Capítulo 35

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918 PALAVRAS

Jack seguiu essa manhã, sabendo que teria de tirar algum tempo para conversar com Bill. Sentia, desde que chegou de sua de mel, que ele estava escondendo alguma coisa, mas precisava de um conselho sobre Elizabeth. Bill era um homem experiente, talvez sua visão, poderia lhe abrir um caminho.

— Bom dia, Bill!

— Bom dia, Jack! Vejo que você parece muito feliz essa manhã?

— E como, eu não poderia estar Bill. Estou casado, com a mulher mais bonita do mundo, a mulher que eu amo. E isso, foi a melhor coisa que poderia me acontecer nessa vida.

— Porque chegou tão cedo; já que você agora tem uma linda esposa, para te aquecer em casa?

Bill riu da postura de Jack, Ele quando ficava nervoso, passava as mãos na nuca. Nesse tempo junto ali em Hope Valle, Bill começou a aprender a ler o Jack. Ele estava vermelho, como um pimentão, como a maioria dos homens recém-casados... Bill lembrava dessa época, ele também passou por isso. Naquela época, ele achou que seu casamento com sua amiga de infância, nora, realmente daria certo, que ele conseguiria esquecer seu amor por Charlote, a viúva de seu parceiro. Mas seu lado de investigador, dizia que Jack tinha algo mais... havia um motivo oculto para aquele nervosismo todo.

— Fala logo Jack! O que está acontecendo?

Jack olhou estampado par Bill, seus olhos a perguntar como ele sabia...

— Eu te conheço Jack Thorton, desde as fraldas, acha que eu não reconheceria, quando você quer me dizer algo?

E assim, Jack foi contando tudo a Bill, cada palavra de Elizabeth, sobre seu medo de Charles, e principalmente sobre seu pai...

Bill tinha os olhos arregalados...

— Jack... não é possível, que esse homem, esteja olhando para Elizabeth, com esse tipo de olhar que eu estou imaginando? Eu não posso nem pensar, que um pai faria uma coisa dessa.

— Bill, eu também pensei o mesmo. Ela é muito ingênua. Você tinha de ver, quando ela me contou, ela não queria que eu pensasse mal dele, ou melhor, de nenhum dos dois homens, ela até falou...É como se ela se sentisse culpada, como se ela tivesse provocado algo ...

— Bill, ela me falou que não sabia o porquê, mas que sentia arrepios, quando os dois a olhavam e que eles riam baixinho, aquilo lhe provoca pavor, e ela tem medo deles, Bill. Você já viu uma filhar, ter medo do seu próprio pai?

— Jack, eu não estou gostando dessa história. Eu não conheço a família dela. Mas já não estava gostando desse Willian Thatcher, agora com essa história, é que piorou. Ela é como uma filha para mim, e não vou permitir, que ela seja tocada por nenhum desses monstros.

— Bill, eu preciso de ajuda. Você é como um pai para mim, sempre foi nosso amigo... E sei que você ama Elizabeth, como uma filha. Eu não posso e não vou permitir, que eles cheguem perto dela. Ela é minha esposa, minha vida.

— Eu sei, filho. Nós não vamos permitir.

Jack aproveitou e contou a Bill, sobre a briga familiar dela, ele queria contato com esse tio Wynn e seu primo Frankison, ele sabia que aquela família era muito importante para Elizabeth. Além disso, talvez eles pudessem ajudar, com algumas informações sobre o pai dela. Tanto Jack, quanto Bill, agora percebiam que eles teriam uma grande batalha contra essa família Thatcher e precisavam de todos para ajudar.

Bill, enviou um telegrama naquele mesmo dia para seu amigo, comandante Collins, que ficava em uma base dos mountie em Hamilton, ele era grande amigo de Tomas, pois eles trabalharam em muitas missões juntos, quando eram jovens. Eles tentariam contato com Wynn Delane e Frankison, além de descobrir o máximo sobre Charles e Willian, talvez esses dois tivessem algo a esconder, e Bill sabia que Collins, tinha seus informantes e com eles poderia ter informações valiosas. Ele precisava salvar Elizabeth, de qualquer um que quisesse lhe fazer mal, ela era sua filha agora, e um verdadeiro pai nunca permitiria a seus filhos, correrem perigo...

Naquela mesma noite, Bill chamou Charlote para sentar na varanda, e ali contou tudo que estava acontecendo. Charlote, estava indignada;

"como um pai, poderia fazer aquilo? Como ele ousava olhar sua filha dessa forma?".

Bill e Jack, não tinham nenhuma prova ainda, quanto ao mau comportamento de Willian Thatcher, mas os relatos de medo de Elizabeth eram suficientes para eles;

— Bill... se ele encostar um dedo, ou olhar de forma errada para minha filha, eu mesmo vou matá-lo. Charlote falou brava, já levantando e andando de um lado para o outro.

Bill sorriu, sabia que Elizabeth, estava conquistando Charlote pouco a pouco, em nenhum momento ele deixou que Charlote desconfiasse que ele sabia de suas escapadas para escola. Mas agora notava que aquela professora, já havia alcançado o coração de Charlote.

— Filha!

— Desde quando ela se tornou sua filha? Questionou Bill.

— Bill... Eu sei que você me seguiu e me viu... eu digo, eu sei que viu que eu estava com ela, na escola. Me desculpe, mas eu precisava conhecê-la sem a interferência sua ou de Jack. Eu precisava ver a verdadeira Elizabeth e vi... E gostei... E me apaixonei pela professora e me perdi de amores por aquela mulher. Ela é especial. Ela ama seus alunos, a ponto de lutar de todas as formas por eles, e ela me contou sobre Jack. Bill... você tinha de ter visto, o orgulho em suas palavras e o amor em seus olhos.

— Eu conheço Charlote... Eu te avisei que você, que iria cair de amor por ela.

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora