Capítulo 102

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728 PALAVRAS

A chegada de Willian Thatcher à cidade de Hope Valle envolveu-se em um manto de silêncio, como se uma sombra se movesse pelos cantos da noite. Seu automóvel deslizou pelas ruas vazias, apenas a luz tênue dos postes a guiá-lo. O ar carregava uma tensão sobrenatural, como se o mal estivesse à espreita, prestes a se revelar.

Ao alcançar a pequena cidade, Willian sentiu um arrepio sutil percorrendo sua espinha. O silêncio era desconcertante, interrompido apenas pela distância d de uma coruja. A lua cheia lançava uma luz pálida sobre os prédios antigos e as ruas de paralelepípedos, criando sombras que dançavam ao ritmo de seus passos.

Seus olhos se fixaram na escola local, um edifício imponente com uma arquitetura simples em seus detalhes entalhados em madeira, que se erguia contra o céu noturno.

As janelas da escola lançavam uma luz fraca, revelando corredores vazios e salas de aulas silenciosas. Willian adentrou o edifício com passos furtivos, como se estivesse sendo guiado por forças sobrenatural.

Enquanto explorava os corredores, uma porta rangeu misteriosamente a distância. Willian parou, o coração batendo forte no peito. O som reverberou pelas paredes escuras como uma sugestão ameaçadora, enchendo o ambiente com uma aura de suspense.

No crepúsculo silencioso da noite, enquanto a escuridão envolvia Hope Valle, os pensamentos de Willian Thatcher dançavam com uma malícia sombria. Ele planejou, com um prazer sádico, como um mestre das sombras, o que aconteceria quando a aurora rompesse o horizonte.

"Assim que os primeiros raios de sol tocarem esta cidade adorável..." pensou Willian consigo mesmo... "Elizabeth estará nas minhas mãos. Cada centavo do que gastei com ela será cobrado, não em moedas, mas em momentos de prazeres, em uma dança entre o poder e a submissão. "

A mente de Willian traçou um jogo cruel, onde o sol surgiria como o julgado de um pacto sombrio. Ele antecipava a chegada do dia como quem aguardava o final de um enigma, sabendo que o destino de Elizabeth seria selado sobre a luz da manhã.

"Os luxos, os caprichos, tudo o que forneci a ela será devolvido, multiplicado e cobrado com juros. Elizabeth terá a oportunidade de me reembolsar em suspiros, em gemidos e cada toque será um pagamento pelos anos de indulgência", refletiu Willian, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

A escuridão cedeu espaço aos primeiros fingidos de pontos de luz, e Willian sentiu a eletricidade no ar, como se os próprios raios de sol fossem testemunhas de sua vingança planejada. Ele se preparou para o próximo ato em seu jogo sinistro, onde o palco seria a luz do dia e os protagonistas seriam ele e Elizabeth, envolvidos em uma dança macabra.

Ao vislumbrar os primeiros raios de sol, Willian sentiu a tensão aumentar, alimentando sua antecipação. Imaginava Elizabeth, despertando inconsciente para o que estava por vir, enquanto as sombras da noite cediam espaço para uma claridade inquietante.

Nos recônditos sombrios da sua mente, Willian Thatcher traçou um enredo perverso, onde cada detalhe era uma nota na sinfonia do seu desejo insaciável. A luz do dia se infiltrava pelas frestas da pérsia, mas o cenário que se desejava era muito além da visão de qualquer sol nascente.

Ele se via como o maestro de uma orquestra sinistra, regendo os movimentos de uma peça cuja melodia era composta pelos gemidos submetidos de Elizabeth... Cada canto daquele local iria se tornar um palco, e a uma cama, um altar onde ele pretendia cobrar com juros os anos de indulgência que havia dedicado aquela mulher.

— Elizabeth, eu finalmente cheguei... disse a figura, cuja voz ecoou como um sussurro de pesadelo.

O terror se instalou na mente de Willian, enquanto a figura avançava em sua direção, desaparecendo na escuridão, ele iria ter tudo o que mais desejava e não se importava de usar sua força. A atmosfera ao redor estava impregnada de mistério e ameaça, deixando Willian perdido em um labirinto de desejo e suspense naquela noite sombra de Hope Valle.

A risada sinistra da figura se dissipou na escuridão, deixando para trás um silêncio gélido que parecia sussurrar segredos macabros. Willian permaneceu imóvel, envolto pelo vazio que se estendia naquela sala deserta da escola, e ali ele iria aguardar Elizabeth e logo teria seu grande prêmio nas mãos.

Um arrepio percorreu sua espinha quando de repente, sentiu uma sensação de presença do corpo nu de Elizabeth o envolvendo, ele iria realizar seu maior sonho como aquela menina e aquele corpo.

"Seu destino está selado, Elizabeth!

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora