Capítulo 01 - Unrequited love - Primeira fase

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O relógio de Anahí despertou novamente no mesmo horário de sempre, fazendo a mesma saltar rapidamente sobre a cama e correr pra se aprontar para o colégio. 

Após tomar o seu banho e escovar os dentes, ela correu para o lado de sua irmã caçula, a chamando para que fizesse o mesmo antes que perdessem a hora do ônibus. 

Anahí: Ei, preguiçosa. - Soprou contra o rosto de Amy. - Levante, está na hora de se arrumar. 

Amy: Não, mãe. - Resmungou sonolenta puxando a coberta e virando para o outro lado, fazendo Anahí rir. - Me deixa dormir mais um pouquinho. - Anahí se levantou em um suspiro, puxando com tudo a coberta de cima dela, fazendo Amy despertar irritada, como todos os dias. - Mas você é chata mesmo, hein Anahí? Poxa vida! - Levantou a contragosto, se arrastando até o banheiro.

Enquanto Amy se aprontava, Anahí desceu rapidamente as escadas, seu pai estava sentado na ponta da mesa com um jornal em mãos, tomando o seu café. 

Daniel: Bom dia, filha. - Ergueu os olhos sobre o jornal, sorrindo para ela. - Pontual como sempre. Já chamou a sua irmã? 

Anahí: Sim, ela está no banho. - Cruzou as mãos atrás do seu corpo, o balançando de um lado para o outro, o jeito que ela ficava quando queria lhe pedir algo, Daniel já conhecia aquele jeito dela muito bem. - Pai, o senhor está muito ocupado? 

Daniel: O que quer? - A olhou sorridente, dobrando o jornal, o colocando sobre a mesa. 

Anahí: Queria pedir a permissão do senhor, a minha turma vai fazer uma viagem para a feira de ciências e eu gostaria muito de ir com eles. 

Daniel: Filha. - Suspirou pesadamente. - Sabe que não temos condições de bancar essas viagens do colégio, eu sinto muito...  

Anahí: Essa não será cobrada, pai. - Sorriu esperançosa para ele. - O colégio irá cobrir os custos. 

Daniel a olhou receoso, desconfiado. Nada naquele colégio era de graça. Mas não tinha motivos para desconfiar de sua filha, ela sempre lhe falara a verdade. 

Daniel: Sendo assim, eu autorizo. - Ela saltitou, sorridente e pulou no pescoço do pai que a recebeu carinhoso. 

Anahí: Obrigada, pai! - Beijou desajeitadamente a sua bochecha. - Eu te amo! 

Daniel: Eu também amo você, filha. - Sorriu carinhoso pra ela que se sentou ao seu lado. 

Amy: Quanta animação pra uma terça de manhã. - Revirou os olhos se jogando na cadeira ao lado de Anahí. 

Daniel: Cadê meu bom dia? - Cobrou e ela bufou se levantando e indo até ele. 

Amy: Bom dia, papai. - Beijou seu rosto e voltou para o seu lugar. 

Todas as manhãs eram assim, regadas a amor do pai com as filhas mais novas, já que Liam e Laura faziam cursinho no período da noite, acordavam um pouco mais tarde, quando o pai já tinha saído para trabalhar. 

Charlotte acordava ainda mais cedo que eles, pois cruzava toda a cidade de metro para chegar no escritório em que trabalhava, e raramente partilhava a mesa de café com eles. 

Após fazer o desjejum, Any e Amy foram até o ponto de ônibus enquanto Daniel seguiu para seu trabalho. 

No caminho, como sempre Amy ia resmungando sobre o quanto odiava acordar cedo e ir para o colégio, enquanto Any apenas ria de seu mau humor matinal, já estava acostumada com o jeito da irmã. 

Amy: Eu não vou voltar pra casa com você hoje, tá Any? - Olha a irmã ressabiada. - Tenho um trabalho em grupo pra fazer, vou ficar um tempo a mais na escola. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora