When everything is a frightening darkness

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AVISO

Pessoal, estamos entrando em alguns capítulos mais pesados, teremos algumas cenas mais delicadas então eu peço que se for algo que os incomodem ou que possa vir desencadear algum tipo de reação, não leiam!! 


Anahí teve alta na manhã seguinte sob várias recomendações médicas, preferiu não contar a Samuel o que tinha acontecido, apenas o recebeu carinhosamente como sempre fazia e teve certeza de que Maite estava certa, ele a faria bem naquele momento. 

Recusou a oferta da irmã pra ir para seu apartamento, assim como a do pai de ir pra sua casa, preferiu ficar quieta no seu canto e deu um jeito de se livrar de todo mundo, menos de Maite. Essa que foi para seu apartamento de mala e cuia, pronta pra passar com ela o tempo que fosse necessário.

Anahí: Maite, vá pro seu apartamento, Samuel e eu ficaremos bem. - A morena negou soltando as malas no chão perto do sofá. - Vai virar cuidadora de idosa agora? - Maite riu se sentando ao lado de Anahí. 

Maite: Vou. - Afirmou deitando a cabeça no ombro dela. - Entenda: eu serei o que precisar, quando precisar e aceite, você não pode contra isso. - Encerrou aquela questão. 

Anahí revirou os olhos com um sorriso, no fundo estava aliviada por ela estar ali e disposta a passar por aquele difícil momento ao seu lado. 

Nos dias que se seguiram, Anahí se negou a receber qualquer tipo de visita, nem mesmo seus pais ela permitia que subisse ao seu apartamento, apenas Maite tinha o livre acesso, o direito de ir e vir ali dentro. Se fechava em seu quarto, não tinha animo pra sair dali ou comer, só fazia o esforço quando Maite de forma insuportável a obrigava. 

Maite precisou esconder a chave do quarto de Anahí para impedir que ela voltasse a se trancar por dias como havia feito, com o passar do tempo nem mesmo Samuel conseguia a colocar pra cima mais. Era como se ela tivesse sido tomada por uma grande escuridão, e nada fosse forte o suficiente para tira-la de lá.

Estava difícil, claro que estava. Maite desanimava muitas das vezes, mas nunca desistiria. Passaria por aquilo outras mil vezes se necessário, mas não a deixaria no abismo em que ela estava. 

Samuel: Tia, por que minha mãe não sai do quarto? Por que ela não brinca mais comigo? Ela se cansou de mim? 

A pergunta se repetia todos os dias, mas hoje Samuel já estava em lágrimas e Maite o pegou em seu colo, sentindo seu coração apertar por vê-lo assim.

Maite: Não amor, claro que não. - Acariciou os cabelos dele sorrindo. - A mamãe está dodói, e fica assim, tristinha, sem vontade de nada, mas isso vai passar. - Beijou a bochecha dele o ninando em seu colo. - Sabe como a ajudaremos? - Ele negou olhando nos olhos de Maite. - Com muito, mais muito amor! 

Samuel: Eu amo muito a minha mãe, e sinto falta dela. - Se aninhou no pescoço de Maite. - Eu nem acharia mais ruim que ela visse o amigo dela do futebol. - Maite sorriu considerando aquela ideia. - Ele a fazia sorrir. 

Maite: Eu sei amor, vamos fazer o seguinte: eu vou fazer um pratão daqueles que você gosta, com hambúrguer, batata frita e um monte de Ketchup, ai você come tudo e vamos descer pra tomar um sorvete aqui na esquina, tudo bem? - Propôs o vendo sorrir. 

Samuel: Mas minha mamãe não vai ficar brava se eu comer esse monte de besteira? - Fez uma careta. 

Maite: Não vai, eu te garanto. - Piscou pra ele. - Agora vá tomar um banho enquanto eu preparo tudo aqui, tá bom? 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora