Capítulo 113

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2598 PALAVRAS

A manhã seguinte trouxe uma luz, dissipando a escuridão eu pairava sobre Hope Valle na noite anterior. Jack abriu a porta para pegar o leite que sempre estava ali, pois o gentil leiteiro sabia que sua esposa amava leite fresco.... No entanto, algo inesperado o aguardava. Frankison, cansado e com olheiras profundas, estava sentado no alpendre, cochilando.

Ao ser acordado pelo ranger da porta, Frankison entrou na casa de Jack, a preocupação estampada em seu rosto. Jack, percebendo a angústia do jovem, incluiu os detalhes dos pesadelos que assombraram Elizabeth durante a noite. Era como se os tormentos da jovem foram gravados na própria essência da casa, quando os gritos de pavor irromperam o silêncio da madrugada.

Jack contou a Frankison sobres os sonhos de Elizabeth quando criança, nos quais ele sempre desempenhou um papel de salvador ou companheiro. Os dias trancados no quarto eram mais suportáveis quando ele estava presente em seus sonhos. Jack, com sabedoria e compaixão, sugeriu que Frankison poderia ser a chave para ajudar a curar as feridas emocionais de sua irmã gêmea.

Frankison, agora consciente da necessidade de apoiar Beth, de maneira profunda, agradeceu a Jack pelas informações. Ao entrar no quarto, viu Beth ainda pálida, seu rosto marcado pelos dedos daquele homem, sinais dos acontecimentos recentes. Jack avisou a Frankison sobre os hematomas, pedindo que não demonstrasse surpresa ao vê-los, para evitar constrangimento.

Ao se aproximar da cama, Frankison seguiu o conselho de Jack. Fingiu ignorar as marcas visíveis, concentrando-se apenas no amor que sentia por sua irmãzinha. Em um gesto de ternura, pegou Beth nos braços e abraçou, transmitindo conforto e apoio sem a necessidade de palavras. E assim ela acabou adormecendo, um misto de alívio e um cansaço.

Jack chegou até a porta e trouxe uma xícara de café para Frankison que sentado ao lado da cama não largava a mão de sua irmã. Jack estava mais do que agradecido, por ele ajudar a cuidar de sua esposa. Segundo Frankison, se ela adormeceu com ele ali, deveria acordar com ele no mesmo lugar, seria uma forma de mostrar que não havia abandonado.

A luz da manhã infiltrou pelo quarto, revelando as sombras que dançavam nas paredes e iluminando o rosto abatido de Beth. Frankison permaneceu ao seu lado, segurando delicadamente sua mão, como se cada toque fosse um bálsamo para as feridas invisíveis que a afligiam.

Beth despertou, seus olhos encontrando os de Frankison. Havia uma tristeza profunda em seu olhar, uma dor que transcendia o físico e alcançava as profundezas de sua alma. As lagrimas escorriam pelo seu rosto, não apenas como expressão de dor, mas como o início de uma purificação emocional.

Frankison, atento ao silêncio de sua irmã, não hesitou em secar as lagrimas com carinho. Cada gesto era um passo na jornada de cura que começava naquele quarto. As lagrimas de Elizabeth eram como gotas de chuva, lavando as cicatrizes invisíveis e preparando o terreno para renascimento emocional.

Num instante, Elizabeth desabou em soluções. As lagrimas que caíram eram uma mistura de dor e alivio, uma libertação de emoções aprisionadas por tempo demais. Frankison, sentindo a intensidade do momento, envolveu Elizabeth em um abraço acolhedor, como se pudesse absorver toda a dor que a afligia.

O silêncio do quarto foi interrompido apensas pelas soluções suaves dela e pelo coração compassivo de Frankison. O toque gentil, o abraço caloroso e os olhares que trocavam revelavam uma comunicação profunda, uma linguagem que só os irmãos gêmeos poderiam entender. Era a cura acontecendo em cada gesto de amor compartilhado.

Enquanto as lagrimas secavam, a luz da manhã ganhava intensidade, simbolizando a esperança que começava a florescer naquele quarto. A jornada de cura estava começando, mas naquele momento, a força do maro fraterno se mostrou como um poder transformador, capaz de superar a escuridão e iluminar o caminha para a cura completa.

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora