Capítulo 121

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1240 palavras

As grades cerraram-se atrás de Elizabeth, ecoando o som metálico que selava sua prisão injusta. O inspetor da escola, empunhando um documento sombrio, selou seu destino sem piedade. Uma ordem superior destituía Jack Thorton, o mountie responsável pela delegacia, enquanto um sorriso cruel adornava o rosto de Luan, o novo e impiedoso guardião das celas.

No confinamento frio e sombrio, Elizabeth encarou a incerteza. O documento cruel pendia sobre ela como uma sombra, negando-lhe direitos básicos até o julgamento. Jack, afastado pela ordem superior, deixava um vazio na delegacia, preenchido pelo sinistro Luan, cujo semblante fechado escondia intenções obscuras.

Aquela delegacia, onde ela e Jack tiveram vários momentos gostosos e inesquecíveis, agora era para ela um local sombrio, Jack, afastado pela ordem superior, deixava um vazio naquela delegacia, e infelizmente fora preenchido pelo soldado Luan, um Pinkertons enviado para assumir seu caso, e aquele soldado Luan tinha um semblante fechado, e seus olhos não escondiam suas intenções obscuras.

A cela, agora seu cárcere, era testemunha silenciosa da injustiça que se desenrolava. O inspetor da escola e o soldado Luan, como bons comparsas dessa tragédia, despejavam palavras debochadas e desonrosas sobre Elizabeth. Cada palavra era uma faca afiada, cortando a alma dela, enquanto tentavam apagar sua dignidade.

O tempo arrastava-se lentamente naquela cela fria, e Elizabeth sentia a urgência de provar sua inocência, antes que algo estourasse como uma bomba... O crime que a acusavam, era um fio tênue de mentiras, mas as palavras debochadas daqueles que deveriam buscar a verdade ecoavam como um coro sinistro.

Ela jurou resistir, manter-se firme diante da tempestade de difamação.

Enquanto as sombras da injustiça se intensificavam, Elizabeth buscava nos recantos de sua mente uma estratégia para desvendar a teia de enganos que a envolvia. Enquanto as palavras cruéis reverberavam nas paredes geladas da cela, ela mantinha a esperança viva, sabendo que a verdade iria romper as correntes que a aprisionavam.

Charlotte, tia Elizabeth e Abigail marcharam determinadas em direção à delegacia, levando consigo a magra esperança de aliviar o sofrimento de Elizabeth.

Os passos ressoavam como um eco de resistência nos corredores sombrios da injustiça. Ao chegarem, depararam-se com Luan, mas homem fechou sua carranca e olhou de uma forma que Abigail, notou que ele tinha seu coração endurecido.

Mas Abigail, era uma prefeita corajosa, decidiu encarar o soldado Luan, apresentando-se com a firmeza de quem carrega o peso de liderança.

O sorriso cruel do soldado Luan surgiu como uma fera à espreita, pronto para atacar. Ele questionou, com deboche evidente, se Abigail não sentia vergonha de ter uma professora "imoral" como Elizabeth em sua cidade.

— Prazer senhora Prefeita! A senhora não sente vergonha de ter uma professora imoral como Elizabeth Thorton, trabalhando em sua cidade?

— Eu contratei junto com as mães. Eu sei de sua capacidade e sei da sua moral. Além disso, eu não preciso lhe dar satisfação.

O deboche do soldado Luan reverberou nas palavras, injetando veneno na atmosfera já pesada.

Abigail, apesar da firmeza, sentiu uma fisgada de raiva e impotência diante da insolência do policial. Tia Elizabeth e Charlotte, testemunhas do embate, elas haviam prometido a seus maridos que nada fariam e evitariam falar para não prejudicar Beth, mas elas trocaram olhares carregados de preocupação, enquanto o coração delas se apertava diante da cruel realidade que Elizabeth enfrentava.

Ao pedirem para entregar comida a Elizabeth, o soldado Luan zombou da ideia, proclamando que ela era uma presa comum, merecedora apenas do básico, com palavras cruéis ele deixou claro que ali não era um hotel de luxo.

A crueldade nas palavras do policial cortava mais fundo que uma lâmina afiada. O semblante de Abigail, antes firme, agora carregava uma sombra de desespero, e a dor de tia Elizabeth e Charlotte se aprofundava diante do tratamento desumano dispensado a sua menina.

Enquanto Luan se deleitava no poder que exercia sobre Elizabeth e sua família, a chama de resistência dentro da cela ardia mais forte. A injustiça se materializava não apenas em grades de metal, mas também nas palavras mordazes de um policial que abraçava a maldade com satisfação.

A visita à delegacia tornou-se um teste doloroso para a dignidade de Elizabeth e para a resistência de sua família. Enquanto a comida era entregue por Elizabeth Delayne com mãos trêmulas, o deboche de Luan persistia como uma ferida aberta.

Elas saíram da delegacia, sem poder ver sua Elizabeth, elas estavam impotentes diante da injustiça. Aquelas mulheres foram levadas a sentir a dor aguda que permeava cada interação naquele lugar onde a crueldade se escondia por trás da farda de um policial.

Luan, o soldado impiedoso, sentou-se diante de Elizabeth com um sorriso sarcástico que pairava como uma nuvem negra sobre a mesa. Seus olhos faiscavam com crueldade enquanto devorava a comida que deveria ser de Elizabeth, uma pilantra, uma devassa na visão distorcida dele. O ato de bombardeá-la verbalmente com desdém tornou-se uma manifestação cruel de poder, e estava lhe causando sofrimento, e assim com desdém ele ria e continuava sua perseguição psicológica.

Ele zombava da ideia de uma criminosa ter direito a uma refeição digna. A comida, antes preparada com carinho por seus familiares, agora era usurpada pela insolência daquele Pinkertons. Ele ofereceu a Elizabeth apenas pão seco e uma caneca de água, como se a privação alimentar fosse uma punição merecida.

A dor de Elizabeth, tanto física quanto emocional, era palpável na sala. Cada mordida no pão seco era um lembrete amargo da injustiça que a aprisionava. Ha dois dias naquela cela, presa injustamente, mas Elizabeth sabia que não poderia desistir, sua família estaria correndo atrás de soluções para seu caso. Não poderia se entregar, pois seu pai, irmão e marido e amigos, todos estavam lutando por ela, e por isso ela se sujeitaria a tudo.

Seus olhos, refletindo não apenas a fome, mas também a indignação, encontraram os de Luan, que observava com satisfação a aflição da prisioneira.

Nesse cenário sombrio da delegacia, o policial Dicton, um raio de luz em meio à escuridão, tentou questionar o tratamento desumano. No entanto, o soldado Luan, o déspota da delegacia, não estava disposto a ser desafiado. Ele ergueu um dedo acusador, declarando-se o chefe e afirmou que as regras eram ditadas por ele.

O olhar de Dicton expressava uma mistura de descontentamento e impotência diante do abuso de poder.

Luan, como um ditador em sua pequena jurisdição, perpetuava a tirania sem remorso. Cada ato de humilhação reforçava sua sensação de controle absoluto. Enquanto Elizabeth comia seu banquete de privações, a injustiça se aprofundava, ferindo não apenas a prisioneira, mas também todos os que testemunhavam a crueldade daquele policial insensível.

No frio impiedoso da cela, Elizabeth tremia, envolta apenas pela crueldade de Luan. O policial, alimentado pelo sadismo, privava-a do direito mais básico: o calor de um cobertor. As noites se arrastavam geladas, os gemidos do vento eram sua única companhia, enquanto ela ansiava por um resquício de conforto que lhe era negado.

A ausência de um cobertor transformava a cela em um espectro glacial, onde cada respiração era uma nuvem de sofrimento visível. O ar cortante penetrava os ossos, e Elizabeth, encolhida na escuridão, sentia o frio penetrar sua pele, congelando não apenas seu corpo, mas também seus sonhos de justiça e liberdade.

Enquanto o policial Luan se regozijava na maldade, a desumanização atingia um novo patamar. A prisão tornava-se um inverno cruel, onde a privação de um simples cobertor era um golpe adicional na batalha já desigual.

Elizabeth tremia de forma incontrolável durante aquela noite, eram noites intermináveis, marcadas pelo frio que se insinuava como um algoz silencioso, testemunha do tormento infligido por um policial sem compaixão.

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora