Not everything is as it seems

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- Mentira! - Colocou as mãos no rosto rindo. - Você ama 'N Sync!

Anahí: Eu sei! - Mordeu o lábio encarando Maite. - Mas ele não precisa saber! E é bom que continue pensando que não gosto! - Suspirou enquanto massageava as têmporas. - Você não sabe o que é aquele homem cantando Mai... - Abriu apenas um olho encarando-a. - Claro que não é nenhum Nick Carter, menos ainda um Justin Timberlake, mas aquela voz rouca no pé do ouvido... - Sentiu o corpo arrepiar só de lembrar-se. - Ele precisa parar! - Bateu as mãos na mesa. 

Uma semana já tinha se passado desde que Alfonso mudou-se para o apartamento de Anahí e a rotina era sempre a mesma. Sempre que ele aparecia com aquele sorriso que a desconsertava, Anahí arrumava uma desculpa e fugia dele. Quando ele estava na cozinha, ela corria para o escritório, quando ele estava com Samuel, ela ficava dentro do próprio quarto, e os dias vinham se seguindo assim. Mal se viam, mal se falavam, e Alfonso tinha a leve impressão de que tinham voltado a estaca zero. 

Maite: Anahí, até quando você vai ficar nesse esconde-esconde com ele aqui dentro? - Assumiu um tom sério encarando a amiga. - Jura que você o convidou pra vir ficar aqui e me faz um vexame desse de ficar se escondendo dele? 

Anahí: Eu não estou... - Maite a interrompeu enfiando a mão para fechar sua boca. 

Maite: Só me ouve. - Disse antes de solta-la e Anahí bufou. - Se você o quer, se o deseja, não adianta fugir loira. Você pode se esconder enquanto ele está por aqui andando de um lado para o outro e sair quando ele não está, mas acha mesmo que vai fugir do que está sentindo? Isso é impossível. 

Anahí: Eu sei é só que... - Suspirou com pesar meneando a cabeça. - Não vê-lo torna as coisas um pouco mais fáceis. 

Maite: Eu tenho uma solução ainda mais fácil pra você. - Maite sugeriu com um sorriso e Anahí pediu para que ela continuasse. - Pare de fugir! Para de negar, de esconder, só... viva. Viva o que tiver que viver, pare de medo, pare de desculpas Anahí. Você nunca foi mulher de negar a você mesma o que sentia, não to entendendo essa sua postura covarde. - Levantou o dedo para Anahí que fez menção de falar. - Sim, covarde sim! Covarde que fica se esquivando pelos cantos, fugindo dos problemas para não ter que enfrenta-los. Você sempre se enfiou de cabeça em tudo o que fez e nunca se arrependeu, por mais arrasada que saiu. Não foi isso o que sempre me disse? - Anahí assentiu. - Então! Se quebrar a cara mais uma vez, ao menos você aquietara esse coração e essa periquita que tá implorando a atenção daquele homem. 

Anahí beliscou Maite assim que a última frase saiu da sua boca, atraindo a atenção de Amy que se levantou indo até elas com um sorriso malicioso. 

Amy: Hum, então temos uma periquita carente de atenção? - Debochou e riu com Maite enquanto Anahí encarava as duas furiosa. 

Anahí: Já chega! - Se levantou. - Minha vida, minhas intimidades e vocês duas não tem nada a ver com isso. - Tentou ignorar o riso alto das duas enquanto pegava sua bolsa e a chave do carro. - Vamos logo antes que nos atrasamos para esse exame e vocês percam a única utilidade que ainda tem. 

Assim que voltou para a sala onde elas estavam com Samuel sonolento ao seu lado o assunto praticamente morreu e Anahí agradeceu mentalmente que por mais sem noção que as duas fossem, ao menos conseguiam ficar de boca fechada quando o filho estava por perto, mesmo que hora ou outra deixassem escapar um risinho. 

Naquela segunda feira, Anahí e Alfonso reuniram alguns amigos e familiares para que fossem ao hospital realizar o exame de compatibilidade com Samuel. Já tinha o resultado dela e de Alfonso, e para a infelicidade dos dois, nenhum era compatível, e agora rezava para que algum amigo ou familiar fosse. 

The last chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora