O casamento ( When Call The Heart)

Capítulo 142

1131 PALAVRAS

Na penumbra do quarto, Charlotte e Bill, unidos pela força do amor e pela superação de desafios, encontraram-se em um momento de intimidade que transcendia as sombras do passado. Charlote precisava sentir seu marido, precisava apagar os toques nojentos daquele homem. As cortinas entreabertas permitiam que a luz suave da lua iluminasse o ambiente, lançando um brilho terno sobre o casal que buscava a cura nos braços um do outro.

Os toques de Bill, suaves como uma brisa noturna, percorriam a pele de Charlotte, dissipando as memórias dolorosas do passado recente. Cada carícia era uma promessa de amor e segurança, um gesto que buscava apagar as marcas deixadas pelas mãos cruéis de Hargraves.

— Charlotte... murmurou Bill, seus lábios roçando suavemente contra os dela; nossa ligação é mais forte do que qualquer sombra que tente nos envolver. Esta noite é para nós, para renovar o amor que nos une e para apagar os rastros do medo que tentaram semear.

Charlotte, olhando nos olhos amorosos de Bill, sentiu a confiança se renovar dentro dela. Aquele homem, era seu marido amado, e representava não apenas o apoio inabalável, mas também a fonte de conforto e cura que ela buscava.

Com um cuidado delicado, Bill explorou os caminhos familiares do corpo de Charlotte, como se estivesse desenhando linhas de ternura e devoção. Cada beijo era uma promessa cumprida, cada toque era um bálsamo que curava as feridas invisíveis da alma. Ele beijou cada centímetro daquele corpo, experimentando coisas que ele nunca havia pensado em fazer na vida, mas ele queria amar cada pedacinho dela. Bill, estava pegando fogo, aquela mulher poderia deixá-lo louco.

Os murmúrios apaixonados de Charlote ecoavam pelo quarto, criando uma sinfonia única que expressava a conexão profunda entre marido e mulher. Charlotte, entregando-se à ternura de Bill, sentia as camadas de medo e angústia se dissolverem, substituídas pela onda reconfortante do amor compartilhado. E foi assim que aquela noite, se transformou em algo maravilhoso, um momento de amor eterno entre eles, cheio de paixão e desejo.

No auge desse momento íntimo, Bill e Charlotte transcenderam as cicatrizes do passado, reescrevendo sua narrativa de amor com cada gesto de carinho. O quarto, antes envolto em sombras, agora era iluminado pela luz do amor verdadeiro, que brilhava como uma estrela guia na escuridão.

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A manhã em Hope Vale revelou-se tranquila, contrastando com a agitação que aguardava Bill no horizonte. O sol despontava no céu, lançando raios dourados sobre a cidade que, apesar dos recentes desafios, começava a se recuperar.

Bill, com seu chapéu de abas largas e expressão determinada, dirigiu-se ao ponto de encontro com a comitiva responsável por transportar Hargraves e Charles Kensington III, até a cidade de Hamilton para o julgamento que os aguardava.

A comitiva, composta por homens da lei e oficiais mountie determinados, estava alinhada e pronta para a jornada. Carroças preparadas para o transporte seguro dos prisioneiros aguardavam, e o ar estava impregnado com a seriedade do dever a ser cumprido.

Ao lado de Bill, estava Frankison e Edward, cujo olhar refletia a mesma determinação. Ainda que a estrada à frente fosse desafiadora, a justiça era o farol que os guiaria. Ele estaria junto com a comitiva, o homem que fez tanto mal a sua irmã gêmea, deveria e seria entregue à justiça, e ele estava disposto a entregá-lo com as próprias mãos.

A notícia do julgamento de Patricia e sua mãe, bem como da mulher da cicatriz, ecoava pela cidade. O destino dessas figuras sinistras estava entrelaçado com o julgamento iminente de Hargraves e Charles Kensington III. Hope Vale, ansiosa por justiça, esperava que o veredicto fosse uma recompensa para as vítimas e um baluarte contra a impunidade.

A jornada até Hamilton seria longa e cheia de desafios. A escolta, ciente do perigo que representavam esses prisioneiros, permanecia vigilante. Bill, com sua experiência e autoridade, liderava a comitiva, com a responsabilidade de garantir a segurança dos envolvidos e a integridade do processo judicial.

As carroças começaram a se movimentar, cortando a paisagem rural enquanto se dirigiam para o horizonte distante. A poeira da estrada era como um véu que envolvia o grupo, marcando o início de uma jornada que decidiria o destino daqueles que semearam o caos em Hope Valle.

No caminho, o silêncio era interrompido pelo tilintar dos arreios e o som dos cascos dos cavalos, enquanto pensamentos pesados ecoavam nas mentes dos homens da lei. A justiça, como uma balança imparcial, aguardava para fazer sua determinação final. Hope Valle, embora ferida, permanecia firme na busca por redenção e resolução, e Bill liderava sua comitiva com a convicção de que o sistema judicial cumpriria seu papel na restauração da paz e da ordem.

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O dia acabava, e eles montaram as barracas na estrada, precisavam parar por três horas para que os cavalos descansassem. A viagem seria feita toda bem rápida e com poucas paradas, somente para os animais descansarem e se alimentarem.

A lua estava apenas começando a aparecer no céu, quando Frankison, alimentando seu cavalo, revivia os eventos que marcaram o início daquele dia. Antes das preocupações com o transporte de prisioneiros e o julgamento que se aproximava, ele se viu envolto em uma cena que permaneceria eternamente em sua memória.

"Correndo até a escola, Frankison dedicou-se a acender o fogo, garantindo que o ambiente estivesse acolhedor para Laura. Seu coração batia mais rápido enquanto organizava as coisas, ciente de que logo estaria em uma missão importante, mas também consciente da presença especial de Laura.

E então, como uma visão celestial, Laura surgiu na porta da escola, vestida em um delicado vestido azul-celeste que realçava sua beleza natural. Os cabelos soltos e o perfume suave de pera criavam uma aura encantadora ao seu redor. Frankison, mesmo distraído por seus deveres, não pôde deixar de notar a graciosidade da jovem.

Os olhares se encontraram, e Laura agradeceu a gentileza de Frankison ao cuidar do fogo. Um sorriso tímido enfeitava o rosto dela, e, em um gesto surpreendente, ela se aproximou nas pontas dos pés e depositou um beijo suave na bochecha de Frankison. O calor desse gesto inesperado envolveu o coração do mountie, fazendo-o esquecer por um momento as responsabilidades que aguardavam.

Ao sentir a maciez dos lábios de Laura em sua bochecha, Frankison experimentou uma sensação única, como se o tempo tivesse parado para dar espaço a esse momento delicado. A surpresa se misturou com uma emoção ainda mais profunda quando Laura, com um sorriso encantador, aceitou a proposta de Frankison de cortejá-la, após ele com os olhos apaixonados, beijar sua mão e propor um relacionamento. "

O amor nascia naquele dia, brotando como uma flor delicada no coração de Frankison. Seu pensamento se voltava para Laura, a jovem que iluminara seu dia com um beijo e um sorriso, e ele sorria ao imaginar os dias que estavam por vir, onde a cortejar e conquistar seriam a essência de uma nova jornada em sua vida.