37- Inconsolável

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O membro de Heitor já havia voltado ao normal porém continuávamos ali, o garoto me servia de cama, sua coxa era meu travesseiro e o calor de sua pele era meu cobertor. Viro minha cabeça de lado para encarar mais uma vez sua virilidade, frente a frente apenas uma dúvida me vinha: Seria eu capaz? Mesmo com todo meu orgulho em ter avançado na questão oral havia algo que não podia negar, dois dedos de Heitor haviam feito muito dentro de mim e com todo o prazer não podia ignorar o desconforto que viera antes dele. No fundo estava me preparando para sentir sua devastação, mesmo que tudo aquilo fosse demais para mim, iria aguentar firme, por Heitor. O garoto parece perceber meus pensamentos distantes.

-O que foi, amor?- indaga preocupado.

-Não é nada, só estou... Pensando nos exercícios que ainda temos que fazer, posso não ter vindo aqui exatamente pra estudar, mas isso não muda o fato de que temos.- digo tentando esconder minha aflição.

-É verdade, precisamos mesmo, senão as suas notas vão cair, aí a sua mãe não vai te deixar vir pra cá, e isso nós não podemos permitir.

-É verdade, ela vai pensar que você é uma má influência.- digo sorrindo.

-Talvez eu seja.- em seguida dá um tapa razoavelmente forte em meu traseiro, seguido de um beijo carinhoso no mesmo lugar.-  Então, vamos tomar um banho e depois fazemos as tarefas.

Dizendo isso ele faz menção para se levantar, entendendo o recado saio de cima de seu corpo.

Sem toalha própria sigo para o banheiro com ele com as mãos sobre minhas intimidades, espiando pelos cantos a procura de sua mãe, a qual não sabia se já havia voltado para casa.

Enquanto espero minha vez de entrar na água vejo meu reflexo no embaçado espelho que havia no lado oposto do banheiro, em meu traseiro havia a marca do tapa dado por Heitor, com perfeitos cinco dedos, isso apenas com suas mãos...

Por detrás de mim vejo o reflexo molhado de Heitor surgindo, o garoto me abraça.

-É sério, não precisa mentir pra mim, o que está acontecendo? Você está pensativo demais.- diz beijando minha cabeça carinhoso, abaixo o olhar envergonhado por ter sido pego em minha desonestidade.

-Me desculpa, é que eu... Eu não sei mais se vou conseguir dar conta de você. Dois dedos não foram demais, mas foram muito. Mas entre eles e seu membro existe um abismo.- confesso, pra quem antes havia afirmado não pedir piedade me sentia completamente incapaz. Heitor me abraça com mais força, me viro e com um dedo sob meu queixo levanta meu olhar até o seu.

-Gabriel, você não tem que se preocupar com isso, nunca vou ultrapassar seus limites e muito menos te machucar sem seu consentimento, isso eu te prometo, não importa quanto tempo demore para te preparar, só vamos avançar para essa parte quando você se sentir confortável com isso.- afirma o homem que me envolvia em seu abraço.

-Obrigado.- digo lhe devolvendo o carinho e o envolvendo em meus braços.

Depois disso terminamos nosso banho e voltamos para o quarto. Da janela para fora podia ver a neblina que começava a cair sobre a cidade abaixo de nós, devorando-a.

-Está com frio?- questiona Heitor seguindo na direção do armário, de lá ele traz dois casacos, um deles, preto ele põe, o restante, vinho ele me entrega antes de mais nada, antes de pôr qualquer outra peça o visto, a peça de lá ficava enorme em mim, quase como um vestido.

-Hum, acho que é do meu número.- digo rindo, sigo na direção da mochila para buscar minha calça.

-Gabriel, eu acho tive uma idéia de como te preparar um pouco mais para mim.- diz ele contente.

-Hum... Qual?- questiono abaixo apanhando meus cadernos e me virando.-Heitor, não!

Ao lado da cama estava o garoto com um travesso sorriso e o membro de borracha dado por Abigail em mãos.

-Por que não?- indaga batendo o brinquedo na mão como um mini cacetete.

-Nós acabamos de transar e temos exercícios para fazer, não podemos fazer isso mais uma vez.- argumento, o garoto me lança um sorriso diabólico.

-E quem disse que eu estou falando em transar?- indaga vindo em minha direção.

-Mas o quê...- questiono porém ele me cala com seu dedo.

-Eu prometi que não iria te machucar, então apenas confie em mim, agora fique de quatro e relaxe.- ordena ele, sem escolha lhe obedeço.

Me ponho em posição e espero, tudo o que tinha a fazer era ouvir os sons ao meu redor além da minha respiração, haviam os passos de Heitor atrás de mim, em seguida o desenroscar de algo, lubrificante, descubro isso ao sentir seu toque gélido.

Heitor volta a por seus dedos em meu interior, protesto porém ele pede silêncio, seus dedos se afastam abrindo minha entrada, penso em discutir mas nesse momento perco o ar. Sinto um filete frio e oleoso escorrer para dentro de mim, uma sensação que jamais sentira antes, minha reação faz o garoto rir.

-O que foi?- indaga, não respondo nada entorpecido pela situação, tremia pela excitação.

Heitor então põe o brinquedo em minha entrada, ele era escorregadio e aparentemente também havia sido lubrificado, sem controle da situação a estrutura escorregada para dentro pedindo para deslizar.

-Por favor.- peço, Heitor se atém e tira o membro dali.

-Quer que eu pare?- indaga preocupado, eu mal respirava.

-Não, apenas ponha, por favor.- digo e ele cafajeste, sorri.

-Como quiser.- diz.

O homem volta a pôr o brinquedo em minha entrada, porém dessa vez não lhe controla para que mantê-lo de fora, lentamente deixa que ele deslize para o meu interior, tirando e ajeitando até que esteja todo em meu interior. A sensação era desconfortável mas ao mesmo tempo excitante, Heitor o solta, me viro e encaro satisfeito, apenas volto a olhar para frente.

-Agora você tira ele, não é?- indago sem ar.

-Nada disso.- diz ele abaixando a barra do meu casaco.- Agora nós vamos estudar, e você vai deixar o nosso brinquedinho bem aonde está.

Com toda minha força de vontade me levanto, a cada movimento que fazia o membro dentro de mim trazia mais e mais sensações. Aquilo era enlouquecedor mas aos poucos se tornava gratificante.

Heitor assistia a tudo maravilhado com a situação, no fundo estava me preparando para suportar o homem a minha frente e sabia que aquilo só acabaria quando os exercícios estivessem prontos, inconsolável me sento na cama, era hora de estudar.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora