O casamento ( When Call The Heart)

Capítulo 26

846 PALAVRAS

Charlote embalou tudo que era seu, e as coisas de tom, era o máximo que conseguiria levar em uma carroça. Seu capataz e sua família, iriam recolher algumas coisas, como móveis da casa e levar para onde eles moravam de aluguel.

Charlote deixou, pago dois meses de aluguel adiantado na vila dos empregados, tanto o capataz, quanto as outras três famílias, que para ela trabalhavam, teriam ao menos dois meses para arrumarem outro emprego, ou quem sabe ela, nesse tempo, poderia arrumar e resolver todos esses problemas criados por Willian Thatcher. Charlote já havia ligado para alguns conhecidos, que eram advogados, mas quando ouviram o nome Thatcher, todos eles ficaram com medo e disseram, que não poderiam arriscar sua profissão.

Ela, se despediu de seus funcionários, aquelas pessoas eram mais do que isso, elas eram suas amigas; Graças aquelas pessoas, foi que Charlote conseguiu fazer aquela fazenda ir para frente e fez o sonho de Tomas, se tornar realidade, durante todos esses anos, eles conseguiram salvar a vida ou recuperar vários cavalos mountie, que se feriram durante as batalhas, além de domarem os mais selvagens. Charlote sorriu consigo mesmo, ela iria lutar, e aquele sonho não iria morrer nunca. E seus amigos estariam com ela. Charlote se despediu, dizendo a todos que ela voltaria com soluções e pediu a todos que confiasse nela, e subindo na carroça seguiu rumo a Hope Valle, ela por sorte conseguiu levar seu cavalo Etna e o cavalo de tom, o Éras. Eles foram puxando a carroça, precisava ir devagar, pois eles não estavam acostumados com a carroça, mas ao menos os levava com ela, parando no centro da cidade, enviou um telegrama para Tom, assim que ele parasse na base dos trens onde trabalhava, ele o receberia.

URGENTE.TOM

PERDEMOS A FAZENDA.LEVANDO ERAS E ETNA PARA HOPE VALLE.JACK CASOU COM ELIZABETH THATCHER.CUIDADO. CHARLOTE.

Charlote, seguiu seu caminho, sabia que logo estaria em Hope Valle e veria seu filho Jack... E sua nora.

Ela foi pensando durante aquela viagem, tinha muito tempo para fazer planos e realmente poderia ver que tomas tinha razão. Como sempre seu Tomas, tinha razão... Ele sempre foi um homem sábio, honesto e honrado. Charlote agora, parando para que os cavalos descansassem, armou sua barraca e deitou olhando para a lua, e continuou a pensar:

Ela sempre gostou de receber as cartas de Jack, e agora ainda recebia as de Elizabeth; Charlote riu muito de suas façanhas com as crianças, mas principalmente das façanhas dela com seu Jack.

Rose, sempre foi adorável, suas famílias eram amigas desde sempre, tinha seus defeitos e suas qualidades como qualquer pessoa, mas ela nunca conseguiu fazer Jack perder as estribeiras. Elizabeth foi ao contrário, ela foi do zero ao dez num segundo, ela mexia com Jack de uma forma que Charlote nunca viu ninguém consegui fazer.

Primeira carta, ele descrevia como descobriu o porquê de ter ido para aquela cidade, era para proteger a mimada princesa de Hamilton, e logo após já chegava outra carta falando quem ela era, e que não duraria naquele lugar nem uma semana.

E quando Charlote menos pensava, já vinha outra carta, dizendo como ela tinha sido topetuda, e o confrontou com as mãos na cintura, dizendo para ele se preparar para ficar ali por muito tempo, que ele iria comer muito pó de carvão, porque um Thatcher nunca desiste de uma luta. Jack, sempre escreveu para ela enquanto estava em missão, mas sempre eram cartas curas e uma por mês.

Mas aí veio Elizabeth... Na primeira semana foi uma carta, e na segunda em diante, começaram a chegar três cartas ou mais, até que a louca entrou na mina, com as viúvas, e dali lutaram e conseguiram suas casas, Jack naquela época escreveu:

— Mãe, eu tentei segurá-la, era perigoso e eu sabia, mas ela disse que seu eu não pudesse segurar as outras mulheres pela lei, que também não poderia impedi-la...

— Oh mãe! O que eu vou fazer com ela...

Charlote ria, se lembrando dessa carta, ela até imaginava a cara de Jack quando tudo aconteceu e o pior ainda foi que ele escreveu...

— Mãe, acredita que ela ainda pegou minhas roupas para trabalhar na mina de carvão? Minha calça e minha camisa, a moldou perfeitamente, era uma bela visão. E minhas roupas nunca estiveram tão perfumadas.

Charlote concordava agora com Tomas, seu filho nunca esteve tão envolvido com uma mulher, quanto com essa Elizabeth Thatcher. E tudo poderia ser melhor, se ela não fosse filha do maldito homem.

E agora, ali estava ela, em direção a Hope Valle, e teria de ter cuidado para não prejudicar o início do casamento de seu filho. Charlote estava decidida. Iria combater Willian Thatcher com toda a sua força, mas não iria machucar nem Elizabeth e nem Jack.

Já que seu filho amava aquela mulher, ela também estaria disposta a conhecê-la e a amar como uma filha.

Ela riu... Nunca imaginou ter uma filha, uma menina, cheia de laços e fitas. Ela nem sabia como tratá-la, pois em sua vida, tanto seus irmãos e seus filhos, todos eram homens, e assim Charlote adormeceu, sonhando como seria sua nova filha.