O casamento ( When Call The Heart)

Capítulo 74

992 PALAVRAS

Elizabeth foi para casa com Charlote, porque Bill precisava conversar com Jack.

Bill foi com a família de Wynn e na casa de Henry todos se encontraram, inclusive Jack, e logo todos estavam sentados e curiosos para saber da descoberta de Bill.

Todos ficaram de boca aberta quando ouviram a história que ele e Collins haviam descoberto e quando Bill lhes contou sobre o ataque ao estábulo...

Bill, estava visivelmente perturbado e chocado ao contar sua história a Elizabeth. Como policial, provavelmente já presenciou muitas situações trágicas, mas o fato de ser alguém próximo a ele, como Elizabeth, torna a situação ainda mais angustiante. Ele estava cheio de raiva e tristeza por não ter conseguido evitar a violência naquela época.

Wynn, estava com os olhos marejados de lágrimas ao saber da violência que Elizabeth sofreu. Ele se sentia responsável pela segurança dela e fica inconsolável por não ter conseguido evitar esse sofrimento. Sua principal prioridade agora é apoiar e consolar Elizabeth. Ele teve que ser contido por Bill, pois queria ir até Hamilton naquele momento e matar Willian Thatcher. A filha dele era uma garotinha indefesa e ele a assustara daquele jeito;

"Como ele pôde fazer isso com a garota que o amava como pai? " Wynn ficou indignado.

Tia Elizabeth, ficou com o coração partido ao imaginar a dor que Elizabeth sentiu. Ela sentia uma mistura avassaladora de compaixão e indignação, sabendo que seu próprio irmão foi a causa de tanta dor. Ela está determinada a ser o apoio inabalável que Elizabeth, precisa para se recuperar emocionalmente, seja como mãe ou como tia. Ela chorava sua dor de mãe, ao saber daquele horror.

Frankison, irmão de Elizabeth, estava arrasado ao pensar na angústia que sua irmã suportou. Ele se sentia impotente, mas está determinado a apoiá-la e ajudá-la a encontrar a cura emocional. A raiva que ele sentia pelo Sr. Thatcher era palpável. Ele estava possuído de raiva, não conseguia aceitar que aquele homem tivesse encostado o dedo em sua Irma. Ele podia sentir os gritos de pavor dela em sua mente até hoje, depois daquele ataque de Bile... Ele já tinha ouvido e aquilo não saía de sua mente.

Henry, evitou por pouco um derrame (acidente vascular cerebral) e sua pressão arterial aumentou tanto que Bill ficou preocupado. Ele podia ter todos os defeitos do mundo, mas Henry nunca aceitara ninguém que fizesse mal a crianças e mulheres dessa forma, e pensar em Elizabeth indefesa, tão pequena, nas mãos daquele pai era revoltante, mas graças a Deus uma boa pessoa o ajudou.

Jack, fica furioso com a história e sentia um desejo ardente de proteger sua esposa. Ele queria confrontar Wiliam Thatcher, mas ao mesmo tempo reconheceu a importância de lidar com o trauma de forma sensível e terapêutica. Jack sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Pavor e horror o envolveram como um manto gelado. O pai de Elizabeth, aquele que deveria cuidar dela, tornou-se o agressor. Jack não conseguia entender como alguém poderia machucar a própria filha, muito menos alguém de sua família.

Jack foi tomado por uma raiva incontrolável. Ele era o pai dela, o homem que a criou desde o dia em que ela nasceu, que sempre foi um homem respeitado, agora era um monstro aos seus olhos. Ele sabia que teria de enfrentar a difícil tarefa de confrontar o próprio sogro e garantir a segurança de Elizabeth. Com o passar do tempo, o pavor e o horror que Jack sentiu transformaram-se em determinação. Ele estava disposto a fazer o que fosse necessário para garantir que Elizabeth nunca mais se machucasse. A repulsa em seu coração crescia a cada segundo, alimentando sua determinação de proteger a mulher que amava, não importando o custo. Jack estava chorando, e Bill teve que consolar o homem, todos naquela sala estavam com dor sabendo o que Elizabeth havia enfrentado e fugido durante toda a sua vida.

Jack era o animal daquela sala, foram necessários quatro homens para jogá-lo no chão, e só assim conseguiram imobilizá-lo. O homem era um urso selvagem, pronto para atacar qualquer um que colocasse Elizabeth em perigo, sua raiva refletida em seus olhos e em sua voz. Bill e Wynn, vendo o ódio tomando conta de Jack, fizeram tudo que puderam para acalmá-lo.

O amor de pai naquele momento falou mais alto e Bill puxou o menino nos braços e o confortou, deixando-o derramar as lágrimas em seu ombro.

Todos ali que conheceram Jack Thorton, um homem corajoso, nunca imaginaram vê-lo chorando daquele jeito... mas ali estava um homem apaixonado, derramando lágrimas de dor pelo sofrimento de sua esposa. Eles sabiam que Elizabeth havia sofrido muito com aquele ataque, que, graças a Deus, foi evitado por uma boa alma. Nenhuma mulher ou criança deveria passar por uma situação como essa, e as lágrimas que ela não havia derramado agora caíam dos olhos de Jack.

Até agora tinha sido apenas dúvida ou suspeita, mas agora eles tinham testemunhas e doía conhecer esta realidade.

Cada pessoa naquela sala compartilhou um profundo sentimento de horror e desespero com a revelação da violência que Elizabeth havia sofrido, e todos ofereceram seu apoio e amor incondicional para ajudá-la a se recuperar. A história despertou uma onda de emoções intensas e um sentimento de unidade entre eles para garantir que Elizabeth pudesse superar seu passado traumático.

Bill sabia que todos eles entendiam suas ações agora, quando viu Elizabeth após retornar de sua viagem. Era impossível não querer protegê-la, ainda mais sabendo de tudo que ela havia passado. Ficou combinado que Bill e Frankison, iriam de carro com Henry até a cidade de Regina nos próximos dias, para encontrar a mulher chamada Jane, que trabalhava na mansão Thatcher como governanta.

Combinaram de falar com Lee, porque aquele homem amava Elizabeth como uma Irmã, e no dia seguinte, quando lhe contaram, a revolta, a raiva, o pavor, ficaram transparentes no rosto de Lee.

Todos puderam ver como Jack ficou abalado ao descobrir, ele realmente amava Elizabeth.

Foi um amor para toda a vida.

Um amor de almas...

Um amor para toda a eternidade.