Capítulo 18 - I will never regret, I will live my life

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Ao aterrissarem em Palo Alto, Anahí suspirou aliviada por finalmente sair de dentro daquele caixote voador. Tinha verdadeiro pavor de avião, mas sabia que era a unica forma de fazer a conexão entre as duas cidades. 

Maite: Ai amiga, estou exausta! - Suspirou arrastando as suas malas. - Podemos ir direto para o hotel? Amanhã vamos até a universidade antes de visitar alguns apartamentos, o que acha? 

Anahí: Tudo bem, Mai. - Concordou com a amiga. 

Pegaram um táxi e foram até o hotel que ficava há algumas quadras da universidade. Elas dividiriam o mesmo quarto, assim economizariam um pouco mais. 

Após um banho, as duas se jogaram em suas respectivas camas, completamente exaustas da viagem. Anahí fitava o teto, e Maite a observava atentamente. 

Maite: Você sempre foi quieta, mas hoje está demais. - Comentou atraindo o olhar da amiga. - Está tudo bem?

Anahí: Está. - Passava distraidamente os dedos pela barriga. - Agora está tudo bem. - Sorriu para a amiga. - Eu contei ao Alfonso sobre o nosso filho. - Maite arregalou os olhos, surpresa. - Quer dizer, meu filho, já que ele me pediu pra tirar. 

Maite: Mas que filho da puta... - Anahí riu da reação da amiga e Maite a olhou sem entender. - Posso saber do que está rindo? - A olhou confusa. 

Anahí: Eu imaginei que seria exatamente essa a sua reação. - Meneou a cabeça ainda rindo. 

Maite: E eu posso saber agora por que não está furiosa com ele? - Estreitou os olhos a encarando. - Por favor, não me diga que tudo isso ainda é amor que eu mato você Anahí! 

Anahí: Eu estou furiosa com ele. - Assumiu e Maite suspirou aliviada. - Mas eu não posso esperar nada dele, lembra? Então eu não esperarei. - Sorriu a amiga. - Quem vai perder é só ele, amiga. Eu terei meu filho ao meu lado. 

Maite: Nós teremos. - Pulou pra cama da amiga, tocando a barriga dela. - Não é pequeno da tia? - Brincou e Anahí riu. - O que? Dizem que eles escutam tudo! 

Anahí: Eu sei, mas ele nem formado é ainda né! - Falou o óbvio vendo Maite rir. - Obrigada por estar aqui comigo, mesmo com tudo, e com os imprevistos. Obrigada por mesmo sem te ouvir, não desistir de mim.

Maite: Eu sempre estarei aqui, amiga. Se lembre disso. - Piscou para ela. 

Maite ainda brincou com a barriga de Anahí a fazendo rir. Ela tinha uma certeza crescendo dentro dela de que tudo dali pra frente seria diferente, e pra melhor. 

Viveria a sua vida, sem se arrepender do que teve que passar pra chegar até ali. Como o pai disse, tudo acontece por uma razão, e por mais que ela não entendesse, teria que viver aquilo que o destino dela escreveu. 

Não guardaria magoa, tampouco rancor. Não queria nunca mais encontrar Alfonso em sua frente, mas não o desejava mal. Nunca pensaria em se vingar, por mais canalha que ele tivesse sido, lhe deu o maior e melhor presente de toda a sua vida, e por essa razão ela não poderia odiá-lo como todos esperavam. 


Alfonso teve a pior das noites de sua vida, rodou parte de Manhattan de ônibus e nada de Anahí. Ligava em seu celular e dava apenas caixa postal. Era óbvio que ela não o atenderia, ele não sabia porque insistia naquilo, e logo a bateria do seu celular e seu dinheiro acabaram, fazendo ele andar quilômetros até finalmente chegar em sua casa. 

Ao abrir a porta de casa, deu de cara com seu pai que estava sentado na sala, os pés batiam sem parar no chão, passava as mãos no cabelo completamente nervoso, e ao ouvir o barulho da porta, voou até Alfonso. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora