In a thousand pieces

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- Para, para, para, para o carro! - Pediu assim que começou a andar e Alfonso puxou o freio de mão assustado - Merda. - Abriu a porta saltando pra fora e ele fez o mesmo preocupado. 

Alfonso: Ei, o que houve? - Parou atrás dela que apoiou na parte de trás do carro - Ah! - Exclamou assim que ela se inclinou e vomitou.

Anahí: O que hou... - Se inclinou outra vez e Alfonso deu a volta para pegar um rolo de papel que tinha no porta luvas do carro - O que aconteceu foram aqueles seus chocolates... - Cobriu a boca com a mão se inclinando outra vez - Céus, não passa! 

Alfonso: Calma - Parou atrás dela segurando seus cabelos - Respira amor, com calma - Sorriu tranquilo enquanto uma mão a apoiava e Anahí puxava o ar lentamente - Quer um pouco de água? - Ela negou limpando a boca - Já passou?

Anahí: Está passando - Encostou a cabeça no ombro dele, que ainda abanava o rosto dela - Está passando - Repetiu puxando o ar.

Alfonso: Vem aqui, se sente um pouco - A puxou para se sentar no banco e se abaixou na frente dela - Isso já aconteceu antes? - Ela assentiu voltando aos poucos a corar o rosto que estava pálido - Ok, o que precisamos fazer? 

Anahí: Parar de me empanturrar com açúcar - Alfonso riu e ela se inclinou apoiando a cabeça em seu ombro - Sério amor, você não pode me dar tudo o que peço, nem tudo faz bem. As vezes precisa me dizer não. 

Alfonso: Mas se eu nego você fica brava comigo - Beijou os cabelos dela e Anahí riu assentindo - Mas tentarei ser mais firme. Como se sente agora? 

Anahí: Esse é o meu papel, ficar brava com você o tempo todo mesmo sem ter motivos - Se afastou sorrindo - E eu estou bem, não se preocupe. 

Alfonso: Como não vou me preocupar? - Riu subindo e descendo as mãos nas costas dela - Eu sempre vou me preocupar, não tem como, eu... - Suspirou frustrado passando as mãos pelos cabelos - Nunca passei por isso antes e não sei como agir. Fico perdido. 

Anahí: Fique tranquilo, estamos aprendendo juntos - Sorriu tranquila - É uma experiência nova pra nós dois. - Se levantou apoiada nele e pegou sua bolsa dentro do carro - Já estou melhor, vamos? 

Alfonso: Vamos - Concordou dando a volta no carro quando ela fechou a porta ficando em pé do lado de fora com a bolsa no ombro - Mas o que...? - Abriu a porta e saiu do carro novamente - O que está fazendo? 

Anahí: Te esperando pra ir embora - Disse óbvia. 

Alfonso: Estou fazendo a mesma coisa - Bateu em cima do carro - Vamos? 

Anahí: Eu não vou entrar nessa coisa - Ele a olhou confuso - Eu estou enjoada, vou fazer uma caminhada.

Alfonso: Até onde? - Fechou a porta novamente indo até ela - Anjo, nós moramos longe demais e você está com esses saltos - Apontou para os pés dela - Onde espera chegar usando isso? 

Anahí: Eu me viro, mas não vou entrar nessa lata com um homem que dirige feito um louco e que não freia em uma lombada - Pontuou levantando a mão - Não, muito obrigada. Não vou andar nessa montanha russa com você. Ah, e nós não moramos longe, pare de ser exagerado.

Alfonso: Mas... o que eu vou fazer com o carro? - Apontou com o polegar para o carro atrás dele - Não dá pra deixa-lo aqui. - Ela revirou os olhos. 

Anahí: Então vá embora com ele e eu vou andando - Ele fez uma careta - Eu já disse que não sou nenhuma inválida, posso muito bem caminhar até em casa. 

Alfonso: Mas não... Você andando gravida por ai e sozinha uma hora dessas em uma cidade como Nova Iorque, Anahí? Acha mesmo que isso é possível? 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora