Capítulo 8

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1066 palavras

Jack continuou olhando sério, bem dentro dos olhos de Bill e aguardava sua resposta.

Bill por sua vez, após passado o espanto da pergunta de Jack, começou a pensar em tudo na lei como seria a resposta para a questão.

— Jack, eu posso até estar enganado, mas após um casamento ela seria responsabilidade do marido, ao assumir o nome do marido ela escolhe o homem como sua família. No caso ela não poderia aceitar ajuda financeira do pai, somente se ele quiser dar a ela, mas Elizabeth desde que veio para cá nunca recebeu nada da família dela, isso eu já fui informado, quando ela me nomeou como seu guardião, o me deixou muito honrado. Está aí Jack as duas soluções...

— Eu sei Bill, eu vou me casar com a mulher que eu amo e vou protegê-la. É isso que mais quero na vida.

— Certo Jack. E o melhor, eu como guardião dela posso assinar também, tenho o mesmo direito do pai dela, para dizer a verdade eu tenho mais direito na lei que o pai dela, e acho que Willian Thatcher não se lembra que para a proteção dela aqui eu me tornei seu guardião.

— Mas quem faria o casamento, porque você como guardião não poderia, correto?

— Entrando na sala, chegava Abigail de mãos dadas com Elizabeth. Jack sempre a achou bonita, mas agora que via aquele sorriso grande e aqueles lindos olhos azuis, ele não poderia deixar de amar mais aquela mulher. Sua noiva e logo seria sua esposa. Seu coração parecia uma bateria, chegava até a faltar o ar, ele não conseguia segurar mais seus pés, quando viu um sorridente Jack já estava chegando ao lado de Elizabeth e já a abraçando fortemente. Jack não importava com Bill e Abigail ali na sala, vendo essa troca de carinho entre eles, porque aqueles dois queriam sua felicidade. Elizabeth ficou nas pontas dos pés e deu um leve beijo na bochecha de Jack, seu olhar era de um amor tão puro, que só reforçou o amor de Jack por ela. Como um homem poderia amar uma mulher com tanta intensidade como ele fazia. Ele sempre quis ter alguém especial, mas ele nunca imaginou achar o amor verdadeiro.

— Elizabeth, você quer se casar comigo?

— Jack... é o que mais quero nesta vida. Mas eu não posso deixar você fazer isso, só para me salvar. E olhando para baixo, uma pequena lagrima escapou dos olhos de Elizabeth.

Jack segurou seu rosto com as duas mãos, beijou seu rosto, refazendo o caminho daquele lagrima solitária, ela era sua amada, sua noiva e futura esposa, não é possível que ela não notou o amor que tenho por ela.

— Elizabeth, minha noiva, minha futura esposa, você foi a única e será a última mulher que vou amar nesta vida. Eu estou me casando com você, porque eu não posso te perder, eu não sei viver sem você, eu te amo mais que tudo nesta vida. Mesmo que esse telegrama não houvesse chegado, eu queria um noivado curtíssimo porque... E falou num sussurro em seus ouvidos para que somente ela o ouvisse:

— Eu não suporto mais ficar longe de você. Quero você dormindo em meus braços todas as noites, quero sentir seus lábios todas as manhas ao acordar... Você me entendeu?

Elizabeth que só agora percebia que estava segurando o ar, foi respirando bem devagar e levantando os olhos, olhou bem dentro dos olhos de Jack onde se perdeu naquele olhar de amor por alguns minutos e mesmo com o rosto todo corado de vermelho ela balançou a cabeça afirmando, mordeu o lábio inferior, fazendo Jack suspirar de paixão e falou olhando para eles sem piscar:

— Meu maior desejo é dormir em seus braços, meu amor, meu Jack.

Palavras ali não eram mais necessárias, era como se só existissem eles dois naquela sala, eles se esqueceram completamente de seus amigos e de seus problemas e caíram um nos braços do outro, num abraço que fazia os dois serem transportados para outro mundo.

Abigail e Bill se entreolharam e sorriram, sabiam que os dois jovens estavam apaixonados, mas agora eles testemunharam foi um amor intenso, um amor verdadeiro, onde eles se falavam com os olhares sem nenhuma palavra, era uma conversa entre eles, em um mundo só deles. Abigail falou baixinho:

— Temos um casamento para arrumar e rápido...E os dois sorriram.

Enquanto isso dentro do hotel em Hope Valle, naquele exato momento, fazendo suas malas e sorrindo vitorioso estava Charles Kensigton III, ele já fazia seus planos para sua lua de mel, após isso Elizabeth seria sua e nunca mais pensaria em outro homem, afinal ela iria conhecer em seus braços o que era um homem de verdade. Já até imaginava nas joias que iria lhe comprar, mesmo ela negando, quando olhasse as joias até ela, ficaria impressionada com a riqueza das peças, não existia mulher no mundo que não caia aos seus pés com essas joias de presente. Ele já até imaginava em sua lua de mel, ela em sua cama, sem roupa e somente as joias lhe ornamentando, duas belezas juntas em sua cama.

Charles era apaixonado por Elizabeth toda a sua vida e também era fascinado e alucinado por joias.

Charles também recebeu um telegrama de Willian Thatcher, então ele deveria sair agora rumo a cidade de Brukman, cidade essa que ficava a quatro horas de distância de Hope Valle, ele ainda não poderia levar a Elizabeth, ele iria até lá providenciar as duas passagens de trem num vagão particular, já que dia ela seria sua esposa daqui a uns dias, precisava começar a dividir o mesmo quarto com ele, tudo bem que no vagão havia dois quartos, mas ficando juntos por dias, podiam formar um vínculo além do que, não teria mais volta, pois sua reputação poderia correr risco, então nem ela e nem sua família poderiam voltar. Também havia outra coisa, ela sozinha com ele num vagão, daria a ele a chance de usar suas habilidades masculinas e quem sabe assim mostrar para ela que poderia ser um bom namorado e marido, talvez tentando ela um pouquinho com seu charme e seus beijos, eles poderiam iniciar a lua de mel mais cedo ali mesmo naquele vagão.

Tinha de resolver tudo rápido nesta cidade, assim voltar e eles desceriam na próxima diligência, no máximo cinco dias e ele estaria de volta. E já deixando o quarto pago, ele saiu todo sorridente rumo a sua viagem.

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora