The end point

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Maite chegou pontualmente as 08:00 horas no The River, e gostaria muito de entender o porque Anahí marcou em um restaurante tão romântico assim para um simples pedido de desculpas, que na verdade nem precisava ser feito. Ela reconhecia que tinha perdido a cabeça a toa e explodido por nada com Anahí, o que a frustrava era algo interno e não tinha porque ter descontado na amiga daquela maneira. Por isso no caminho pra cá passou em mente todo um discurso para fazer as pazes com ela e esperava de verdade que não houvesse mal entendido entre elas por causa disso. 

Se surpreendeu quando anunciou ao maître do restaurante a reserva feita no nome da amiga e ele a guiou até uma mesa bem próxima a janela que a dava uma vista plena do rio Hudson que ficava ainda mais lindo sobre as luzes da cidade, mas algo a chamou a atenção: a mesa não estava vazia e não era Anahí quem estava lá. 

Maite: O que você está fazendo aqui? - A pergunta saiu em um tom mais alto do que gostaria ao ver Mane sentado onde provavelmente deveria ser Anahí e ele a olhou com a mesma cara de surpresa - Não me faça essa cara! - Revirou os olhos - Tenho certeza de que tem dedo seu nisso aqui! 

Mane: Eu? - Apontou para si mesmo - Por que eu? Claro que não fui eu! - Se levantou da mesa - Isso pode muito bem ter sido armação sua com a Anahí! 

Maite: Ah mas você só pode estar muito louco! - Debochou com um riso sem humor - Tudo o que eu mais quero nessa vida é ficar longe de você, não cometeria uma insanidade dessas! 

Mane: Não é o que parece. - Respondeu tranquilo - Você me parece perfeitamente capaz de fazer algo desse tipo. - Cruzou os braços seguro - E eu acho que estava louca pra me ver e armou esse circo todo - Debochou - Na verdade eu tenho certeza disso.

Maite: Mas o que... 

- Com licença - Interrompeu a discussão dos dois colocando sobre a mesa um balde com um espumante e duas taças com um pequeno envelope do lado - Fiquem a vontade. 

Maite: Espera só um minuto - Pediu ao garçom tirando o papel dobrado de dentro do envelope. 

Ela já esperava o que encontraria ali, soube assim que viu Mane que aquilo era armação de Anahí e só estava esperando por aquele bilhete onde ela dizia "não sejam teimosos, e aproveitem muito" o que fez Maite revirar os olhos fingindo ânsia. Mas o que a fez rir abertamente foi a frase grifada no final da carta: "é por minha conta". Se Anahí queria aprontar com Maite, ela no mínimo aproveitaria... 

Maite: Hum... - Pegou a garrafa de espumante na mão - É uma Krug Clos d'Ambonnay. - Fez um biquinho e Mane que a observava atentamente riu - A conta está aberta? - Perguntou ao garçom que assentiu - Ótimo, por favor, traz mais uma dessa. - Pediu vendo Mane arregalar os olhos - O que? A Anahí aprontou com a gente, o mínimo que podemos fazer agora é retribuir o favor. - Sorriu finalmente se sentando de frente pra ele - Cara, eu adoro esse lugar, eu amo essa vista. - Comentou olhando pela janela já sem o tom agressivo de antes. 

Mane: Você é maluca ou o que? - A encarava ainda atordoado - Você estava a ponto de me matar, o que te fez mudar de humor assim tão rapidamente? 

Maite: Cara, o óbvio. - Apontou para a garrafa de espumante sobre a mesa - Ela pediu pra que aproveitássemos, não foi? - Mane ergueu os ombros e ela empurrou o bilhete de Anahí sobre a mesa. 

Mane: Que sem vergonha. - Murmurou com um sorriso lendo atentamente o bilhete - Tá, e agora? - Levantou os olhos encarando Maite. 

Maite: E agora nós vamos fazer o que ela sugeriu, simples. - Deu de ombros bebericando de sua taça - Hum, esse espumante é uma delicia. - Degustou - Prove meu bem, tenho certeza que vai gostar. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora