Os minutos vão se passando e ali deitado começo a sentir meus olhos pesados, por maior que fosse a quantidade de pensamentos que habitavam minha mente eu sabia que não iria adiantar ficar ali remoendo. Entre um bocejo e outro me deixo levar pelo sono que tomava conta de mim.
***
O sol da manhã começa a bater em meu rosto, ainda sonolento rolo na cama e me espreguiço, abro os olhos lentamente me acostumando com a claridade dos raios de luz que passavam pelas frestas das folhas da árvore acima de mim.
Espere aí? Árvore? Levanto sobressaltado, penso estar em um jardim mas depois de um pouco mais de atenção percebo estar na praça da minha cidade, alguns metros estava a igreja do meu pai, olho a minha volta, não há ninguém nas ruas.
Minha mente está confusa, como minha cama havia parado ali? Aonde estavam as pessoas já deveriam estar acordadas a essa hora? Deslizo para o lado da cama me preparando pra me levantar e descubro estar pelado, por que estava pelado?
Mas pensando bem essa não era a questão principal, o importante agora era sair dali, estava sozinho mas não sabia por quanto tempo. Levanto me enrolando no cobertor, encarando o lugar a minha volta buscando por qualquer indício de vida. Finalmente chego a conclusão de que estou sozinho e me viro na direção de casa, mas quando faço isso sou surpreendido de tal forma que quase deixo o cobertor cair.
Diante de mim está Heitor, sem camisa e com os braços cruzados sobre seu peitoral. Estava tão perto que podia sentir sua respiração, ele parado ali era como um muro, lhe encaro, ele abre um sorriso no canto da boca, envergonhado desvio fitando seus pés descalços.
-O que... O que está fazendo aqui?- pergunto nervoso.
-O que você quer que esteja fazendo?- questiona de volta, sua voz grave me faz estremecer.
-Eu não sei.- respondo tímido, um onda de calor toma conta de mim, fazendo meu rosto corar, enquanto isso nas partes baixas sinto um volume aumentar.
Heitor põe sua mão sobre as minhas que seguravam o cobertor e em um movimento sutil começa a desvencilhar o tecido dos meus dedos.
-Pare, por favor- peço em tom de súplica, tinha medo de que ele me visse duro.
-Você me disse, não sabia o que queria que eu fizesse. - diz sussurrando, uma de suas mãos desliza até meu queixo e me levanta o rosto até nossos olhares se encontrarem.- Mas eu sei o que eu quero.
Logo em seguida ele volta a sua tentativa de arrancar o cobertor, porém dessa vez não tenho forças para impedí-lo.
Em um suave movimento todo ele cai me deixando nu, Heitor me encara com um olhar de satisfação. Então põe a mão em meu peito e com um empurrão me joga de volta na cama.
Tento me levantar mas ele põe uma de suas pernas ajoelhada sobre meu peito.
-Nada disso.- diz ele sorrindo enquanto balança o dedo em negação.- Agora vamos nos divertir um pouco.
Heitor leva suas mãos até a cintura e começa a abrir a fivela de seu cinto e o puxa de forma feroz. Engulo seco, meu coração batia acelerado enquanto a respiração saía irregular. Ele sai de cima de mim e desta vez não tento me levantar. Ali o vejo desabotoar sua calça e lentamente baixar o zíper enquanto me encara provocante. A peça de roupa cai deixando-o apenas com uma cueca boxer preta. Nela um grande volume se destacava. Ele põe o dedo indicador por dentro do tecido e sorri.
-Você quer ver?- questiona, permaneço imóvel por alguns instantes, hipnotizado por seu olhar e sua voz, mas logo confirmo com um aceno de cabeça.
-Então venha aqui e... Acorde!
Encaro Heitor confuso.
-Acorde.- repete ele, porém agora com uma voz feminina.
***
Sinto meu corpo sendo levemente balançando.
-Acorde filho, ou vai acabar se atrasando pra escola.- insiste minha mãe.
-Estou acordado.-digo finalmente.- Já estou indo.
-Não demore muito.- pede ela e então sai do quarto.
Me viro e suspiro enquanto encaro o teto, não conseguia acreditar que tudo aquilo não passara de um sonho. Decepcionado e com o membro duro me levanto, tinha um longo dia pela frente.
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Meu Demônio (Romance Gay)
RomanceGabriel prometeu a si mesmo nunca se apaixonar, o que as pessoas diriam se descobrissem que o filho do pastor é gay? Apenas a idéia de prejudicar seu pai o fazia estremecer. O tímido rapaz passa seus dias focado, deixando sua vida de lado enquanto...