Talvez a companhia de Heitor estivesse se tornando um vício para mim ou seu amor fosse algum tipo de droga, suposições a parte a verdade era que o tempo que passava sem ele era absurdamente mais longo do que o normal.
Depois do almoço volto para o meu quarto e passo as próximas horas fazendo os exercícios que deveria ter feito com Heitor quando na verdade estava transando, de qualquer forma podia garantir, não me arrependia de nada, bem, talvez apenas do lugar.
Era frustrante tentar esquecer algo quando aquela lembrança insistia em retornar, parecia estar andando em círculos com relação a atitude de Abigail, cansado daquilo decido dormir, sabia que amanhã encontraria a garota na escola mas provavelmente seria melhor assim, tratar do assunto pessoalmente
O som do telefone me rouba do sono profundo, não sabia quem estava ligando, mas tinha certeza de que aquela não era uma boa hora, devia passar da meia-noite, apalpo o colchão até o criado mudo buscando meu celular até finalmente encontrá-lo, depois de alguns segundos acostumando meus olhos a luz da tela vejo o nome de Heitor, o que levaria o garoto a fazer tal ligação num horário tão ingrato, em um misto de mau humor, sonolência e preocupação atendo.
-Vamos, atende por favor...- clama o garoto tenso e ofegante do outro lado da linha, meu coração começa a bater acelerado.
-Heitor, o que...- começo apressado mas sou cortado pelo garoto.
-Gabriel, me ajuda.- pede mudando de postura logo em seguida.- Não, não venha pra cá, é muito perigoso.
-O que está acontecendo?- indago exasperado, no outro lado da linha ao fundo ouço estrondos altos, coisas pareciam estar sendo quebradas.
-Eles descobriram, descobriram sobre mim.- diz, em sua voz percebo o choro que começava a surgir, meu coração pára, como aquilo havia acontecido? E não só isso...
-Eles quem?- indago porém a resposta não vêm, apenas silêncio, uma sensação de desespero me esmaga por dentro.- Alô? Alô?!
-Filho?- chama uma voz masculina do outro lado da linha, meu sangue gela.- Gabriel!
A voz chama mais uma vez, sinto alguém agarrar meu ombro e me balançar com força, abro os olhos aturdido descobrindo estar em meu quarto, diante de mim está meu pai tentando me acordar.
Percebendo a situação tento me recompor, o que é quase impossível diante do que acabara de vivenciar em sonho.
-A sua mãe me pediu pra te chamar para o jantar, tentei gritar lá de baixo mas você não escutava.- afirma ele, apenas assinto com a cabeça enquanto esfrego os olhos tentando afastar aquelas lembranças tão perturbadoras de segundos atrás.- Estava se mexendo enquanto dormia, sonhando?
Assinto relutante, eu sabia o opinião do meu pai sobre pesadelos, para ele tudo não passava de falta de Deus.
-Hum.- resmunga o homem.- Vai querer jantar?
-Acho que não.- digo meio sem jeito.- Estou bem cansado e já escovei os dentes, estou na cama...
Depois de alguns instantes o silêncio no quarto se torna desconfortável ao ponto de meu pai simplesmente se virar e sair.
Sabia que tudo não passara de um pesadelo, porém minha mente faz questão de checar meu celular, na conversa de Heitor encontro sua mensagem antiga e não respondida e junto dela as novas.
"Eu sei que combinamos aquilo dos tapas e tal, mas se tiver algo que você queira fazer podemos tentar também"
"Está tudo bem? Se quiser conversar sobre o que aconteceu hoje de manhã estou aqui"
"Percebi que não está a fim de conversar, tudo bem, nos vemos amanhã, boa noite, te amo" sua última mensagem me faz sorrir, espantando os temores de que aquele sonho pudesse ser real.O garoto não estava mais online, sabia que provavelmente não leria aquela mensagem ainda essa noite, mas isso não importava, me sentia na obrigação de deixar aquela mensagem mesmo que fosse para quando Heitor acordasse no dia seguinte.
"Boa noite, te amo!" Lhe envio, depois disso com um sorriso no rosto volto a dormir.
O restante da minha noite é tranquilo, sem pesadelos, apenas sono. Acordo na manhã seguinte um tanto desquadrado, passo os minutos seguintes ali na cama, me espreguiçando, ao me levantar sinto um leve desconforto em meu traseiro, aparentemente a poção de Cassandra fizera falta no dia anterior.
Percebendo isso dou graças sabendo que receberia duas rodadas de sexo naquele dia, mas para o alívio da minha integridade física seriam ambas na casa de Cassandra.
Não fosse esse o caso conhecia o tamanho e a virilidade de Heitor, sabia que ele poderia acabar comigo se quisesse, coisa que talvez esse fizesse naquele dia... Eu mal podia esperar.
*****
Oi, como vocês estão? Sei que o capítulo de hoje saiu meio curto e tarde, sinto muito mas essa semana e especialmente hoje estou bem sobrecarregado no trabalho, mas fiz um esforço pra atualizar a história e tal, espero que tenham gostado, além disso não sei se vão perceber mas pela primeira vez consegui juntar coragem pra pôr uma foto minha no perfil do Wattpad, sou bem retraído e sei que se alguém me reconhecer vou morrer mas achei que seria bom pra não parecer tão um completo desconhecido pra vocês, beijos e até a próxima!
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Meu Demônio (Romance Gay)
RomanceGabriel prometeu a si mesmo nunca se apaixonar, o que as pessoas diriam se descobrissem que o filho do pastor é gay? Apenas a idéia de prejudicar seu pai o fazia estremecer. O tímido rapaz passa seus dias focado, deixando sua vida de lado enquanto...