Depois de conversar meu pai corro até o quarto para conversar com Heitor e lhe contar a boa nova.
"Não vai acreditar, meu pai me deixou fazer a trilha com você." Afirmo animado.
"Nossa, que legal, mas não se esqueça de trazer uma garrafa de água e usar roupas leves, vou te fazer suar." Promete ele.
"Hum, a trilha do seu condomínio é muito íngreme?" Questiono curioso, pensando bem, até mesmo o caminha até sua casa era um tanto quanto cansativo.
"Ah, nem tanto, o mais difícil pra você vai ser nas descidas." Diz com emojis sorridentes.
"Sem problemas, é como dizem, na descida todo santo ajuda." Respondo, Heitor ri. "O que foi?"
"Não é nada, só espero que os santos te ajudem quando estiver sentando no meu membro." Diz em um tom irônico e risonho, acabo abrindo um sorriso com a idéia.
"Pra isso eu não preciso de ajuda de santo nenhum, tenho certeza de que sou capaz, basta saber um certo demônio também está, até aonde sei os demônios tem muito papo e pouca atitude." digo lhe provocando.
"Então é assim, não é? Acho melhor ir se despedindo da integridade do seu traseiro." Responde ele ameaçador.
"Haha, já não era sem tempo, trocar um traseiro capaz de sentar por um namorado como você." Pondero, sabia que quando estivesse na cama com Heitor não seria tão fácil assim, mas brincar com ele era tão bom, o garoto me manda um coração, nos despedimos e deito na cama.
Acordo agitado na manhã seguinte, antes de descer para o café arrumo minhas roupas mais leves, um short esportivo, uma camisa simples e é claro, uma cueca boa pois já tinha em mente o futuro além daquela caminhada.
Limpo minha mochila e nela ponho a garrafa de água, depois disso sigo para a cozinha, ali faço minha refeição apressado, queria chegar a casa de Heitor o quanto antes.
Depois de pronto saio de casa apressado, com passos largos sigo pela cidade que lentamente começava a amanhecer em mais um sábado. Acelero o passo quando meu caminho começa a subir até finalmente estar diante do meu último obstáculo, a ladeira que levava até a escola e ou condomínio de Heitor. Tomando fôlego começo a íngreme caminhada.
Alguns minutos depois, já com um leve falta de ar avisto meu ponto de chegada. Sentado sobre o gramado em frente a casa está Heitor com o rosto escorado nos braços que se apoiavam nos joelhos, ao me ver o garoto sorri, se levanta e vem me receber.
-Bom dia.- digo com ele a poucos centímetros de mim, o garoto então acaba com aquela distância me puxando para um beijo caloroso.
-Senti tanta saudade disso.- afirma me abraçando com força, sinto meu rosto corar.
-Eu também, na verdade senti saudades de tudo.- digo sem jeito, ele percebe minha reação.
-De tudo? Até mesmo disso aqui?- diz apalpando seu membro marcado sobre o short, marcado até demais...
-Você está sem cueca?- indago desconfiado e um tanto surpreso.
-Estou.- confirma ele confiante.- Mas estou usando calças, por enquanto.
-Nós precisamos fazer uma trilha cara, meu pai me pediu pra mandar uma foto a cada meia hora pra garantir que estou realmente aonde prometi.
-Sério?- diz ele rindo. - É nisso que dá ser um garoto irresponsável, as pessoas não acreditam em você.
-São as más companhias.- digo retribuindo sua brincadeira.
-É mesmo? Então pode falar pro seu pai que ele não precisa se preocupar, vou cuidar do filho dele como um bebê, inclusive mais tarde vou pôr ele pra mamar.- afirma travesso.
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Meu Demônio (Romance Gay)
RomanceGabriel prometeu a si mesmo nunca se apaixonar, o que as pessoas diriam se descobrissem que o filho do pastor é gay? Apenas a idéia de prejudicar seu pai o fazia estremecer. O tímido rapaz passa seus dias focado, deixando sua vida de lado enquanto...