que assistia curva as sobrancelhas preocupado.

-Mas o dildo está te machucando?- indaga pondo a mão sobre minha perna.

-Não.- digo me ajeitando, em um toque mais certeiro do interior em meu ponto de prazer mordo meu lábio inferior.- É prazer demais pra um dia só.

Minha confissão faz Heitor voltar a sorrir.

-Nesse caso acho melhor continuar como está pra já ir se acostumado, ainda quero de fazer muito mais.

-Muito mais?- questiono incrédulo, a cada momento de intimidade que trocávamos minhas definições de limite eram expandidas.

-Muito mais.- afirma apertando minha perna para baixo fazendo o brinquedo se aprofundar dentro de mim, minha reclamação sai na forma de um gemido, sabia que aquilo não havia surtido efeito, apenas me conformo.

-Vamos acabar logo esses exercícios, por favor.- peço.

Passamos os minutos seguintes fazendo a lista de tarefas restantes, minha voz falhava em alguns momentos, abafada pelo prazer, enquanto isso Heitor não perdoava, em todas as oportunidades possíveis punha sua pesada mão em minha perna. Depois de muito lutar para manter a calma finalmente acabamos a último dos exercícios.

-Muito bem, terminamos. Agora vamos tomar um café, não é mesmo?- diz ele sorrindo, lhe encaro em súplica.- É brincadeira, você cumpriu o nosso combinado, vou tirar o dildo, venha aqui.

Heitor afasta seus cadernos e faz sinal para que eu me deite em seu colo, quando estou posição sinto em beijo na polpa do meu traseiro.

-Você fez um ótimo trabalho.- diz apanhando a base do brinquedo, então gentilmente começa a puxá-lo para fora até finalmente sua extensão saltar para fora do meu interior.

-Obrigado.- digo respirando aliviado, por mais estranho que parecesse agora sem o dildo sentia um vazio em meu interior. Heitor abre meu traseiro com as mãos e passa a analisar os resultados de seu jogo.

-Maravilhoso, parece que fizemos um bom avanço hoje, hein? Como se sente?- questiona enquanto alisa gentilmente minhas partes descobertas.

-Vazio.- confesso, ele ri.

-Mas e quanto a idéia de me ter dentro de você?- indaga curioso.- Se sente mais preparado?

Suspiro, não sabia o que dizer, podia sentir a expectativa na voz de Heitor, ele queria aquilo mesmo dizendo como estava disposto a esperar, e no fim provavelmente nunca saberia ao certo se não tentássemos, me levanto e sento ao lado de Heitor, o garoto esperava minha resposta atento.

-Podemos tentar amanhã depois da escola.- afirmo.

-Não, Gabriel essa vai ser nossa primeira vez juntos na cama fazendo mais do que jogos ou matando desejos. Eu quero mais do algo de momento, me sentiria muito mal se fizéssemos amor e te deixasse ir embora umas horas depois. Eu sei que o que vou pedir pode ser complicado pra você mas...- sua mão repousa sobre a minha.- Vêm dormir aqui comigo, diga alguma coisa para os seus pais, sei lá. Eu quero poder cuidar de você, do homem com quem dividi a cama, por favor.

A voz de Heitor trazia um tom de súplica, podia sentir o quanto queria aquilo.

-Está bem, vou inventar alguma história.- digo cedendo mesmo sabendo o quanto aquilo poderia ser difícil, o garoto feliz me beija apaixonado,- Mas eu não prometo nada.

-Já é o bastante.- diz me beijando novamente.- Mas agora é sério, vamos tomar café, eu estou morrendo de fome.

Vestimos calças e seguimos na direção das escadas, enquanto isso minha mente trabalhava a todo vapor, sabia que provavelmente não seria tão fácil dobrar meus pais, nunca havia dormido na casa de nenhum amigo, aquela seria uma tarefa sem precedentes.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora