Brothers at the bar

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Alfonso saiu transtornado do apartamento de Anahí sem saber ao certo para onde ir. Estava em frangalhos, devastado e se sentia um nada por tudo o que permitiu acontecer. Ele teve a chance de fazer diferente mas não o fez, e apenas ele era o culpado por tudo aquilo.

Culpa. 

Era tudo o que ele tinha dentro de si e aquilo parecia agora triplicar.

Mas já estava cansado de sentir culpa, estava cansado de se sentir pra baixo. Ele não queria mais se sentir pouco, ele precisava ser mais. Mais do que a sombra de um homem, mais do que uma pessoa que vivia se penalizando, se castigando por não se sentir digno. Ele era mais do que um pobre coitado. Ele precisava ser mais, e assim faria. 

Aquele era o primeiro dia, onde ele daria o primeiro passo para o que ele queria ser o resto de sua vida, e começaria a sua real batalha. Ele falara sério: não desistiria de Anahí e se tornaria um homem melhor para merece-la, porque por mais que ele fosse digno de ter uma boa vida e não viver sentindo toda essa culpa, ainda não era bom o suficiente pra ela, e ele estava dando ali o primeiro passo. 

Reconhecendo isso.

O endereço que ele ia era um tanto conhecido apesar de não muito frequentado nos últimos tempos, e era também o lugar que ele desejara nunca mais ter que frequentar. 

Tocava freneticamente a campainha, estava louco para que ela saísse e enfim pudesse terminar com tudo aquilo.

- O que faz aqui rapaz? - Perguntou grosseiramente a Alfonso. 

Alfonso: Cadê ela? - Olhou para dentro da casa. - Cadê Jennifer? 

John: Não está. - Mentiu cruzando os braços. - O que quer aqui? 

Alfonso: Não está? - Forçou passagem, entrando na casa. - Vamos ver se ela não está! - Subiu correndo as escadas aos gritos, chamando por ela, abrindo porta por porta. 

John: Volte aqui, Alfonso! Você não está na sua casa! - Grunhiu e Alfonso o ignorou. - Moleque sem educação.

Ele pouco se importava com os berros que John dava no andar debaixo, estava louco para encontra-la e acabar com o martírio que ela havia criado em sua vida. Não permitiria que ela continuasse brincando como bem quisesse com ele. E sabia que de certa forma, ela havia o controlado outra vez, forçando o fim com Anahí. 

Na última porta próximo ao fim do corredor ele a encontrou. Estava deitada na cama com os fones de ouvido folheando uma revista como se fosse a dona do mundo e nada mais importasse. E era bem assim que estava se sentindo depois de atingir em cheio a Liam na noite anterior. 

Sabia que quando ele a dispensou nessa manhã, iria atrás da irmã e tiraria toda aquela história a limpo, ela só não sabia o tamanho do estrago que havia causado.

Mas estava prestes a descobrir. 

Sem nenhuma gentileza, Alfonso entrou em seu quarto a pegando pelo braço e a colocando de pé na frente dele, completamente tomado pela fúria. Ela se assustou ao vê-lo ali, havia sido mais rápido do que ela esperava. 

Ele finalmente tinha a procurado.

Jennifer: Poncho, meu amor. - Passou os braços cínica pelo pescoço dele que os tirou bruscamente, se sentindo enojado. - O que foi?

Alfonso: Não toque em mim. - Tirou o cartão do convite do bolso jogando na direção dela. - Escuta bem: eu não gosto de você, eu não quero te ter por perto, você só me trás coisas ruins e eu estou de saco cheio de você! - Esbravejou a jogando de volta em sua cama. - Eu não sou seu amor, Jennifer! E você não é nada minha! Eu te quero bem longe da minha vida e se voltar a aparecer eu juro que acabo com você! 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora