The last chance

I won't fall anymore

Anahí voltou para sua sala aliviada, tinha dentro de si a certeza que havia feito a escolha certa em tentar, em abrir mão de sua segurança e pela primeira vez em tempos se arriscar outra vez por algo que ela realmente acreditava que valia a pena. 

Havia esquecido completamente a presença de Nate na sua sala, e quando chegou lá ele não tinha a melhor das caras para ela. 

Nate: Porra, que demora! - Bufou se levantando irritado. - Você foi atrás dele, não é mesmo? - Cruzou os braços encarando-a, e ela apenas franziu o cenho sem entender o porque daquela postura dele. - Anda, Anahí! Me responda! 

Anahí deu a volta em sua mesa de forma tranquila e se sentou, apoiando as mãos sobre a mesma, devolvendo o olhar. 

Anahí: Não que seja da sua conta, mas sim, eu fui. - Sorriu ao se lembrar. - E abaixe o tom, eu não sou seu cachorro pra achar que pode gritar comigo quando bem entender. Alias, eu não sou mais nada sua, Nate!

Nate: Ah mas eu devia ter imaginado! - Bateu as mãos nervoso sobre a mesa onde estava apoiado. - É por isso que você não me quer por perto, não é mesmo Anahí? É por causa dele que recusou o meu pedido de casamento! Foi por ele que você terminou comigo! - Levou as mãos aos cabelos, desacreditado e Anahí o olhava totalmente confusa. - Me diz só mais uma coisa... - Se aproximou dela, parando a centímetros. - Você já deu pra ele? 

Ela arqueou as sobrancelhas totalmente incrédula, mal podia acreditar nas palavras que ouvia sair da boca dele.

E foi ai que se deu conta, que ele apenas havia aceitado a sua amizade para estar próximo dela outra vez, e aos poucos ir tentando reconquistar espaço em sua vida, mesmo ela tendo deixado claro que nunca mais haveria nada entre os dois. Não poderia deixar que ele se iludisse daquela forma, se importava bastante com ele para deixar com que ele se magoasse por causa dela.

Mas naquele momento tudo o que ela conseguia pensar era na forma que ele estava tentando invadir a sua privacidade. Por mais que fosse seu amigo, ele não tinha direito algum de cobrar algo dela, menos ainda de falar da forma que estava falando, como se fosse uma propriedade sua, coisa que nunca fora. 

Anahí: Mas que merda é essa? - Bufou igualmente irritada, batendo as mãos na mesa e se levantando. - Você está pensando que é quem pra falar dessa forma comigo? Se coloque no seu lugar, Nate! Eu não te devo satisfações nenhuma da minha vida! - O empurrou de sua frente, pronta pra sair de sua sala, mas a mão dele firme em seu braço a impediu. 

Ela intercalava o olhar furiosa entre a mão dele apertando seu braço, e seus olhos. E momento algum se intimidou, pelo contrário. Com toda classe se desvencilhou dele, apontando friamente o dedo em sua cara, repelindo sua atitude. 

Anahí: Olha aqui! Presta atenção em mim: Nunca, NUNCA MAIS volte a me tocar, está me entendendo? - Pediu com uma frieza que o fez recuar, já arrependido passando as mãos pelos cabelos, atordoado. - Nunca mais! Não me procura mais, esquece que eu existo, Nate! Nem a sua amizade eu quero mais! 

Nate: Any, me perdoa... 

Anahí: O que? - Riu incrédula cobrindo a boca com a mão. - Te perdoar né, Nate? Te perdoar para a próxima vez agir da mesma forma? Como sempre fez! Ah, me poupe e se poupe disso tudo! - Abriu a porta de sua sala, apontando a saída pra ele. - Ande, saia daqui! 

Nate: Any, me escuta! - Pediu desesperado. - Eu não queria... Eu não queria fazer isso com você, por favor, me perdoa. - Abaixou a cabeça e Anahí suspirou o encarando. - Eu não aguentei a ideia de outro homem te tocando quando um dia fui eu... eu que a tinha em meus braços, Any! - Disse desgostoso. - Eu ainda não aceitei a ideia de te perder pra sempre, Any. Por favor, por favor me perdoe. Eu juro que nunca mais vai voltar a acontecer.