O casamento ( When Call The Heart)

Capítulo 15

1299 palavras

A escola, que também era igreja, qual, foi construída com a doação de Jack e muitas marteladas vigorosas dele, feita para a comunidade, mas todos sabiam que era para Elizabeth. Jack queria que a professora tivesse um lugar correto para suas aulas, ele não queria que ela ficasse no bar, por mais que o dono do bar houvesse permitido e durante aquele tempo em que ela e as crianças lá estavam, não houve atendimento no bar ou venda de bebidas para ajudar nos estudos dos filhos dos mineiros, mas sempre aparecia uns engraçadinhos, bêbados de outros regiões, jogadores ou mineiros novos para cidades vizinhas e sempre que viam aquela bela professora, tentavam se engraçar por ela. Jack estava mais que certo em protegê-la e a seus alunos.

Mas hoje a igreja estava, um conto de fadas, cheio de rosas e áster, branco e lilás, as flores favoritas de Elizabeth, era flores no corredor além de um lindo tapete verde e no altar uma decoração toda de rosas e áster, era um jardim em flores. Jack, ao entrar na igreja com Bill e Henry, teve de falar com os dois amigos, o quanto estava admirado com a beleza da decoração da igreja, e que era um milagre o que fizeram em tão poucas horas.

Henry riu dizendo que os mountie deveriam contratar a equipe de Rose, pois elas eram muito inteligentes e ótimas estrategistas. Bill ainda falou que as crianças colheram as flores e ajudaram na decoração, todos queriam fazer algo por sua querida professora.

Bill reparou que os convidados estavam chegando e todos tomando seu lugar. Frank, o pastor, percebendo que Jack estava nervoso, perguntou:

— Alguma dúvida filho? Você tem certeza desse passo que estás a tomar?

— Nenhuma dúvida, pastor Frank. E nunca em minha vida estive tão certo como estou sobre isso, só nervoso por me casar com a mulher que amo, achei que eu não era páreo para enfrentar o luxo de Hamilton.

— Ela nunca quis luxo Jack e só quer você e seu amor, nunca se esqueça disso.

— Eu sei, Frank. Eu amo muito aquela mulher...

Robert e Gabi eram os cerimonialistas, eles que receberam todos os convidados na porta da igreja. Lee estava responsável pelas músicas, Emily entrou com Cody jogando flores. Eles estavam lindamente vestidos. Logo atrás veio Opall, com um sorriso no rosto e uma luz no olhar, que mostrava a todos o amor daquela menina por Jack e Elizabeth, ela trazia nas mãos uma almofada com as alianças... eram os anéis dos pais de Jack, a alguns anos atrás ele recebeu as duas peças de sua mãe, tendo lhe prometido que só daria para alguém, quando realmente encontrasse um amor igual ao dela e de seu pai.

Jack estava ansioso no altar. Henry teve de apertar seu ombro, lembrando que ele deveria respirar.

Henry e Lee eram os padrinhos de Jack, e Rose e Faith eram as madrinhas de Elizabeth. Abigail e Bill iriam dar a mão de Elizabeth como seus pais adotivos, pois Abigail disse que se ela não tinha uma mãe nesse dia especial ou a presença da sua sogra, então ela tinha direito de pegar essa honra para ela.

Jack ficou sem palavras quando a marcha nupcial foi tocada em piano, que Lee havia arrumado e colocado num canto da igreja e alguém que Jack não conhecia tocava lindamente.

As portas da igreja se abriram e de lá com uma luz própria, Bill entrava com Elizabeth em seus braços. Jack não conseguia tirar os olhos dela. Aquela mulher era sua noiva, ela estava mais linda do que ele jamais viu. Aquele vestido a deixava exuberante, era simples, mas de uma classe, era reservado, mas tinha um Q de provocação, ele moldava seu corpo mostrando a quão perfeita ela era.

Todos na igreja estavam de pé, vendo Elizabeth entrar, todos estavam de boca aberta como Jack. Bill sorria, sabendo muito bem o efeito que Elizabeth estava provocando em todos os presentes, pois ele também quando a viu, ficou sem respirar e sem palavras, ele tinha uma filha lindíssima.

Henry teve de segurar Jack, ele estava tão absorto em seu mundo, perdido na beleza daquela mulher entrando pelo corredor da igreja, e mais ainda ele parecia perdido naqueles olhos azuis profundo, que pareciam hipnotizá-lo, por pouco ele não correu até sua noiva. Henry sorriu e compartilhou pelo olhar, um segredo com Bill, eles entendiam o Jack estava sentindo.

ELE FOI ATINGIDO, E AINDA NÃO SABIA PELO QUE... ERA O AMOR...

Jack ouviu as crianças falarem com Abigail:

— Ela parece uma princesa! Falou Opall com os olhos esbugalhados de emoção.

— Daquelas de contos de fadas... Emily comentou, e todos sabiam que de princesa Emily entendia tudo...

Jack lá de cima do altar, riu e falou baixinho:

— Ela é minha princesa Opall...do meu mais lindo conto de fadas.

Assim que ela chegou ao altar, o que para Jack levou uma eternidade. Ele segurou suas mãos, beijou sua testa e olhando bem dentro daqueles olhos, foi dizendo eu te amo.

— Meus amigos, hoje estamos aqui para celebrar a união do nosso mountie Jack Thorton e de nossa professora Elizabeth Thatcher. Eles tiveram uma história como de conto de fadas. Mas uma princesa como ela, nós sabíamos que seriam assim. E Frank continuou após algumas risadas na igreja...

— Ele, um mountie muito honrado, um homem muito corajoso, mas que tinha como seu lema nunca se casar, porque se os mountie quisesse que eles se casassem, eles nos dariam uma esposa... Bem, meus amigos isso era o lema e o que ele sempre falava... Mas esse lema caiu ao chão quando ele conheceu uma bela e teimosa professora, ela tinha a garra e o lema dos Thatcher, e o avisou num tom desafiador, com seu melhor olhar de professora, que ela não era uma princesa de Hamilton e que não iria desistir de seu cargo de professora em Hope Valle, e que Jack deveria estar preparado para comer muito pó de carvão, afinal um Thatcher nunca desiste de uma batalha.

Nessa hora Jack, olhava entre o chão e Elizabeth, seu sorriso mostrava que ele se lembrava muito bem disso, mas que estava muito feliz por estar com ela...

Todos na igreja tiveram um acesso de riso, eles conheciam muito bem esses pedaços da vida daquele casal, há muito tempo havia uma torcida por eles.

Jack escreveu uma citação, algo que ele sempre ouvia de seus pais, e como hoje seus pais não puderam estar presentes, ele gostaria de compartilhar com Elizabeth, pois é algo que ele acredita...

"... Foram dois corações, duas vidas oferecidas a Deus... São duas mentes unidas para uma mesma decisão. Duas vontades formaram um forte vínculo... Dois trabalhadores do bem, construindo uma fé e duas vozes orando e agradecendo a Deus, com uma esperança compartilhada... Isso é um casamento. "

Elizabeth, ouvia aquelas palavras, e amou ainda mais esse homem. Era um jovem criado por uma família com princípios e com muito amor entre eles. Lágrimas rolavam em rosto. Jack ergueu o dedo e com um extremo carinho enxugou aquelas lágrimas. Ela pegou a mão dele que estava em seu rosto e gentilmente a beijou.

Havia poucos olhos secos entre o convidado. Frank como pastor ainda não havia testemunhado um amor assim. Ele limpou a garganta e se esforçou para fazer sua voz sair, enquanto segurava as lágrimas.

Como diz a bíblia capitulo 13 de 1 coríntias...

— O amor não é impaciente ou cruel, o amor não é invejoso, arrogante ou orgulhoso. O amor não é rude, ou egoísta, ele não se irrita facilmente. O amor ele não mantém um número de erros ou de acertos. O amor não se alegra com o mal. Ele não é apenas um sentimento. O amor é algo que você faz. O amor sempre protege, sempre confia, ele espera e preserva o outro. Temos que fazer uma escolha diária quando você ama...