72- Coisas Do Sexo De Verdade -Parte I

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Os passos apressados que dávamos pela cidade se transformam em uma corrida assim que passamos do portal de entrada do condomínio de Heitor.

Era possível ver ansiedade no rosto do garoto por detrás de seu sorriso, nas profundezas de seus olhos, não precisava de um espelho para saber que estava igual a ele pois era algo que sentia.

Depois de alguns metros páramos para retomar o fôlego, Heitor segura minha mão me lembrando de que estávamos a sós e não tinha motivos para me preocupar, aquilo me tira o medo e avanço para lhe beijar.

O homem solta minha mão para agarrar meu corpo em seus braços enquanto nossos lábios se tocam, porém em um instante de excitação seus deslizam para dentro de minha calça e receoso me afasto.

-Não, espere. Fazer isso aqui é errado, vamos para o seu quarto.- argumento e ele assente. Sendo gay ou hétero estávamos extrapolando o limites do pudor em um lugar público e era errado.

Assim voltamos a subir a ladeira que levava a casa de Heitor. Assim que chegamos ele abre a porta sem cerimônia e adentra seguindo até o sofá, de início não percebo seus motivos porém logo descubro um bilhete em sua mão, um sorriso se forma no rosto do garoto ao lê-lo.

-Minha mãe saiu pra resolveu algumas coisas, estamos com a casa só para nós.- Heitor lança um olhar safado.- Sabe o que isso significa?

-Hum, ninguém vai nos ouvir.- digo tímido, porém algo me dizia que os planos do garoto eram maiores, ele balança a cabeça em negação se aproxima e depois de me beijar se aproxima do meu ouvido.

-Por que não transamos aqui no sofá da sala?- o homem sussurra seu convite indiscreto, a idéia me arrepia deixando minha respiração descompassada. Entendia a vontade de Heitor, a adrenalina do momento era uma droga perigosa, enquanto penso sua mão volta a deslizar calça adentro apalpando meu traseiro, o que torna ainda mais difícil ouvir a razão. Mesmo com tudo isso algo me impedia, mais do que o medo de ser pego por Cassandra sabia que me sentiria culpado traindo sua confiança.

-Acho melhor não, não seria justo com a sua mãe.- digo, Heitor baixa a cabeça com uma carinha de cachorro pidão. -Se quiser transar no sofá posso pedir a permissão dela e combinamos um dia em que...

Heitor me interrompe gargalhando, por alguns instantes fico sem entender o porquê.

-E você tem coragem de fazer um pedido desses pra minha mamãe?- indaga cético, por alguns instantes reflita sobre a idéia, certamente fazer talvez promessa seria era mais fácil do que cumprí-la.- Nem eu conseguiria e aposto uma gozada na minha cara que você também não.

Irritado e desafiado estreito os olhos e ponho meu dedo indicador na ponta do seu nariz.

-Acho melhor se preparar pra levar uma então.- digo lhe encarando, ele sorri.

-Vejam só, meu namorado está bravinho, sabe o que faço com pessoas assim?- indaga, balanço a cabeça em negação e antes que possa dar por mim o homem me levanta jogando meu corpo em seu ombro.

-Ei, me solta.- peço rindo às suas costas porém sou ignorado, Heitor começa a me carregar até as escadas e dali para cima. Ambos ríamos alto ainda que me sentisse um saco de batatas, porém em um ponto da subida paro de protestar para aproveitar a carona, de onde estava podia assistir o forte corpo do meu namorado em ação.

Próximo ao quarto e sem qualquer aviso recebo um tapa no meu traseiro, o que me faz deixar escapar um protesto mudo, ele ri e me deixa cair sobre sua cama.

-Muito engraçado isso, - digo me levantando.- tratando seu namorando como se fosse um tronco de madeira, quero ver o que vai fazer quando fizer o mesmo com você.

Meu Demônio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora