The truth of each one

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Maite estava em choque com o que via, e após soltar um grito Mane fez sinal para que ela se acalmasse e deixasse que ele tentasse contornar aquela situação, um passo em falso que dessem poderiam colocar tudo a perder. 

Por isso caminhou cuidadoso sendo observado atentamente por Anahí através do espelho a sua frente. Ofereceu a ela um sorriso, colocou tudo o que tinha para dar ali. 

Mane: Ei, Any... - Parou há poucos passos atrás dela. - Você pode se virar pra mim? Eu só quero conversar com você. - Anahí mordeu o lábio com os olhos cheios de lágrimas e negou com a cabeça. - Tudo bem, você está sentindo dor? - Ela assentiu. - Então me deixa te ajudar. - Disse com a voz calma dando mais um passo. - Eu prometo que não farei nada sem sua permissão. 

Viu Anahí fechar os olhos e lentamente se virar pra ele. Maite levou as mãos a boca pra abafar um grito, mas as lágrimas rolaram sem que ela pudesse conte-las. Anahí tinha as mãos com sangue, e em uma delas segurava uma lamina já toda suja. 

Mane: Posso me aproximar? - Pediu cuidadoso vendo-a assentir. - Tudo bem. - Andou com cautela parando frente a frente com ela. - Posso? - Apontou para o estilete e estendeu a mão, Anahí o soltou e Mane se virou estendendo o objeto pra Maite. - Você tem kit de primeiro socorros aqui? - Anahí assentiu apontando o armário. 

Ele correu até lá e com o mesmo cuidado voltou até Anahí. Pediu pra que ela se sentasse e mostrasse pra ele onde mais sentia dor, e assim ela fez. 

Por fora Mane demonstrava toda calma e segurança do mundo, mas por dentro estava em completo choque o tempo todo se cobrando calma para não falhar, e mesmo ele não conseguindo colocar a cabeça no lugar, ele precisava agir daquela forma segura. Não sabia ao certo o que estava fazendo, apenas seguia seus instintos. 

Mane: Pronto. - Sorriu assim que terminou o curativo de Anahí. 

Anahí: Mai... - A chamou com a voz rouca ao ver o pânico da amiga. - Me perdoa. - Pediu caindo no choro. - Me perdoa, eu só não queria sentir mais isso. - Maite caiu de joelhos na frente da amiga que estava sentada no chão a abraçando forte até demais. - Me perdoa por ser tão fraca. 

Maite: Você não é fraca! Nunca mais diga isso! - Pediu apertando ela contra seu peito. - Uma pessoa fraca não pararia a tempo de evitar uma tragédia assim como você conseguiu. Você é muito mais forte do que imagina.

Anahí: Não deixa o Samuel vir aqui, por favor. - Pediu em suplica. - Eu não quero que ele me veja assim. 

Mane: Se importa que eu fique com você? - Sugeriu. - Assim Maite pode ir ver como ele está. - Anahí negou e Maite beijou os cabelos dela se levantando. - E ai, você quer conversar? Quer dizer o que está sentindo? 

Anahí: O que você está fazendo aqui? - Perguntou franzindo o cenho ao se dar conta de que tinha um estranho em seu banheiro e Mane riu. 

Mane: Eu vim te ver. - Levantou as mãos. - Queria saber como você estava e pedi pra que Maite me trouxesse até aqui pra isso.

Anahí: Está tudo bem com Samuel? - Mane sorriu pra ela. 

Mane: Samuel está ótimo, ele é um garoto muito esperto e creio que vai me dar muuuito trabalho quando minha filha entender que no futuro os meninos podem ser mais que amigos dela. - Riu e Anahí arqueou a sobrancelha. 

Anahí: Você tem uma filha? E ela conhece o Sam? - Perguntou surpresa e ele assentiu. 

Mane: O conhecemos hoje na sorveteria, e ela já se encantou com ele. - Anahí sorriu. - Falando nisso, Maite trouxe um sorvete que disse que você adora, se importa de dividirmos enquanto conversamos? Ela não me deixou provar, nem comprar um igual. - Fez uma careta e Anahí riu assentindo. - Ótimo, eu vou buscar. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora