Capítulo 32 - In the same currency

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Anahí acordou na manhã seguinte com um lindo sorriso nos lábios ao sentir a mão do filho sobre ela. Cuidadosamente ergueu o bracinho dele se virando e roçando seu nariz no dele, que ainda dormia tranquilamente. 

Anahí: Bom dia meu amor. - Sussurrou vendo-o se virar. - Está na hora de acordar. 

Samuel: Me deixa dormir mais um pouquinho, mãe. - Murmurou sem abrir os olhos. - O sol ainda nem apareceu. 

Anahí: Apareceu sim, seu dorminhoco. - Riu antes de beijar as bochechas rosadas dele e se levantar, deixando-o dormir um pouco mais. 

Se arrastou, ainda tomada pela preguiça até o banheiro de sua suíte, fazendo sua higiene matinal e colocando uma roupa confortável para ficar naquele sábado ensolarado em casa, apenas curtindo a presença do filho. 

Foi até a cozinha para preparar o café da manhã deles, havia dispensado seus funcionários, então precisaria cuidar de tudo naquele fim de semana.

Ouviu um barulho que vinha da sua área externa, e justamente pelo fato de ter dispensado a todos estranhou aquilo. Foi a passos silenciosos até lá, com medo do que quer que pudesse encontrar ali, e de certa forma se surpreendeu com o que encontrou. 

A boca entreabriu, completamente fascinada com o que via. Alfonso corria na esteira da pequena academia que tinha ali, estava sem camisa e tinha o peito coberto de suor. Ela não pode deixar de notar o quão definido aquele abdomen era. Nada fora do normal, nada de muito musculoso, e nada igual ao que ela já havia visto antes. 

Ele já não tinha mais o bigode, na verdade não havia mais barba nenhuma ali. Agora sim Anahí tinha que reconhecer que ele havia ficado anos mais novo com aquela aparência. 

Acompanhou por minutos em silencio aquele espetáculo particular que acontecia ali, em sua academia, dentro de seu apartamento. 

Alfonso diminuiu o ritmo da esteira, de forma que pudesse caminhar tranquilo. Pegou a garrafa de água que tinha levado, esguichando sobre sua boca, rosto e peito. Estava um calor infernal naquela cidade, e ele definitivamente não estava acostumado com aquilo. 

Ao ver a água escorrendo pelo corpo dele, um gemido escapuliu pela boca de Anahí, que logo a cobriu com a mão, se recriminando por gostar do que via. Ao virar as costas para fugir dali sem ser vista por ele, acabou se chocando com a porta de vidro, chamando a atenção dele, que desligou o aparelho, encerrando seus exercícios. 

Alfonso: Oi Any, bom dia. - Caminhou até ela, ofegante. - Espero que não se importe por ter usado a sua academia, não consegui dormir direito, essa cidade é muito quente. 

Secou o rosto e o pescoço com a toalha, sendo atentamente acompanhado pelo olhar de Anahí, que tinha a boca entreaberta. Ele sorriu satisfeito pelo efeito que estava causando nela, e decidiu continuar com a provocação, jogou mais água em seu rosto, balançando sensualmente a cabeça, afim de se livrar do excesso de água no cabelo. Anahí engoliu em seco, acompanhando uma gota que descia lentamente pelo pescoço dele, morrendo nos pelos de seu peito. 

Maldito. Ele havia conseguido tira-la completamente dos eixos. 

Alfonso: Está calor demais. - Disse com um sorriso malicioso nos lábios. - Você não acha? - Encarou Anahí que ainda tentava emitir algum som de sua boca, mas não conseguia. - O que foi, anjo? - Deu um passo em direção a ela, ao ver o quanto estava mexida. - O gato comeu a sua língua? 

Anahí o encarou incrédula. A petulância dele era inacreditável. Como ousava estar daquela forma na casa dela? Como ousava falar daquela forma com ela? Como ele ousava desfilar com aquele corpo a mostra daquele jeito... 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora