Ao aterrissarem em Palo Alto, Anahí suspirou aliviada por finalmente sair de dentro daquele caixote voador. Tinha verdadeiro pavor de avião, mas sabia que era a unica forma de fazer a conexão entre as duas cidades.
Maite: Ai amiga, estou exausta! - Suspirou arrastando as suas malas. - Podemos ir direto para o hotel? Amanhã vamos até a universidade antes de visitar alguns apartamentos, o que acha?
Anahí: Tudo bem, Mai. - Concordou com a amiga.
Pegaram um táxi e foram até o hotel que ficava há algumas quadras da universidade. Elas dividiriam o mesmo quarto, assim economizariam um pouco mais.
Após um banho, as duas se jogaram em suas respectivas camas, completamente exaustas da viagem. Anahí fitava o teto, e Maite a observava atentamente.
Maite: Você sempre foi quieta, mas hoje está demais. - Comentou atraindo o olhar da amiga. - Está tudo bem?
Anahí: Está. - Passava distraidamente os dedos pela barriga. - Agora está tudo bem. - Sorriu para a amiga. - Eu contei ao Alfonso sobre o nosso filho. - Maite arregalou os olhos, surpresa. - Quer dizer, meu filho, já que ele me pediu pra tirar.
Maite: Mas que filho da puta... - Anahí riu da reação da amiga e Maite a olhou sem entender. - Posso saber do que está rindo? - A olhou confusa.
Anahí: Eu imaginei que seria exatamente essa a sua reação. - Meneou a cabeça ainda rindo.
Maite: E eu posso saber agora por que não está furiosa com ele? - Estreitou os olhos a encarando. - Por favor, não me diga que tudo isso ainda é amor que eu mato você Anahí!
Anahí: Eu estou furiosa com ele. - Assumiu e Maite suspirou aliviada. - Mas eu não posso esperar nada dele, lembra? Então eu não esperarei. - Sorriu a amiga. - Quem vai perder é só ele, amiga. Eu terei meu filho ao meu lado.
Maite: Nós teremos. - Pulou pra cama da amiga, tocando a barriga dela. - Não é pequeno da tia? - Brincou e Anahí riu. - O que? Dizem que eles escutam tudo!
Anahí: Eu sei, mas ele nem formado é ainda né! - Falou o óbvio vendo Maite rir. - Obrigada por estar aqui comigo, mesmo com tudo, e com os imprevistos. Obrigada por mesmo sem te ouvir, não desistir de mim.
Maite: Eu sempre estarei aqui, amiga. Se lembre disso. - Piscou para ela.
Maite ainda brincou com a barriga de Anahí a fazendo rir. Ela tinha uma certeza crescendo dentro dela de que tudo dali pra frente seria diferente, e pra melhor.
Viveria a sua vida, sem se arrepender do que teve que passar pra chegar até ali. Como o pai disse, tudo acontece por uma razão, e por mais que ela não entendesse, teria que viver aquilo que o destino dela escreveu.
Não guardaria magoa, tampouco rancor. Não queria nunca mais encontrar Alfonso em sua frente, mas não o desejava mal. Nunca pensaria em se vingar, por mais canalha que ele tivesse sido, lhe deu o maior e melhor presente de toda a sua vida, e por essa razão ela não poderia odiá-lo como todos esperavam.
Alfonso teve a pior das noites de sua vida, rodou parte de Manhattan de ônibus e nada de Anahí. Ligava em seu celular e dava apenas caixa postal. Era óbvio que ela não o atenderia, ele não sabia porque insistia naquilo, e logo a bateria do seu celular e seu dinheiro acabaram, fazendo ele andar quilômetros até finalmente chegar em sua casa.
Ao abrir a porta de casa, deu de cara com seu pai que estava sentado na sala, os pés batiam sem parar no chão, passava as mãos no cabelo completamente nervoso, e ao ouvir o barulho da porta, voou até Alfonso.
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The last chance
FanfictionA vida nem sempre foi muito justa com Anahí. Uma garota que cresceu tendo uma vida normal, uma família humilde onde tudo se era conquistado com muito esforço, mas era um lar repleto de amor. Charlotte e Daniel Portilla sempre fizeram todo o possíve...