When things get out of hand

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Talvez suas orações estivessem sendo atendidas quando perdeu a consciência, e graças a Deus foi privada a assistir tudo o que estava para acontecer com ela. Estava agora em um mundo a parte onde não existia sofrimento, não existia dor, onde ela estava bem, feliz e tranquila com seus filhos. 

Nem sempre as coisas acontecem como queremos ou esperamos. Um dia que estava todo programado, só precisava ser seguido dentro dos planos e um pequeno desvio acabou mudando tudo. Existem pessoas que são capazes de comprometer a capacidade física e emocional de outra apenas para ter um prazer momentâneo, apenas por vingança. Há pessoas que não medem esforços para conseguir o que querem, e esse era o caso de Jennifer. 

Ela não se importava se sua ação trouxesse traumas e dores eternas para Anahí, na verdade ela torcia para que acontecesse exatamente isso. 

Não pensou duas vezes antes de pagar três homens para que a violentassem, e a destruíssem física e psicologicamente.

Mas como disse, por mais que planejemos cada segundo de nosso dia, as coisas simplesmente podem fugir de nosso controle, e isso estava prestes a acontecer com Jennifer. As coisas não dão certo o tempo todo, e essa atitude dela, por um ato impulsivo, apenas para desfrutar do doce sabor da vingança, lhe custaria muito caro. 


- Anda Thomas! - Puxava o noivo pelas ruas. - Ela mora perto e me disse que viria andando, vamos encontra-la! 

Thomas: Calma amor. - Riu do jeito dela. - Eu já estou indo, não precisamos ter pressa. 

Mane: Parece um cachorrinho sendo puxado pela coleira, olha que coisa mais fofa. - Debochou enfiando as mãos no bolso por causa do tempo gelado. - Por que ela ia vir andando nesse frio? Sua irmã é doida? Deve ser, já que é sua irmã, né? - Riu. 

Laura: Anahí tem dessas. - Riu revirando os olhos parando entre Thomas e Mane, pegando cada um por um braço, puxando-os. - Vocês são muito lerdos, nem parecem que perdem horas no fim de semana correndo atrás de uma bola. 

Thomas: É por isso mesmo que estamos cansados. - Ele praticamente se arrastava pelas ruas. - Amor, vamos esperar aqui? Eu já não aguento mais meus pés. 

Mane: Mas é mole mesmo. - Brincou oferecendo o braço pra Laura. - Vamos atrás da sua irmã, amor. - Piscou pra ela que riu pegando seu braço. 

Thomas: Você é mesmo um cretino. - Esqueceu a dor que sentia e se enfiou entre os dois. - Olha ali, um atalho que sai na 9th avenue! Vamos por ali. 

Laura: Nem fodendo, Thomas! - Bradou o segurando. - Eu não vou me enfiar em um beco escuro só porque você tá com preguiça de andar uma quadra a mais! 

Mane: Ah não! - Riu divertido sendo acompanhado por Thomas. - Tá com medo do escuro? É só uma rua, além do mais você tem dois machos fortes ao seu lado, nada irá te acontecer minha bela. - Sorriu pra ela. 

Thomas: Puta que pariu, para de cantar minha mulher. - Caminharam em direção ao beco e Laura ria da implicância dos dois. - Pelo menos finge direito. 

Mane: Tecnicamente ela ainda não é sua mulher. - Defendeu. - Só depois do sim, e Laura, ainda dá tempo de fugir dessa cilada. 

Laura riu, e foi a única reação que conseguiu ter antes de ver Thomas se posicionar na frente dela e levar uma mão a cintura, alcançando sua arma. Ouviu os gritos vindo de dentro do beco e seus olhos imediatamente foram parar na mulher que gritava desesperada. Ela reconheceu aquela voz, e foi isso o que fez seu corpo todo gelar. 

Foi tudo muito rápido, ela viu Anahí sendo arremessada no chão desacordada enquanto Thomas e Mane correriam atrás de dois homens que tinham as calças abaixadas na altura do joelho. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora