Capítulo 96

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930 PALAVRAS

Elizabeth estava no segundo dia de treinamento com a arma que Tom lhe havia dado. Tom ficou surpreso ao ver a facilidade com que ela aprendia as coisas, Jack realmente estava certo... aquela mulher era muito teimosa e quando ela colocava algo em sua mente, ninguém conseguia fazê-la desistir. Foi uma perseverança incrível.

Ela não queria pegar a arma que Bill lhe dera, porque se tocasse na caixa, tinha certeza de que Bill ou Jack notariam, e ela não queria que ninguém soubesse de suas aulas.

Ela decidiu aproveitar o sábado para treinar, já que Jack e os outros policiais estavam todos em uma reunião e depois fora da cidade em busca de pistas sobre Charles. Tom sabia que as coisas estavam esquentando e o perigo se aproximava, e vendo a determinação nos olhos de Elizabeth, ele tinha certeza de que ela estava se preparando para uma guerra.

Tom segurou o rifle com firmeza, o olhar focado no alvo distante. Elizabeth, ao lado dele, observava atentamente, ansiosa para absorver cada palavra da lição.

Tom apontou para o rifle e explicou:

— Elizabeth! a primeira coisa que você precisa lembrar é manter o rifle firmemente encostado no ombro. Isso lhe dará mais estabilidade.

Elizabeth concordou, ajustando a posição da arma.

— Agora, olhe através do escopo. Vê o alvo à frente? Imagine que é o último pedaço de paz que temos neste mundo. Tom disse.

Elizabeth sorriu e disse:

— Isso é poético.

— Às vezes você precisa de um pouco de poesia para manter a sanidade. Agora, respire fundo. Controle sua respiração. Não atire enquanto expira. Você quer estar mais estável ao puxar o gatilho. Tom ficou atrás dela, ensinando-a e observando seus movimentos.

Elizabeth seguiu suas instruções, concentrando-se na respiração.

— Isso é bom. Agora, preste atenção aos pontos que marquei . Veja como ele se alinha com o alvo? É como encontrar equilíbrio na vida. Encontre o local certo e, quando sentir que está lá, pressione suavemente o gatilho. Você consegue, Elizabeth... disse Tom.

Elizabeth ajustou sua mira de acordo com as palavras de Tom.

— Assim, Tom?

— Perfeito. Agora imagine que cada tiro é uma oportunidade para proteger quem você ama. Às vezes, a única coisa que fica entre a segurança e o perigo é a mira certa.

Elizabeth olhou para o alvo, absorvendo as palavras de Tom.

— Agora, vá em frente. Mostre-me o que você pode fazer.

Elizabeth respirou fundo, concentrou a visão e puxou o gatilho.

O som do tiro rasgou a Paisagem, cortando o silêncio, e o alvo revelou o impacto preciso do tiro de Elizabeth.

— Isso mesmo, Elizabete. Você está começando a entender. Na vida ou na mira, o segredo é encontrar o equilíbrio e destruir com o coração firme.

Os dois partilharam um olhar cúmplice, conscientes de que, neste novo mundo, cada habilidade aprendida era uma ferramenta essencial para a sobrevivência.

...

...

Enquanto isso, em Hamilton, Viola aproveitou o círculo social e, entre lágrimas, contou às jovens, suas amigas da alta sociedade, tudo sobre o passado e o presente de Elizabeth...

— Você não vai acreditar no que estou prestes a te contar, mas minha irmã do meio, Elizabeth, sempre deu muitos problemas.

— Nós sabemos, Viola, você sempre nos contou quando estávamos na escola.

— Sim, mas contei apenas partes. Havia coisas que ela fazia, como ficar atrás do muro da escola, e todos os dias havia um menino debaixo de suas saias. Tanto eu quanto a Júlia, várias vezes, corremos e tentamos evitar esses encontros, mas ela ficava muito brava e sempre fazia o que queria, ela era muito gostosa e fogosa... você pode procurar os meninos daquela época, e eles' Todos lhe contarei qual era o gosto da minha irmã ou como era o corpo dela. Na universidade foi ainda pior, ela trocou seus encantos femininos por mensalidades e hospedagem; na época minha mãe ficou apavorada, pois meus pais jamais aceitariam que ela morasse sozinha ou fizesse aquele curso de professora... Imagine uma Thatcher, ensinando crianças catarrais e famintas. Mas ela foi cruel com toda a família e foi estudar, virando prostituta na faculdade... O pobre Charles, sempre apaixonado por ela, tentou de tudo para trazê-la de volta ao bom senso, mas foi impossível... e mesmo que Charles tenha proposto casamento, ela preferiu fugir para Hope Valle, depois de ganhar o emprego de professora, dormindo com o diretor da faculdade e você não vai acreditar que ela passava a maior parte das noites na cama de um soldado em Hope Valle dentro a Delegacia de Polícia; toda a cidade sabe e estão tentando tirá-la do trabalho de professora, mas o soldado sempre a protege e por isso esses jovens e crianças estão sendo ensinados por alguém desse nível.

— Uau, Viola! Então é por isso que Julia agiu assim?

— Sim... minha irmã ficou indignada, pois Bile Hamilton é amigo da família, um homem distinto, gente boa, e posso garantir que ele foi honesto. Ele e Julia estavam namorando, mas Elizabeth fez de tudo para provocar o homem e tentou de tudo para que ele a levasse para a cama, mas quando ele recusou, ela armou uma armadilha e acabou matando-o.

— Oh meu Deus! Estou horrorizado... sua família está comendo o pão do diabo com essa sua irmã, Elizabeth.

— Sim... Patrícia. Preciso muito da sua ajuda agora.

— Sem problemas. Mamãe é presidente do comitê de educação geral e pode acabar com as vitórias de Elizabeth. Quando ela souber dessa história, tenho certeza de que se candidatará ao cargo de professora e talvez ao seu diploma comprado por sexo.

Viola se despediu em meio às lágrimas, mas assim que saiu, sua risada maquiavélica irrompeu. Elizabeth não sabia o que estava reservado para ela...

"Você pagará por todo o mal."

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora