The beginning of eternity

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Ao contrário do que Anahí imaginou, ela não foi acordada com os beijos de Alfonso por suas costas, pescoço, e todo o seu corpo como desejava. O que a acordou foi o som estridente do celular tocando e isso não que não eram nem três horas da manhã ainda. 

Olhou para o lado mas Alfonso ainda dormia de forma tranquila, o que a fez tatear a cama atrás do aparelho para encerrar logo aquela barulheira toda. Só então se deu conta de que não era o seu celular que tocava e bufou ao ver o nome de Laura piscando no visor do celular dele. Sem nem pensar desligou a chamada e se levantou irritada com o que quer que aquilo pudesse significar. Estava prestes a sair do quarto quando o aparelho voltou a tocar e sem dar tempo para que chamasse mais uma vez, e juntando toda a irritação de quem tinha sido acordada de um ótimo sonho pra uma fria realidade, atendeu a ligação. 

Anahí: O que você quer com ele uma hora dessas, Laura? - Assim que disparou no telefone, Anahí se recriminou por ser tão impulsiva a ponto de sempre falar antes de pensar. 

Laura: Anahí? - Soltou um suspiro aliviado. - Graças a Deus você atendeu! 

Anahí: Estranho, se queria tanto falar comigo uma hora dessas, por que não ligou direto ao meu celular e sim no do Poncho? - Laura respirou fundo tentando manter a calma. 

Laura: Ah mas eu liguei! - Se defendeu. - Umas cem vezes, e não só eu, Amy e Maite também! - Parece que só então Anahí foi capaz de raciocinar o que aquela ligação significava. 

Anahí: Meu Deus! - Cobriu a boca. - Samuel... ele está bem? - A irritação agora dando lugar a preocupação e o coração começando a apertar dentro do peito. - Fala Laura! O que aconteceu com ele? - A forma alta com que falou a última frase fez com que Alfonso acordasse e se sentasse na cama ao ver a forma que ela andava de um lado para o outro com o telefone na orelha. 

Laura: Ele está bem, teve um pouco de febre e o trouxemos para o hospital, o mesmo em que vocês o trouxeram da primeira vez.

Anahí não respondeu Laura, apenas desligou o celular com as mãos trêmulas procurando nele o contato da Dra. Davies. 

Ao perceber que algo estava errado, Alfonso se levantou de forma calma parando a frente dela e segurando suas mãos trêmulas, vendo-a chorar e agarrar o corpo dele. Nada foi dito, apesar de toda preocupação que o dominava, ele apenas deixou que ela ficasse ali e acariciou seus cabelos, tentando passar algum tipo de conforto. 

Ficaram assim por minutos até que a sentiu já um pouco mais calma, e dando um beijo no topo da cabeça dela, a puxou pelas mãos colocando-a sentada sobre suas pernas na beirada da cama. 

Alfonso: O que aconteceu? - Tocou o rosto dela de forma carinhosa, fazendo-a encara-lo. 

Anahí: Eu sou a pior mãe do mundo. - Saiu como um resmungo, a voz embargada. - Eu fiquei tão furiosa porque a Laura estava ligando uma hora dessas pra você que me esqueci que ela está com o Samuel. - A confissão a fez voltar a chorar e pacientemente Alfonso puxou a cabeça dela para que se apoiasse em seu ombro. - Eu detesto ser assim! Detesto ter tanto ciúmes de vocês a ponto de esquecer o resto do mundo! Incluindo o meu filho! 

Alfonso: Ei. - Se afastou segurando o rosto dela com as mãos, acariciando-a com os polegares. - Eu já te falei que não precisa sentir ciúmes, nem dela nem de nenhuma outra mulher. Eu sei que vai levar tempo até que se sinta segura ao meu lado, mas não desconte isso na sua irmã. Ela é apenas minha amiga, sempre foi assim e sempre vai ser. - Ela assentiu limpando o rosto. - Agora me diz, o que aconteceu com o Samuel? Onde ele está? - Anahí estranhou a calma na voz dele, já que nesses casos relacionados ao filho sempre era ele quem ficava nervoso. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora