Capítulo 57

10 4 100
                                    

1119 PALAVRAS

Na hora do almoço, Elizabeth, já tinha um plano traçado em sua mente. Deixando Tom cuidando das crianças; ela correu para cidade, parando no café para falar com Abigail, pois era urgente.

— OH, meu Deus! Elizabeth! Aconteceu alguma coisa para você está aqui na hora de seu almoço?

— Sim Abigail? Disse Elizabeth ofegante de tanto correr. Ela tinha pouco tempo e precisava falar rápido.

— Abigail; você sabe que te amo como uma irmã mais velha. Eu preciso te contar uma coisa...

— O que houve Elizabeth? Fala logo já estou preocupada.

— Frank, está indo embora hoje, ele pegara o próximo trem.

— Ele vai embora? E nem se despediu de mim? Abigail estava indignada, ela amava aquele homem; ele poderia ter ao menos consideração por ela, mesmo não a amando.

— Sim... ele vai embora. Ofereceram outra comunidade para ele; mas ele está indo embora para se afastar de você. Ele te ama muito, mas não se sente a sua altura; Ele acha que nunca terá seu amor, porque é um amor unilateral.

— O quê? Frank ele me ama?

— Sim Abigail! Ele te ama toda a sua força.

— Mas Elizabeth, ele é perfeito; eu que não sou boa o suficiente para ele; como viúva e mãe solteira de duas crianças, o que eu teria para oferecer a ele? O que todos iriam pensar sobre o pastor com uma esposa como eu?

— Eles iriam pensar que o pastor, se apaixonou pela mais linda e melhor mulher do mundo! Que o pastor é tão feliz, por ter sua esposa e seus dois filhos, e morreria por eles. Que este pastor, é louco por você, Abigail; Disse Frank encostado no batente da porta sorrindo, no maior charme.

Abigail se virou devagar, e olhando para aquele homem, pode notar toda a profundeza daquelas palavras. Frank, bem devagar, se aproximou de Abigail, e foi dizendo:

— Elizabeth está certa; eu estava indo embora, porque queria me afastar de tudo, daqui eu não conseguia te ver e não estar com você. Meu amor por você é tão grande que eu estava perdido sem você. Eu fui a estação, mas meu coração me mandou voltar. Voltar para você. Precisava ficar aqui e te ver mesmo que de longe.

Elizabeth aproveitou aquele momento lindo, e saiu em silêncio, sem incomodar o casal... Ela aproveitou e passou na delegacia.

Elizabeth chegou à delegacia e como sempre deu três batidinhas na porta, ouvindo a voz de seu marido que falava sorrindo:

— Entre meu amor!

— Jack! Como você sabia que era eu?

— Somente senti meu coração palpitando com força... Disse ele já se levantando e em duas passadas largas, chegou sem sua esposa, e enlaçando pela cintura, puxou para seus braços, seus lábios capturando os dela e fazendo sua boca abrir. Jack gemeu baixinho, sua esposa era tudo em sua vida, ela conseguia fazer seu sangue ferver com um simples beijo. Era incrível, como ela se encaixava perfeitamente nele, seus corpos se moldavam. Quanto mais beijava aquela mulher, mais ele queria...

E se afastando atrás de ar, ele encostou sua testa na testa dele, e ali descansou suspirando.

— Espero que este seja um bom suspiro! Ela sorriu e para Jack nada no mundo era mais bonito. Seu mundo iluminava, quando via sua esposa sorrindo.

— Foi o melhor suspiro... meu amor. Eu sou um homem muito abençoado por ter você na minha vida. E muito feliz por você me amar.

— E Eu amo muito você Jack Thorton...

— Eu também te amo Bella! Mas o que a professora, anda fazendo por aqui em plena hora do almoço? Não me diga que Tom aprontou alguma coisa e você veio me procurar?

— Não Jack. Não se preocupe com Tom, ele está trabalhando muito e tem agido muito corretamente. Mas eu vim procurar Abigail, tinha de avisá-la que Frank estaria de partida não tem da tarde;

— Estaria? Isso quer dizer que ele desistiu?

— Não, meu amor... Ele voltou por ela, chegou no café, quando Abigail, já estava pronta para correr atrás dele e no exato momento eles estão lá no café fazendo juras de amor um para o outro, e eu saiu de fininho e vim ver meu maridinho.

— Eu fico muito feliz por eles; já não era sem tempo, eles precisavam se entender. Mas eu fico mais feliz ainda, porque minha linda esposa está aqui, nos meus braços, e veio só para me ver. E beijou a ponta do seu nariz.

Elizabeth sorriu, e avisou que precisava correr, estava quase na hora de iniciar as aulas, mas Jack pegou sua mão e juntos subiram em sargent seguindo rumo à escola. Ele desceu do cavalo, e segurando em sua cintura, ele a retirou lá de cima, colocando no chão e beijando sua bochecha.

Ele viu as crianças chegando em Elizabeth e Opall lhe entregando o sino, o qual ela tocou. Jack riu... esse sino era sinal de que ele a amou, muito antes dele mesmo saber. Ela nem precisava tocar o sino, aquelas crianças a seguiam como abelha atrás do mel.

Jack, pelo canto dos olhos, viu Tom em um canto e tudo acompanhava. Ele parecia hipnotizado com a cena dela com as crianças e sorria sozinho. Ele tinha um semblante leve. Talvez aqueles dias de serviço, lhe fizessem bem.

Tom, por sua vez, viu quando Jack e Elizabeth, chegaram a cavalo. Jack com sua roupa de mountie chamava muito atenção, mas ela com seus cabelos acobreados e aqueles olhos azuis, com seu jeito de dama da sociedade, era muito chamativa, eles formavam um belo casal. Mas ele, mesmo com vontade de se aproximar de seu irmão, sabia que Jack não queria contato com ele, e tinha de concordar, ele tinha muitos motivos para nunca o perdoar.

Opall voltou correndo e descendo as escadas, abraçou Jack.

— Pode ir tranquilo, que nós cuidaremos da senhora Thorton e do seu irmão. Nós vamos achar a cura para o coração dele. E sorrindo correu até Tom, e pegando suas mãos o levou para dentro da escola.

Jack montou em seu cavalo, e seguiu para a delegacia; seu coração doía com tudo que Tom havia feito a sua Elizabeth. Mas ele queria que Tom se tornasse um bom homem. Jack fez uma oração a Deus e pediu para que ele lhe desse serenidade e força, que ele tirasse todo o ódio que estava em seu coração e o ajudasse a ter condição de perdoar.

Enquanto isso, no café, Abigail falava com Frank, se ele tinha certeza, afinal ela era viúva. Frank, vendo sua excitação, pegou suas mãos e puxando para seus braços, a beijou apaixonadamente; foi um beijo maravilhoso, que deixou as pernas bambas.

— Eu consegui convencer você?

— Hum... acho que eu preciso de mais um pouco desse convencimento.

— Você nem precisa pedir minha mulher.

— Sim; sua mulher...

E assim ele a beijou novamente.

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora