The last chance

Don't be a coward again

Anahí bem que tentou dar conta de Alfonso sozinha, mas devido ao fato dele ter apagado no carro enquanto voltavam para o seu apartamento complicou ainda mais o seu serviço. 

Por isso precisou da ajuda de Hugh, o porteiro de seu prédio para carrega-lo até seu apartamento. Apesar de não o conhecer bem por estar morando ali há menos de uma semana, não tinha algo diferente que pudesse ser feito naquele momento, e ela teve que confiar. 

Ele o deixou deitado em sua cama, e Anahí agradeceu antes de leva-lo novamente até a porta. Ela bem que pensou em pedir para que o colocasse no quarto do filho ou até mesmo no sofá, mas desconsiderou aquela ideia e nem mesmo ela sabia o porque.

Só que agora ela estava ali, encostada no batente da porta do seu quarto olhando Alfonso jogado em sua cama, completamente apagado. Sabia que o ideal era arrasta-lo para um banho frio, e ainda o esfregar bem para tirar dele toda e qualquer marca de Jennifer, mas infelizmente aquilo não era possível, ela não tinha força para tal ato. 

Foi ai que então decidiu apenas tirar a roupa dele e deixa-lo dormir de cueca, e pela manhã ele faria o que bem entendesse. 

Assim que o ajeitou na cama, perdeu longos minutos o observando, correu os dedos pelo abdomen dele, se lembrando de tudo o que passaram juntos, de todos os momentos que teve com ele, que n]ao foram muitos, mas sempre foram muito intensos. Lembrou-se também de todas as vezes que transaram. Como tudo foi acelerado desde o inicio. 

Se lembrou de como apesar de tímida, nunca teve medo. Tanto que se entregou a ele pela primeira vez sem um pingo de receio ou reserva. Ela apenas fez o que teve vontade, e ao contrário do que contou pra todos durante muito tempo, ela nunca se arrependeu daquilo. 

Porque além do fato daquele dia ter dado a ela seu filho, tinha sido com ele. E por mais que negasse, sabia que ninguém poderia ser melhor. Ela nunca desejou outro alguém para pai de seu filho, como desejou que ele fosse, mesmo que no início ele não compartilhasse do mesmo desejo.

E agora ele estava ali, sendo o pai de Samu, o amando, e querendo dar a ela tudo o que um dia deixou faltar, e porque raios ela não aceitou? Porque raios está demorando tanto para aceita-lo outra vez em sua vida? Não fazia mais sentido tanta rejeição, ela sabia. 

Por isso a decisão estava tomada, e assim que ele despertasse, seria a vez dela de engolir o seu orgulho e tentar. 

Anahí: Maldito! - Sussurrou com um sorriso nos lábios. - Parece que você me pegou de jeito.

Encostou a cabeça no peito dele, como um dia há anos atrás já esteve, e sentindo seu cheiro, com a sua pele em contato com a dele, ouvindo seu coração batendo dentro do peito, se permitiu descansar, ansiosa para resolver tudo na manhã seguinte. 

Alfonso ao despertar e abrir os olhos, sentiu como se a cabeça estivesse fora do lugar e o corpo tivesse tido esmagado de tanto que doía. Fechou e apertou os olhos, esperando que aquela sensação ruim passasse, mas não aconteceu. Massageou as têmporas antes de abrir os olhos outra vez, e via tudo embaçado, mas ainda assim tinha certeza de que aquele não era o seu quarto. 

Não era o seu quarto. 

Levantou com um sobressalto, assustado e olhou em volta, não reconheceu o lugar. Tentou forçar a memória e recordar o que aconteceu ontem naquela boate e onde ele poderia estar. Sentiu uma presença ao seu lado no colchão. Ela estava de costas para ele com uma camisola de cetim preta, o tecido havia subido deixando parte da sua bunda aparente, e ele logo desviou os olhos dali. Os cabelos loiros caindo sobre as costas, mas não conseguiu reconhece-la. Fechou os olhos com força, se recriminando. Pois não importa em que cama ele estivesse, ele não estava onde queria estar, ao lado dela.