Epílogo

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Dois anos depois... 


- Tem sido uma vida boa, afinal - Cruzou os dedos atrás da cabeça sentada no divã, era mais uma de suas consultas com sua terapeuta, algo que vinha se tornando frequente para Anahí mas era a primeira vez que entravam no assunto casamento e filhos - Alfonso é ótimo com Clara, Gabriel e Samuel, os três são loucos por ele - Sorriu se lembrando - Assim como eu. 

- Certo - Disse interessada observando atentamente Anahí - Me conte mais sobre seus filhos - Pediu apanhando seu bloco de anotações e uma caneta, e Anahí deixou com que a mente viajasse - Como tem sido a convivência deles com seu marido? Como é a ligação de Alfonso com eles desde a sua gestação?


Flashback. 

Era mais um dia de chuva intensa em Nova Iorque, Anahí novamente traçava a rota que precisaria fazer até chegar ao hospital. A bolsa tinha acabado de estourar, e ela ainda podia sentir a calça úmida, mas não conseguiria troca-la agora. 

Anahí: Pra que tem uma merda de celular se não atende? - Arremessou o celular conta o sofá, se curvando sobre ele devido a dor - Respira, Anahí - Se obrigou a lembrar, mas era impossível em meio a tanta dor, e isso a fez soltar um grunhido. 

- Mãe, meu pai não atendeu - Veio correndo do quarto com a bolsa dela em mãos - Mas falei com a tia Maite e ela já está chegando - Anahí gritou mais uma vez o assustando - Está doendo tanto assim? 

Anahí: Não Samuel - Se contorceu novamente, soltando outro grunhido - Eu estou aqui gemendo feito um pombo por pura diversão - Pegou o celular da mão dele - Ache o asno do seu pai! - Pediu empurrando o aparelho contra o peito dele - Não dá mais pra esperar. 

Samuel quase comemorou quando ouviu a campainha tocar, mas pro seu azar, pela porta passou uma Maite igualmente desesperada, voando em direção a Anahí que ainda se contorcia de dor sobre o sofá. 

Maite: Isso é normal? - Perguntou a Samuel que levantou os ombros. 

Samuel: Eu não sei, nunca vi ninguém parindo! - Disse entrando no desespero com as duas - Tia, faz alguma coisa! 

Maite: Eu estou tentando pensar! - Ao mesmo tempo em que Maite se obrigava a pensar em como agir, Mane passou a mil pela porta do apartamento, perdeu tempo demais estacionando e agora precisaria ser rápido o suficiente para aliviar Anahí. 

Demorou alguns minutos até que Samuel conseguisse contatar Alfonso que saía de uma reunião com novos investidores, a noticia da entrada de Anahí em trabalho de parto no hospital o fez voar em encontro a ela, e em questão de minutos estava todo equipado entrando na sala para participar do parto.

Alfonso: Me perdoa, eu não estava atento ao celular - Pediu beijando a mão dela - Mas eu estou aqui, estou aqui e vamos ficar bem - Sorriu tentando tranquiliza-la. 

Anahí: Você é uma besta gigante - Alfonso riu concordando e Anahí arfou - Eu quase tive os dois na sala do nosso apartamento com Samuel assistindo. 

Alfonso: Seria uma cena e tanto - Sorriu imaginando, ainda acariciando os cabelos dela - E ele nunca mais esqueceria.

- Ok, chegamos nos 10 centímetros aqui - Anunciou e Anahí apertou ainda mais a mão de Alfonso - Vamos Anahí, está na hora... 

A medica a incentivava e Anahí dava tudo de si, mas não parecia ser suficiente. Levou alguns minutos até que ouvissem o primeiro choro ecoar por toda a sala do centro obstétrico, e a curiosidade fez com que Alfonso se levantasse para dar as boas vindas ao seu filho. Anahí estava totalmente exausta o olhando, viu a emoção contida no rosto dele e ainda assim conseguiu sorrir por mais fraco que fosse. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora