Capítulo 31

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1185 PALAVRAS

Jack acordou, com sua joia preciosa enrolada em seus braços. Sua esposa dormia tranquilamente, com a cabeça em seu peito, seus lindos cabelos caiam seu corpo, um lençol branco jogado em suas costas, mas deixando quase toda a parte superior à mostra. Ele não conseguia para de olhar, era uma visão inebriante.

Suas pernas bem torneadas, estavam enroladas nas pernas dele, sua palma da mão repousava ao lado de seu rosto em cima do meu peito. Era uma sensação de paz e de amor; estar com aquela mulher, e tê-la em seus braços como agora, de forma tão entregue, tão inocente; ela dormia sobre ele, e ali depositava uma confiança, como se ela soubesse que ele faria, qualquer coisa para protegê-la. Sua esposa era um presente de deus.

Ela estava aninhada nele bem coladinha, parecia uma gatinha manhosa; Jack a envolveu com os braços e a puxou mais para perto, ouvindo seu pequeno gemido. Ele sabia que ela odiava acordar cedo, nesses poucos dias juntos, eles se conheceram e puderam ver seus gostos. Mas Elizabeth, não tinha um único defeito... Bem... Fora não ser uma pessoa madrugadora.

E Jack, sorrindo, tinha planos para ver sua esposa acordando de madrugada, e assim suas mãos começaram um passeio por suas costas, jogando aquele lençol. Ele esperava que ela acordasse rápido, porque aquela jogada não estava indo bem, e só de olhar para ela, e sentir o calor de suas costas nos seus dedos, estava fazendo seu autocontrole ser jogado longe.

"Ele estava ficando louco..."

Ela sorriu baixinho em seu peito; aquela danadinha, havia acordado e já havia percebido que seu marido, estava caindo em sua própria armadilha. E assim, com muito carinho, eles começaram o dia...

Jack estava sem forças, não tinha palavras para descrever o que acabava de acontecer ali naquela cama. 

"ESSA SUA ESPOSA, AINDA IRIA MATÁ-LO", pensou Jack; Ele segurou suas mãos, porque no exato momento, ele não conseguiria fazer nada, além disso, mas ele notou que ela também estava com o mesmo problema. Eles sorriram, sabendo o que o outro estava pensando. Foi intenso, foi maravilhoso; A cada dia, eles se completavam mais e mais.

Eles sabiam que o amor entre eles, era muito grande.

— Jack! Eu... é...

Jack, notando um tom de insegurança na voz de sua esposa, se alarmou. Em todo o tempo junto, ela nunca se mostrou insegura.

— Bella! Fala comigo meu amor. O que está te preocupando?

— E se Charles, estiver a minha espera quando voltarmos para nossa casa?

— Se Charles lá estiver, meu bem. Tenha certeza que eu cuidarei dele, eu vou te proteger e não vou permitir que ele te faça nenhum mal.

— E se meu pai... Ela engasgou.

Jack não gostava de ver sua esposa com medo.

Ela enfrentou pinkerson, teve armas em sua cabeça, e até entrou na mina de carvão, e agora ela está apavorada devido seu pai e Charles...

"Ele não gostava daquilo, não gostava de vê-la com medo."

— Amor, não vamos pegar problemas emprestado antes da hora. Se o seu pai aparecer, ele terá de conversar com seu marido; além disso, você ainda tem Bill, e novo guardião e pai adotivo.

— Jack? ... Eu posso te contar um segredo? Elizabeth sentou na cama, enrolou o lençol em seu corpo e olhando para baixo aguardou seu marido responder.

Seja o que for, Jack notou quer era algo, que a incomodava muito.

— Bella; você pode me falar qualquer coisa, eu sempre estarei aqui para você.

E assim, ela foi contando tudo, desde a amizade com Charles, que como eles sempre diziam, a amizade deles começou no berçário. Sobre seu pai e sua mãe, serem rigorosos e a vida toda restringir e escolher a dedos seus amigos e de suas irmãs. Ela contou sobre seus tios e seu primo Frankison.

— Jack, desde pequena, Frankison foi meu mundo. Ele era meu Herói, eu não sei te explicar o porquê disso, mas ele sempre foi a pessoa mais importante na minha vida. Talvez porque, nós dois nascemos no mesmo dia, na mesma hora, praticamente, e na mesma casa. Eu não sei explicar, mas sempre tivemos uma ligação tão grande. Quando eu fui crescendo, meu melhor presente era o mês da visita de tio Wynn, porque eu sabia que Frankison, estaria comigo... ele era algo... vou tentar te explicar Jack, mas a palavra certa para descrever é que eu o idolatrava. Eu tinha e tenho até hoje orgulho de cada conquista dele. Quando eu fiz onze anos, minha mãe brigou com tia Elizabeth. E assim contou sobre a irmã gêmea de Frankison, que havia morrido no parto quando eles nasceram e como foi a briga e o distanciamento de todos. Eu só estou te contando isso porque...

— Jack, você me deixaria continuar a ter contato com eles por cartas? E baixando a cabeça ela olhava para mãos tremulas.

Jack notou que ela, sofria com aquele distanciamento.

"Como seus pais, não notaram a falta que esse jovem e essa família, fazia na vida da sua Bella."

Era estranho, pensou Jack ...

"Em nenhum momento, sinto ciúmes desse rapaz, acho que até já gosto muito dele."

— Bella! O que mais eu quero na vida é te ver feliz. Eu faço questão que você tenha contato com eles, e quem sabe podemos visitá-los ou convidá-los a vim em Hope Valle, eu não sei como é o trabalho deles, mas talvez nas nossas férias, possamos ir vê-los e poderei conhecê-los.

— Jack, eles vão adorar e eu mais ainda. Ha... Eu não te contei uma coisa Jack; eles são mountie como você... E minha tia é professora, por isso eu quis seguir a profissão.

— E você é uma excelente professora, meu amor. Aqueles alunos te amam muito.

Ela sorriu, suas bochechas ficando vermelhas... mas foi interrompida por Jack:

— Bella, você está mudando de assunto, mas até agora não me explicou o porquê do seu medo de Charles.

— Eu não sei Jack, quando eu tinha quinze anos, no final da minha festa de debutante, ele me agarrou e me beijou a força; eu chorei muito, corri e a partir daí comecei a ter medo dele. Ele se desculpou, mas começou a ficar mais insistente e meus pais sempre lhe apoiaram com minhas irmãs.

— É que Jack... É que ele, quando me olha, em certos momentos, e dá arrepios, eu não sei o que é, mas eu tenho muito medo. E outra coisa...

Jack segurou suas mãos, e pediu para contar tudo. Ele estaria sempre com ela.

— O meu pai. Eu tenho medo dele. Algum tempo atrás, eu comecei a ver uns olhares estranho dele. Se não fosse meu pai, eu poderia falar que é um olhar de homem... do qual eu nem gosto de pensar sobre isso; e ele sempre que ele está com Charles, eles fazem planos, falam baixo e sempre me olham... é um olhar que me do pavor. E faz meu sangue gelar.

— Ninguém, mas ninguém, vai te provocar medo; eu estou agora ao seu lado, e não vou permitir que eles te façam nada.

Jack, em silêncio, guardou todas aquelas informações, havia algo errado ali e Bill precisava saber. Jack esperava estar errado, mas sentiu um arrepio em sua espinha.

O casamento  (  When Call The Heart)Onde histórias criam vida. Descubra agora