The great opportunity

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Nos dias que se seguiram, Alfonso tratou de manter Ethan bem ocupado em sua sala, certificando de que ele só saísse dali para almoçar ou no horário de ir embora. Não houve visitas de Anahí, e ele tampouco conseguiu ir com a frequência que gostaria até a sala dela, devida a grande demanda de projetos que estavam recebendo, aquela empresa estava completamente de pernas para o ar, e precisava dos dois mais focados do que nunca no que faziam. Por isso, todas as vezes que chegava até a mesa da secretária dela, era barrado e ele bem entendia, devia estar tão sobrecarregada quanto ele, por isso acabou deixando pra lá.

No meio da semana precisou ir até Boston para fechar o novo convenio com a empresa parceira de lá, e apesar de estar soterrado de trabalho, Josh não encontrou outro alguém melhor e mais confiável para trazer a empresa ótimos resultados.

Era uma viagem rápida, precisava apenas participar daquela reunião e fechar um novo acordo, mas ele não queria fazer aquilo sem antes encontrar com Anahí, e ver com os próprios olhos que estava tudo bem, pois tantas desculpas já estava começando a preocupa-lo.

Ele a sentia distante, mal respondia as mensagens dele, e quando tentava ligar a desculpa era sempre a mesma de que estava cansada demais e sobrecarregada de trabalho pra conseguir qualquer tempo que fosse para os dois. 

Algo estava errado ali, agora ele tinha certeza. Mas resolveu dar a ela seu espaço para que ela mesma se entendesse. Ele tinha colocado todas suas cartas na mesa, expondo todos seus sentimentos a ela, e não podia e nem queria forçar mais nada. 

Só que naquele momento ele precisava se despedir, e por isso a procurou. 

Sua secretária agora não estava atrás de sua mesa como um cão de guarda, pronta para impedi-lo de entrar sem ser anunciado como fez nos outros dias, sempre alegando que Anahí estava em uma reunião ou em algum outro compromisso fora da empresa. 

Hoje o caminho estava livre, e ele trataria de descobrir que raios estava acontecendo com ela, olhando em seus olhos. 

Mas ao abrir a porta logo se arrependeu daquele ato. Ela estava sentada sobre a sua mesa, de frente para Nate e sorria da forma que ele jurava que poderia matar qualquer um que olhasse demais para aquele sorriso de tão lindo que era. 

Ao vê-lo parado em sua porta, Anahí sentiu todo o seu corpo arrepiar em resposta. Estava sim fugindo dele, completamente confusa e insegura. Freava toda tentativa de aproximação dele, e até pediu para que sua secretária mentisse para que ele não fosse até a sua sala lhe procurar, mas ali estava ele agora. 

Ela havia recebido um telefonema de Nate naquela manhã, pedindo para conversar e dizendo que era muito importante. Ela pensou em mil e uma formas de negar, mas a verdade é que não podia fazer aquilo, ela devia a sua amizade a ele, como prometeu e não podia agora simplesmente recusa-la. 

Ao ver a cara de decepção de Alfonso olhando para ela e Nate, era como se seu coração estivesse sendo esmagado, ela engoliu a seco o nó que se formou em sua garganta, tentando procurar palavras para explicar que aquilo que ele via, definitivamente não era nada do que ele estava pensando. 

Anahí: Poncho... - Saiu como um murmúrio e Nate se virou, sorrindo ao vê-lo estancado na porta, surpresa por vê-lo ali com ela. - O que...? - Suspirou fechando os olhos com força. - O que faz aqui? - Logo se recriminou por aquela pergunta idiota.  

Alfonso: Nada Any. - Disse com a voz carregada de mágoa e ela sentiu aquilo como um corte em sua garganta, de tanto que lhe doeu. - Me desculpa atrapalhar. 

Logo fechou a porta se recriminando por ser tão idiota e ainda ir atrás dela, quando claramente ela estava arrependida e tentando de toda forma afasta-lo. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora