30- Incabível

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-Acho que um banho cairia bem agora.- concordo com a afirmação de Heitor.

-Vamos juntos?- convida ele, encaro o garoto tentando analisar suas intenções.

-Ei, por que está me olhando assim? E só um banho.- diz percebendo minha reação.- Se eu gostaria de uma segunda rodada? Com toda certeza. Mas precisamos nos lavar, minha mãe está nos esperando.

-Uma segunda rodada, já? Eu quase não aguentei a primeira. O prazer do sexo de verdade é muito mais do que eu imaginava.

-Então quer dizer que você não gostaria se eu...- diz então dá mais algumas chupadas, protesto e ele solta meu membro que voltava a endurecer por sua provocação.

-Não brinque comigo, eu sou garoto costumado acostumado com a masturbação, preciso me acostumar.

-Eu entendo, seu boquete me levou pro céu, sério mesmo, mas enfim vamos tomar banho, eu preciso que lave as minhas costas.- pede colocando minhas pernas de volta ao chão.

De pé novamente percebo a presença de um terceiro no recinto, era o membro de Heitor duríssimo como no momento em que o tinha em minhas mãos.

-Pelo visto eu não estou pronto pra uma segunda rodada, já você...- digo dando dois tapinhas em seu grandalhão.

-Isso é tudo culpa sua, as carinhas que você faz me matam.

-Eu não sei de que carinhas você está falando.- digo dando de ombros.

-Mas eu sei muito bem, tipo, da primeira que te mostrei meu brinquedo aqui.- diz apontando para o membro.- Você fez uma carinha de pidão, não tem idéia da vontade que tive de te colocar pra mamar ali mesmo. E agora recebendo o boquete...

Heitor pára por alguns instantes, parecia estar juntando forças para algo, ele desce a mão pelo rosto tenso.

-O que foi?- indago começando a ficar preocupado.

- Se visse o seu rosto, você estava pedindo por piedade. Meu Deus, minha vontade era...- ele respira fundo.

-Qual era?- indago curioso.

-Eu queria te colocar de quatro e acabar com a sua raça.- diz ele severo, percebo o tamanho de seu desejo naquele momento, aquele boquete que havia feito antes não causara mais do que um arranhão no iceberg que era seu tesão.

-Pode me comer se quiser.- digo permissivo, Heitor ri.

-Você não está preparado pra isso, por favor, mal consegue colocar metade do meu membro na boca, vai conseguir levar no... Te falta muito pra isso.- argumenta cético.

-Eu... Eu...- começo.

-Vamos tomar logo um banho ou daqui a pouco minha mãe aparece na porta.- pede ele seguindo para o chuveiro,  entrando debaixo da água e deixando-a escorrer por seu corpo.

Heitor parecia chateado, não comigo, mas consigo mesmo, sigo até ele cauteloso para não invadir seu espaço, dou um beijo em suas costas e lhe abraço por trás. Em seguida o garoto se vira e depois de alguns segundos sorri com ternura e me abraça de volta. A única coisa entre nós era seu membro que se escorava em minha barriga.

-Não sei quanto tempo vai demorar, mas eu prometo dar conta de você por completo.- digo, Heitor suspira.

-Tudo bem, acredito em você, só não quero que se machuque passando dos seus limites.

-Eu não vou.- prometo.

-Então está certo.- diz passando o dedo por debaixo do meu queixo e levantando-o para um beijo.- Mas agora é sério, precisamos tomar esse bendito banho.

Nós próximos minutos lavamos o suor e o sexo impregnado em nossos corpos, já mais animado como minha promessa Heitor aproveitava para passar a mão por meu corpo e dar alguns tapinhas.

Quando terminamos o garoto põe a toalha sobre seu membro se exibindo.

-Vamos acampar?- indago sorrindo.

-Quem sabe um dia.- diz balançando a barraca, então a desfaz e volta a se secar.

Depois disso voltamos ao seu quarto e nos vestimos, antes de descermos ele me dá um último beijo.

-Mais uma coisa Gabriel,- diz ele sério- Se a minha mãe disser algo ruim sobre mim, saiba que essa exata parte é mentira.

Lhe observo, o por que sua mãe faria aquilo com ele? Mas aos poucos sua seriedade se vai e o garoto abre um sorriso.

-Bobo.- digo dando um empurrão em seu ombro.- Vamos lá.

Juntamos descemos até o primeiro andar, ali encontramos a mãe de Heitor no sofá da sala.

-Ah, finalmente, achei que nunca mais iriam descer.

-Desculpa mãe, tínhamos muita coisa pra resolver, digamos assim.- sua fala me faz corar.

-Eu percebi, falando nisso Gabriel, tem um pouco de gozo aqui.- diz apontando para o canto da boca, passo minha mão apressado e constrangido aonde ela havia dito.

-Haha, é brincadeira querido.

-Mãe, que maldade.- diz Heitor lhe advertindo.- Mas enfim, vamos almoçar.

-Como assim almoçar? Vocês demoraram demais, dei tudo pros cachorros.- diz ela irônica, Heitor a encara como se perguntasse qual era a graça.- Está bem, parei. Está no fogão, é só você ir lá e esquentar, enquanto isso eu vou aproveitar e conhecer um pouco o meu genro aqui.

O garoto semicerra os olhos desconfiado mas acaba aceitando.

-Vai lá, eu já volto.- diz me beijando na testa e seguindo para a cozinha, sua mãe sorri e bate no assento em frente ao dela para que eu me aproxime, faço o que ela me pede.

-A senhora...- começo mas assim que Heitor sai do cômodo o rosto simpático da mulher muda, tornando-se apático.

-Eu só vou perguntar uma vez. Quem é você e o que quer com o meu filho?

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora