Capítulo 15 - The birth of a song, the death of a dream

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Laura era o desespero em pessoa, sabia das dificuldades que estavam por vir e temia por isso. Não só pelo fato do pai da criança que crescia no ventre da sua irmã ser um completo babaca, mas isso colocava em jogo todos os sonhos dela, em especial o de entrar para Stanford. 

Por isso respirou fundo e se sentou ao lado da irmã que estava completamente trêmula, suando sem parar e respirava com dificuldade. Precisava controlar a ansiedade antes que tivesse mais uma de suas crises. 

Laura: Any, olha pra mim. - Pediu tocando o rosto da irmã. - Isso, agora respira com calma. - Colocou a mão no peito dela, sentindo o coração dela bater desesperadamente. - Respira, respira. - Foi repetindo a fim de acalma-la. - Está tudo bem. 

Aos poucos a respiração dela foi normalizando e o coração voltando a bater no ritmo certo. Laura fechou os olhos, suspirando aliviada ao ver que a irmã já voltava a si. 

Anahí: O que eu faço agora, Lau? - Olhou desesperada pra irmã. - Eu não... não sei. 

Laura: A questão correta agora é o que você quer fazer. - Respondeu calma. - Você quer ter essa criança? - Olhou com cuidado a irmã que não esboçou reação alguma. - Você ainda é muito nova, cheia de sonhos, Any. Ainda tem muito o que viver. 

Anahí: Eu posso não ter noção nenhuma da vida, menos ainda do que isso significa, mas eu sei ele não tem culpa alguma do que aconteceu comigo, menos ainda de ser filho de Alfonso. - Abaixou a cabeça. - Como que eu posso pensar em tira-lo, Lau? Se eu sempre fui contra a isso. 

Laura: Any, isso significa abrir mão dos seus sonhos! Da sua vida, minha irmã. Pense com clareza. 

Anahí: Eu estou pensando, Laura. - Suspirou decidida. - Não estou abrindo mão de nada, será apenas adiado. Vou realizando conforme der, mas aborto está totalmente fora de cogitação. 

Laura: Tudo bem. - Disse em um suspiro. - Com calma vamos nos ajeitando a essa nova realidade. O importante é mantes os pés no chão, se cuidar. E além de tudo, contar ao pai dessa criança. 

Anahí: Pode ter certeza de que tudo isso, encarar Alfonso outra vez vai ser o mais difícil de fazer. - Confessou a irmã. - Eu não sei nem como fazer isso. 

 Laura: Quando estiver frente a frente com ele vai saber exatamente o que fazer. - Apoiou a irmã. - Tenha em mente que isso é necessário, ok? 

Anahí apenas assentiu e se deitou na cama, sentindo-se completamente diferente agora. Não se sentia mais amedrontada, e por incrível que pareça, já não se sentia mais sozinha, tampouco humilhada. A vida dela mudou por completo em questão de horas, e ela precisaria se adaptar da melhor forma àquela nova realidade. 


Alfonso chegou na empresa ainda encucado com tudo o que ouviu de Théo, e tinha decidido que estava na hora de mudar. Se conseguiria ou não, só saberia tentando. Se sentia mal por perceber que estava cercado de pessoas interesseiras, e que a unica em que pode confiar de verdade, foi a que ele traiu. 

Entrou na sala de Daniel completamente cabisbaixo, e ao perceber que o garoto não estava no mesmo ânimo de sempre lhe ofereceu um sorriso carinhoso, querendo dizer que estaria ali para o que ele precisasse. E mesmo sem dizer nada, Alfonso entendeu que poderia contar com ele.

Ele se sentou na mesa que improvisaram no canto da sala de Daniel e ligando seu computador, começou a colocar em dia o trabalho que estava pendente. 

Daniel preferiu ficar em silencio e não se entrometer no que quer que fosse que o rapaz sentia. Deu a ele seu espaço. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora