And keeps going...

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Assim que saiu da casa de seus pais, ainda não eram nem dez da noite e Alfonso já não sabia exatamente para onde ir, só sabia que não queria terminar aquela noite sozinho como estava. 

Não estava falando de companhia feminina, se bem que ter alguma não seria má ideia, já que as chances com Anahí estavam se minando cada vez mais, e por mais que a ame, não passará o resto da vida sozinho. 

Mas não era isso que o procurava agora. 

Mais cedo quando falou com Dulce, ela estava em Louisville visitando a família, e assim poucas opções o restaram. Théo não falava com ele desde que Maite o deixou, Christopher tentaria o arrastar para alguma balada, alegando que seu problema era falta de mulher e que uma boa transa resolveria tudo. 

Suspirou olhando para sua agenda. Quando sua vida tinha se tornado tão vazia assim? 

Tomou coragem ligando para uma das poucas pessoas que hoje em dia ele poderia contar. 

Alfonso: Oi, sou eu... Alfonso. - Encostou a cabeça no vidro do carro. - Será que pode me encontrar no 169 bar? - Forçou um sorriso com a resposta. - Ok, eu te espero

Não demorou muito para que ele visse um táxi parando em frente ao bar mencionado. Alfonso ainda aguardava do lado de fora, não queria estar bêbado para quando Ethan chegasse. O que ele queria era uma boa conversa com aquele que vinha se tornando seu único amigo. 

Após se cumprimentarem e Ethan constatar que Alfonso estava tão mal quanto ele imaginava, sentaram em uma mesa próximo a saída para o banheiro, o lugar era um pouco mais discreto e eles ali não chamariam tanta atenção. 

Ethan apenas ouviu tudo o que Alfonso queria colocar pra fora, e como sempre nada naquele assunto o surpreendeu. Nada era uma novidade, e aquela conversa já estava o deixando cansado. Mas cansado no sentido de conhecer perfeitamente bem tudo o que estava causando aquilo e não conseguir dar um basta como tanto queria, cansado de o ver sofrendo e não poder ajudar. 

Estava cansado de dizer que era só uma fase e que tudo iria melhorar, a verdade é que agora ele também custava a acreditar naquilo. Parecia que não importava o que ele fizesse, o tanto que lutasse ou resistisse, Jennifer sempre venceria no final. 

Ethan: Eu entendo. - Levou um amendoim na boca encarando Alfonso. - E por mais que eu queira ir contra seu pai, no momento todas as provas apontam pra você cara, não tem como ir contra isso. Claro que ele devia confiar em você, mas as vezes não é tão fácil quanto parece, afinal, foram milhões perdidos, e tudo isso pertencia a ele. Ele é a principal vitima nisso tudo. 

Alfonso: Eu sei, eu só... - Suspirou frustrado. - Queria sentir que tem mais alguém do meu lado nessa história. 

- Mas eu estou do seu lado. - Aquela voz inesperada o fez sobressaltar e virar-se de pressa. - Eu já cometi muito erros te julgando e te deixando sempre levar a bronca no meu lugar, mas não farei isso dessa vez, irmão. - Sorriu carinhosa pra ele, se curvou o abraçando pelo pescoço e apoiando a cabeça no ombro dele. - Oi Ethan. - Ele a cumprimentou com um aceno de cabeça.

Alfonso: Ali. - Segurou o braço dela que estava sobre seu pescoço. - Obrigado por tudo o que fez por mim, é muito importante saber que está ao meu lado. - Beijou a bochecha dela. - Como me achou aqui? 

Alison: Ethan me disse. - Sorriu para o irmão e se sentou na cadeira vazia ao lado deles. - Então, qual é o plano? - Perguntou animada intercalando o olhar entre os dois irmãos. 

Alfonso: Plano pra que?  - Arqueou as sobrancelhas. 

Alison: Como pra que, Alfonso? Pra pegar aquela cadela desgraçada. - Levantou a mão chamando o garçom. - Vê um desse aqui pra mim também por favor? - Pediu gentil. - Obrigada. - Se virou pra mesa espalmando as mãos. - Pra pegar aquela cadela desgraçada, Alfonso! - Ele riu. - Ninguém mexe com o meu irmão e sai impune não meu filho. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora