Living hell

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Desde que desligou a ligação com Alison, Alfonso está encucado com a forma fria e estranha que ela se referiu a Danna. Teve que insistir para que ela o ajudasse para que pudesse sair e ir até o apartamento de Anahí, essa era outra que também o deixou preocupado a com aquela estranha e inesperada ligação e mais ainda da maneira nervosa que falava. 

Assim que ouviu a campainha tocar, logo imaginou que fosse Alison quem estivesse do lado de fora, e se levantou devagar, com todo o cuidado do mundo para ir atender, mas isso aparentemente não foi o suficiente para não acordar Danna. 

Danna: Onde você vai? - O surpreendeu segurando sua mão e Alfonso recuou se sentando ao lado dela. - Você disse que ficaria comigo, filho. Eu não quero ficar sozinha. 

Alfonso: Você não vai ficar sozinha, mãe. - Beijou a mão dela. - Eu só vou descer e abrir a porta pra Alison. - Suspirou. - Anahí me ligou, eu preciso encontra-la mas não demoro a voltar, enquanto isso a Ali vai ficar com você. 

Danna: Não, não vá. - Pediu apressada o impedindo de levantar outra vez, o que deixou Alfonso intrigado. - Essa moça não quer nada com você meu filho, para de correr atrás dela. - O olhou e percebeu Alfonso de cenho franzido. - Ela não é mulher pra você, Poncho. Não é porque tem um filho juntos que precisam ficar assim. 

Alfonso: Ah não? - Questionou com ar de riso. - Quem a senhora julga que seria uma boa mulher pra mim?

Danna: Jennifer, por exemplo. - Afirmou segura e Alfonso revirou os olhos. - Filho, eu sei que essa moça passou por maus bocados, quase nos fer perder tudo, mas Jennifer sempre me pareceu a mulher mais indicada pra você. - Alfonso não aguentou e gargalhou, deixando Danna perplexa. - O que? Qual é a graça? Vocês se conhecem desde pequenos, cresceram juntos. Ela é fina e elegante, vocês tem a mesma classe social, o pai dela é um dos homens mais poderosos de Nova Iorque, e o mais importante disso tudo é que ela te ama de verdade, e já deixou isso claro pra mim muitas vezes. 

Alfonso: Eu prefiro pensar que a senhora está delirando por causa da quantidade de remédios que tomou. - Se levantou ao ouvir a campainha tocar mais uma vez. - Essa sua amizade com John Stones não está te fazendo bem, e eu já cansei de te alertar que ninguém ali vale nada. Está na hora de abrir esses olhos, mãe. 

Danna: Alfonso, volta aqui que eu não terminei! - O chamou e ele voltou rindo de nervoso, não podia ser real a insistência dela com aquele assunto, menos ainda a insistência em Jennifer. 

Alfonso: Mas eu já! - Parou próximo a ela. - Mãe, essa mulher quase destruiu a vida da pessoa que você gostando ou não, é a mulher que eu amo, que eu mais amo nesse mundo. Ela matou um filho nosso que não tinha culpa de nada, absolutamente nada. Me perseguiu, ameaçou o meu filho, seu neto que você tanto diz amar, quase acabou com o negócio da nossa família e você vem me dizer que ela me ama? E que é a melhor opção pra mim? O melhor partido? - Riu. - A senhora só pode estar muito fora de si, tão louca quanto a Jennifer pra achar que é isso que eu mereço pra minha vida. 

Sem dar tempo para que Danna tivesse reação, Alfonso desceu as escadas correndo aliviado por se livrar daquela conversa. Não entendia a insistência da mãe nesse assunto com Jennifer, era como se ela tivesse apagado tudo o que os aconteceu durante esses anos por causa dela. 

Sabia que há muitos anos Danna e John eram amigos e isso não agradava nem um pouco a Josh, tanto que ele desconfiava que o casamento dos dois começou a desandar depois dessa estranha e repentina amizade. 

As coisas na casa dos pais estavam estranhas até demais, se questionou assim que recebeu o telefonema de sua mãe onde é que Josh estava, e porque não estava ali ao lado dela quando teve o pico de pressão. Tentou ligar pro pai após ela dar a desculpa de que ele tinha viajado a trabalho, mas ele nem sequer atendeu, e teve certeza de que tinha algo errado quando abriu a porta e foi atacado por Alison. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora